quarta-feira, 31 de julho de 2013

A GULA DOS NOSSOS PARLAMENTARES NÃO TEM LIMITE. O BRASIL PODE SE LIVRAR DAS FAVELAS, DA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO, DA SAÚDE DE MÁ QUALIDADE, DA FALTA DE UMA MOBILIDADE URBANA, CASO NOSSOS PARLAMENTOS SE DEDIQUEM Á CAUSA PÚBLICA. A EXISTÊNCIA DE MILHARES DE FAVELAS NO PAÍS, É DECORRÊNCIA DA FALTA DE COMPROMISSO DOS LEGISLADORES COM A POPULAÇÃO. POR ISSO E MUITO MAIS, NOSSO POVO ESTÁ VOLTANDO ÀS RUAS E OS PROTESTOS CERTAMENTE AUMENTARÃO. ONTEM (30/7) OCORRERAM MANIFESTAÇÕES EM SÃO PAULO. HOJE (31/7) OCORRERAM MANIFESTAÇÕES EM VITÓRIA (ESPÍRITO SANTO) E BELÉM (PARÁ). AGORA À NOITE OCORRERAM NOVAS MANIFESTAÇÕES NO RIO DE JANEIRO CONTRA SÉRGIO CABRAL. ESSES ATOS DE RUA MOSTRAM A VITALIDADE DE NOSSA DEMOCRACIA. A REFORMA POLÍTICA NÃO PODE SER FEITA PELOS NOSSOS LEGISLADORES, POIS ESTÃO VICIADOS EM LEGISLAR EM CAUSA PRÓPRIA. É PRECISO QUE SAIA DE UMA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE, CONFORME SOLICITAÇÃO DA PRESIDENTE DILMA, QUE O CONGRESSO REJEITOU.

Em portal da reforma política, eleitores pedem 'fim das regalias' a deputados

Site do Grupo de Trabalho da Câmara sobre reforma política, com uma semana no ar, já obteve 64 mil acessos e propostas; internautas pedem redução de salários dos parlamentares

31 de julho de 2013 | 19h 10

Daiene Cardoso e Eduardo Bresciani - O Estado de S. Paulo
Brasília - Em uma semana de funcionamento do portal criado para ouvir sugestões para o anteprojeto de Reforma Política, o site do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados já recebeu mais de 16 mil visitas e 64 mil acessos até o início da noite desta quarta-feira, 31. Entre as ideias mais populares apresentadas pelos eleitores estão a criação de mecanismos para limitar os salários dos deputados e o fim do voto obrigatório, do voto secreto nas sessões, das "regalias parlamentares" (como cota para gastos dos congressistas) e dos cargos comissionados.
Câmara dos Deputados tem site para receber opinião de internautas sobre reforma política - Dida Sampaio/AEDida Sampaio/AE
Câmara dos Deputados tem site para receber opinião de internautas sobre reforma política
O portal recebeu até agora 14 mil votos em 126 ideias propostas e 113 tópicos de discussão foram criados. Segundo o coordenador do grupo, o petista Cândido Vaccarezza (SP), só um internauta apresentou uma sugestão que recebeu mais de 60 comentários. Ao total, foram registradas 1.016 participações, apesar dos trabalhos parlamentares só começarem na próxima semana, após o retorno do recesso branco. São Paulo lidera o ranking dos acessos por cidade (16,05%), seguida por Brasília (11,22%), Rio de Janeiro (8,71%), Belo Horizonte (6,75%) e Salvador (4,35%).
Em 90 dias de trabalho, o grupo deve realizar quatro audiências públicas, sendo a primeira no dia 15 de agosto. Já foram convidadas entidades civis, como a OAB, centrais sindicais e o Movimento Passe Livre, que liderou as primeiras manifestações contra o reajuste do transporte coletivo no País. Vaccarezza disse que no grupo pretende discutir os temas de acordo com as características das propostas e que vai propor ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que sejam votados os projetos de iniciativa popular. Ainda de acordo com ele, financiamento de campanha e sistema eleitoral são os pontos mais sensíveis da discussão.

VOLTAM AS MANIFESTAÇÕES DAS RUAS. POVO CARIOCA AUMENTA A PRESSÃO SOBRE CABRAL. EM BREVE ELA ESTARÁ EM SÃO PAULO. ALKMIN TAMBÉM É ALVO DA MASSA, QUE NÃO ACEITA A TRUCULÊNCIA DA TROPA DE CHOQUE DA POLÍCIA MILITAR. EXISTEM CONTRA ALKMIN, A ESPOLIAÇÃO COM OS PEDÁGIOS E AGORA VEIO À TONA, A CORRUPÇÃO NAS CONCORRÊNCIAS PARA EXPANSÃO DO METRÔ E LINHAS DA CPTU. HOUVE A COLABORAÇÃO DE EMPRESA ALEMÃ SIEMENS. NOSSO POVO DAS RUAS JÁ SABE DA BANDALHEIRA, QUE FAZEM COM VERBAS DESSAS OBRAS JÁ VAI PARA VINTE (20) ANOS. A VIDA DOS PAULISTANOS PODERIA ESTAR MUITO MELHOR.



31.julho.2013 21:11:54

Manifestantes furam bloqueio da PM e ocupam Câmara dos Vereadores no Rio de Janeiro

Manifestantes ocupam a Câmara Municipal do Rio de Janeiro em novo protesto contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). Grupo partiu da Cinelândia, no centro carioca, passou pelas sedes do Ministério Público Estadual e da Assembleia Legislativa fluminense e furaram o bloqueio policial na sede do Legislativo do Rio. Uma das principais queixas da passeata é o decreto que cria Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV).
Depois de passeata pelo centro carioca, cerca de 2 mil manifestantes se concentram na porta da Câmara Municipal do Rio. Cinquenta ativistas estão dentro do imóvel. Foto: Marcos de Paula/Estadão
22h16 - Os ativistas que pretendem acampar na Câmara estão recebendo alimentos, de outros manifestantes, pelas janelas do prédio. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h15Cerca de 80 PMs acompanham a ação dentro da Câmara dos Vereadores. O objetivo, segundo policiais, não é retirar os manifestantes, mas impedir depredações. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h13 - Expectativa do grupo que ocupou a Câmara é acampar no imóvel até que a Assembleia Legislativa vote projeto pelo impeachment de Sérgio Cabral. Os deputados estavam em recesso e retornam ao trabalho nesta quinta-feira, mas não está prevista nenhuma votação para a saída do governador. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
22h10 – Os manifestantes conseguiram abrir à força a porta principal da Câmara dos Vereadores e cerca de 100 pessoas entraram na sede do Legislativo. A PM usou spray de pimenta e armas de choque para evitar que mais ativistas entrassem. Aproximadamente 2 mil pessoas estão na frente do prédio. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
21h50 – Durante o ato contra Cabral desta noite, o estudante Tiago Barreto, de 18 anos, foi detido pela PM quando segurava uma pedra. Segundo a polícia, ele fez menção de jogar a pedra contra os policiais. Já o rapaz disse que havia sido atingido pela pedra e por isso a pegou. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
21h27 - Nesta quarta-feira, manifestantes se reuniram com o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, que rebateu críticas ao decreto. “Essa interpretação (de que é ilegal) é equivocada. Em momento algum a comissão pensou em quebrar sigilo. O decreto está em harmonia com o ordenamento jurídico“. Mas, atendendo a pedidos do grupo, ele disse que a partir de hoje o Ministério Público divulgará, pela internet, informações atualizadas sobre investigações que envolvem o governo estadual, como o uso de helicóptero do Estado pela família de Cabral e gastos públicos com a Copa e a Olimpíada. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
21h24 - Já são 50 manifestantes dentro do prédio da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Os ativistas no interior da Casa exigem a presença de advogados e de integrantes do grupo Mídia Ninja, que transmite as manifestações ao vivo pela internet. (Heloísa Aruth Sturm e Tiago Rogero)
Manifestantes cariocas fazem novo ato para pedir a saída do governador Sérgio Cabral. Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
21h08Dez ativistas conseguiram furar o bloqueio da PM e ocuparam a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Cerca de 2 mil pessoas estão do lado de fora e pretendem acampar dentro do prédio do Legislativo municipal carioca. Manifestação começou na Cinelândia, no centro do Rio, contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). Cerca de 300 PMs acompanharam o ato desde o início da noite.

A REBELDIA É UMA CARACTERÍSTICA DA JUVENTUDE. ENQUANTO A CLASSE DIRIGENTE TENTA "EMPURRAR COM A BARRIGA" À ESPERA DO CANSAÇO, OS JOVENS RECOMEÇAM OS QUESTIONAMENTOS COM MÉTODOS VARIADOS. A TROPA DE CHOQUE DO GOV. ALKMIN JÁ TEVE TRABALHO NO FINAL DE JULHO. VAMOS VER O QUE NOS ESPERA EM AGOSTO. PORQUE O ALKMIN NÃO PÕE SUA POLÍCIA "CIENTÍFICA" PARA LEVANTAR AS PROVAS DOS QUE DESVIARAM DINHEIRO DO METRÔ E DA CPTU? ATÉ UMA EMPRESA ESTRANGEIRA, A ALEMÃ SIEMENS ESTÁ COLABORANDO NO ESCLARECIMENTO DESSA ROUBALHEIRA QUE PREJUDICOU TODA A POPULAÇÃO DE SÃO PAULO. TIVÉSSEMOS TODO O DINHEIRO APLICADO CORRETAMENTE, TERÍAMOS LINHAS DE METRÔ MAIS EXTENSAS E UMA POPULAÇÃO MAIS SATISFEITA.

Sociedade

Manifestação

O Black Bloc e a resposta à violência policial

O Black Bloc não é uma organização e sim uma forma de protesto estética baseada na depredação dos símbolos do estado e do capitalismo
por André Takahashi — publicado 31/07/2013 09:21, última modificação 31/07/2013 09:21



NELSON ALMEIDA / AFP PHOTO


Manifestantes durante ação, na terça-feira 30, contra concessionária de carros de luxo em São Paulo

Durante o mês de junho as manifestações massivas contra o aumento das tarifas fizeram emergir novas dinâmicas no cenário político brasileiro, uma renovação da organização social que questiona os limites legais do status quo. A inovação e o choque desse outono de 2013 aconteceram porque a desobediência civil - tática histórica de movimentos contestatórios - teve uma aceitação popular jamais vista no Brasil desde a proclamação da república (sempre é bom lembrar que a proclamação da república foi uma quebra da institucionalidade).
black bloc spSurgiram alternativas de luta, cada qual com suas táticas. A ação direta não violenta das multidões veio em Porto Alegre no levante contra o aumento das tarifas, reforçado pelo Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo. Foram bloqueios de vias, abertura de catracas, escrachos (denúncia públicas de pessoas acusadas de violações de direitos, como ex-agentes da ditadura) e ocupações de prédios públicos.
São ações questionadoras da ordem que, em muitas ocasiões, despertam resposta violenta da polícia e tentativas de criminalização por parte da grande mídia. Ao mesmo tempo, essas ações se colocam diretamente contra o Estado e os efeitos da exclusão econômica, partindo sem intermediários para a disputa do modelo de sociedade.

Black Bloc. Paralelo a essa estratégia - e independente do MPL e congêneres - se manifestou nesse período a tática do Black Bloc, em grande parte como resposta à violência policial. O Black Bloc é composto por pequenos grupos de afinidade, muitas vezes feitos na hora, que atuam de forma independente dentro das manifestações. Mas, ao contrário do MPL, o Black Bloc não é uma organização ou coletivo e sim uma ideia, uma tática de autodefesa contra a violência policial, além de forma de protesto estética baseada na depredação dos símbolos do estado e do capitalismo. A dinâmica Black Bloc lembra mais uma rede descentralizada como o Anonymous do que um movimento orgânico e coeso.
Utilizada primeiramente pelos movimentos autonomistas da Itália e da Alemanha, é muito presente na Europa e EUA, e mais recentemente nos países árabes, mas nunca havia encontrado condições para se desenvolver em solo brasileiro.
O primeiro sinal de propaganda Black Bloc no país ocorreu no início dos anos 2000, durante o surgimento do movimento anticapitalista global (antiglobalização), mas foi descartado pelos ativistas autônomos da época por avaliarem a ação direta não violenta, manifestada principalmente nos protestos contra a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), estrategicamente melhor para o cenário brasileiro. Anos depois essa opção pela ação direta não violenta combinada com trabalho de base, organização horizontal e uso intensivo da internet influenciou a criação do MPL e outros movimentos autônomos, como a Bicicletada, o Centro de Mídia Independente e o Rizoma de Rádios Livres.
No entanto, a ideia do Black Bloc nunca morreu, manifestando-se em escala menor e de forma bem isolada em manifestações anteriores. Nada muito significativo ou mesmo duradouro, sendo impulsionado por elementos anônimos que não deram continuidade à sua atuação. Mas a ideia estava lá, sempre lá, e na primeira oportunidade se manifestava em algum canto do País, geralmente como recurso para a autodefesa.

Violência policial e autodefesa. Em junho o cenário de manifestações criou um ambiente favorável para o florescimento do Black Bloc brasileiro na sua forma de autodefesa. Em diversas capitais as mobilizações extrapolaram a capacidade organizativa dos grupos e movimentos que as desencadearam, criando movimentos multicêntricos onde cabem diversas estratégias, táticas e narrativas mobilizadoras. Como na maioria das cidades esse crescimento veio pela solidariedade popular pós-repressão, é coerente afirmar que a violência policial foi o fermento da indignação que levou a população às ruas no auge das jornadas de junho; e serviu como justificativa moral, segundo seus defensores, para a disseminação descentralizada da tática Black Bloc.
Reações de autodefesa começaram a surgir no meio da massa de manifestantes, de forma cada vez mais organizada. No Rio de Janeiro, devido à intensidade da repressão e às condições geográficas e sociais da cidade, que aproximam bairro e favela, jovem de classe média e jovem da periferia, a intensidade da repressão policial e da resposta dos manifestantes foi maior.
Apoio aos irmãos cariocas. Recentemente, na sexta-feira 26 de julho, houve um ato na avenida Paulista denominado "Ato em apoio aos irmãos cariocas versão sem pelegos". Esse ato pode ser considerado um ponto de virada na narrativa do Black Bloc brasileiro. Pela primeira vez a ideia e a tática se manifestaram em sua plenitude na forma da manifestação direcionada para a destruição de propriedades privadas e públicas. Cerca de 300 pessoas percorreram o trajeto do Masp até a 23 de Maio destruindo bancos, bases policiais e veículos da mídia hegemônica. A polícia acompanhou a movimentação de longe, alegando esperar o reforço da Força Tática para iniciar a dispersão do ato.
Na terça-feira 30, o ato chamado pelo Facebook, reuniu manifestantes contrários ao governador paulista, Geraldo Alckmin, e ao governo de Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro. Alguns manifestantes picharam paredes, quebraram o vidro de uma concessionária e de agências bancárias na região. A Força Tática e a tropa de Choque da Polícia Militar seguiram atrás dos manifestantes.
A retomada da polícia já havia sido prometida na página da Secretaria de Segurança Pública na internet, com o órgão dizendo que a PM agiria “com a energia necessária para evitar atos criminosos,” após agências bancárias e bases policiais terem sido danificadas na avenida Paulista na última sexta-feira. Com a ação de 220 oficiais, segundo a própria corporação, foram detidos 20 manifestantes. Destes, cinco ainda continuam presos por suspeita de formação de quadrilha, resistência à prisão, desacato e dano ao patrimônio público.
Os protestos recentes e especificamente as manifestações Black Bloc têm sido usados como pretexto para pautar soluções repressoras. A mídia tem feito o trabalho de recortar as imagens de depredação e confronto sem o mínimo de contextualização, imprimindo a narrativa que melhor lhe convém, e muitas vezes criminalizando pessoas não envolvidas nos confrontos. Do outro lado, iniciativas midialivristas e os demais veículos de esquerda têm trazido outros pontos de vista sobre a questão, forçando uma pequena mudança na linha editorial dos meios hegemônicos como demonstrou o caso do ativista carioca Bruno, incriminado injustamente de ter atirado molotovs na polícia.
Vale nos questionarmos como o Black Bloc vai impactar na disputa de imaginário da sociedade e como o estado e os demais movimentos vão lidar com essa novidade política. Com a expansão dessa tática será possível realizar novas ações diretas não violentas de multidão, convocadas pela internet, sem essas terminarem, necessariamente, em confronto físico?
Como diferenciar o Black Bloc do agente provocador infiltrado, que está na manifestação apenas para criar fatos que justifiquem a repressão? A suspeita sobre os P2 levanta outra questão: até que ponto a violência por parte dos manifestantes serve aos interesses de determinado governo?
Cada caso é um caso, e só nos resta avaliar cada conjuntura com lucidez, a fim de que não sejamos levados a tomar opinião direcionados por interesses ocultos. Formação política, clareza dos objetivos e capacidade de análise de conjuntura serão dos fatores determinantes para o futuro da ação direta urbana no Brasil, seja ela violenta ou não violenta.

DILMA APÓS TOMAR CONTATO COM AS LIDERANÇAS QUE FORAM ÀS RUAS EM JUNHO, ABRAÇOU ESSA CAUSA. ELA TEM SE REUNIDO COM DIRIGENTES REGIONAIS, E POR TODOS OS MEIOS AO SEU DISPOR, TEM SUA AGENDA FOCADA NOS RECLAMOS DA POPULAÇÃO. ENQUANTO NA CONTRA MÃO, NOSSO PARLAMENTO TOMA MEDIDAS QUE COLIDEM COM OS ANSEIOS POPULARES. PONTO PARA DILMA.

Dilma anuncia R$ 8,1 bilhões para obras em São Paulo

Por Agência Estado |

 

JEAN WYLLIS, UM BRILHANTE DEPUTADO DO PSOL

Jean Wyllys
O filho da cidade baiana de Alagoinhas tem palavras firmes: ele quer a "dilatação da pauta dos direitos humanos"
Jean Wyllys
 

Jean Wyllys

58
O tipo franzino e o jeito tímido daquele rapaz baiano destoavam das atitudes broncas e dos corpos malhados de outros homens reclusos nos estúdios da TV Globo, durante o programa "Big Brother Brasil", de 2005. Jean Wyllys de Matos Santos era realmente diferente. Sua presença denotava uma renovação no zoo eletrônico do reality show.
 
Quase sempre habitado por mulheres bonitas e homens musculosos, o BBB procurava alterar o perfil de seus participantes e incluiu, naquela edição, o professor, escritor e jornalista de Alagoinhas, interior da Bahia, o primeiro intelectual a participar da disputa, como diversos jornais e revistas o classificaram na época. "Os acadêmicos costumam torcer o nariz para reality shows e as novelas porque têm preconceito contra a cultura popular", critica Jean, que é especialista em cultura brasileira. "Estava justamente falando disso com meus alunos quando eles disseram que eu era a cara do Big Brother. Insistiram tanto, que mandei uma fita", recorda.
 
 
Valeu a pena para ele e para a produção do programa. Afinal aquela foi a maior audiência da história da atração, com 47,5 pontos no Ibope. E ainda lançou para o estrelato a vice-campeã, uma menina de Jacarezinho, no Paraná, com sorriso largo e fácil: Grazielli Massafera.
 
Foi um programa atípico, pois a carreira dos ganhadores de reality shows no Brasil costuma se encaminhar para a televisão, o showbiz ou, mais frequentemente, o anonimato. Jean Wyllys, porém, seguiu outro caminho. Naquele momento de inflexão do "Big Brother Brasil", com a inclusão de concorrentes com perfis alternativos, ele tornou-se o primeiro homossexual assumido a vencer a competição e passou a ser visto como uma liderança de movimentos sociais. A carreira política era um previsível desdobramento. E, em 2010, o baiano elegeu-se deputado federal pelo PSOL, no Rio de Janeiro.
 
Jean, o congressista
 
Único gay assumido no Congresso Brasileiro, abraçou a causa e afirma realizar um trabalho para "a dilatação da pauta dos direitos humanos". Desde sua posse, em 2011, recebeu a Medalha Pedro Ernesto, a Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho e a inclusão de seu nome no ranking de 100 personalidades mais influentes de 2012 pela revista "IstoÉ".

Participa da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, da Comissão de Educação, da Comissão de Cultura e da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, entre outras. Seus projetos de lei incluem a legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo, o tratamento de doenças raras pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a instituição de uma política nacional Griô, para proteção das tradições orais, e criação de uma Lei Empresa Ficha Limpa, que impeça empresas sob investigação criminal de participar de licitações públicas.

"Acadêmicos torcem o nariz porque têm preconceito contra cultura popular"

Causou polêmica em janeiro de 2013 ao defender a regularização da profissão de prostituta e afirmar que o projeto teria mais chance de ter aprovado do que a criminalização da homofobia. "As prostitutas, embora estigmatizadas e marginalizadas, são uma categoria menos odiada que os homossexuais", disse.

Ainda no primeiro semestre de 2013 foi acusado de declarações injuriosas contra grupos religiosos e em defesa da pedofilia, o que afirmou ser uma campanha difamatória realizada por seus opositores. Também neste ano protocolou uma ação por difamação, calúnia, falsificação de documento público, injúria, falsidade ideológica, formação de quadrilha ou bando, improbidade administrativa contra o pastor Silas Malafaia e o deputado federal e pastor Marco Feliciano.

É editor convidado e colunista do iGay, site do iG que quebrou paradigmas ao falar sem preconceitos para o público homossexual. A página, que aborda política, comportamento e estilo de vida, tornou-se referência e campeã de audiência no mercado brasileiro. Atua também como professor universitário na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e colunista da revista "Carta Capital".

Família simples

Nascido em 10 de março de 1974, é o quarto filho de uma família simples de Alagoinhas, cidade com cerca de 150 mil habitantes localizada a 119 quilômetros de Salvador. A mãe era lavadeira e o pai, quando a bebida o deixava trabalhar, era pintor de automóveis. Foi batizado Wyllys porque o pai, José Dias, era apaixonado pelo carro Aero Willys, modelo de sucesso no Brasil nos anos 1960.

Estudou nas escolas locais Maria José Bastos e Polivalente, sempre com destaque, enquanto trabalhava como vendedor de algodão doce em uma gráfica da cidade natal e, finalmente, por dois anos como office-boy na Caixa Econômica Federal. Foi ainda na sua cidade que entrou em contato com grupos de apoio aos direitos humanos nas comunidades eclesiais de base da Igreja Católica. Após ser classificado em um teste, conseguiu vaga como interno da Fundação José Carvalho, em Pojuca, também na Bahia. Após dois anos, concluiu o segundo grau e mudou-se para Salvador.

Foi batizado Wyllys porque o pai era apaixonado pelo carro Aero Willys

Como estudante universitário, cursou comunicação social na Universidade Federal da Bahia e depois realizou mestrado em Letras, especializando-se em cultura brasileira e baiana. Para abrandar as saudades da família, levou sua irmã para a capital e ambos viveram juntos até Jean Wyllys participar do "Big Brother Brasil 5". Em 2001, lançou "Aflitos", seu primeiro livro de contos, pela Fundação Casa de Jorge Amado, e venceu o Prêmio Copene de Cultura e Arte. No mesmo ano seu pai morreu aos 57 anos de idade, vítima de alcoolismo.

Trabalhou ainda como repórter na Empresa Baiana de Jornalismo, publicou mais um livro e, em 2004, participou da criação do curso de pós-graduação em Jornalismo e Direitos Humanos da Universidade Jorge Amado, em Salvador.

Vida pós-BBB

Vencedor do programa global, tornou-se popular em todo o País e continuou a defender as causas sociais com as quais estava envolvido desde a juventude. No mesmo ano da vitória, Jean Wyllys escreveu um livro sobre a experiência no programa – "Ainda lembro", lançado pela editora Globo – com breves relatos sobre experiência pessoais, além de alguns contos de seu livro de estreia. Chegou a afirmar que sua entrada no programa seria para estudá-lo do ponto de vista etnológico e que a experiência serviria para uma futura tese de doutorado, ainda não realizada.

A participação no BBB provocou reações diversas entre colegas de programa e telespectadores. A vitória apertada sobre a modelo Grazielli Massafera, com 55% dos votos do público, revelou a controvérsia que suas posições suscitavam. Ele mesmo admitiu à época que a vitória não poderia ser atribuída apenas ao apoio que recebeu de grupos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), mas de diversos setores da sociedade.

Imediatamente após a saída do programa, participou de eventos públicos contratuais e de um desfile de moda como substituto do ator Wagner Moura. Mas o horizonte político que despontava era mais atraente até que o prêmio de R$ 1 milhão conquistado na TV. Antonio Carlos Magalhães Neto, então candidato a prefeito de Salvador, notou o potencial do professor, ativista e astro pop instantâneo e tentou arrasta-lo para a fileira dos Democratas. Jean disse não com convicções sólidas e pulso firme. Duas características, não por acaso, que continuariam guiando sua vida política - e arrebanhando seguidores.
 
Dados Pessoais
  • 39 anos
  • Jornalista, escritor e político, deputado federal pelo PSOL (RJ)
  • Mestre em Letras e Linguística pela UFBA
  • Nasceu em Alagoinhas (BA)
  • Solteiro

QUANDO OS APLAUSOS SECAM E SURGEM OS APUPOS, AS AUTORIDADES PÚBLICAS PRECISAM TER A GRANDEZA E O RESPEITO AOS RECLAMOS DA POPULAÇÃO. NUM EVENTO PÚBLICO EM QUE ESTÃO MINISTROS DO GOVERNO, É PRECISO SABER DOSAR, RESPONDER ÀS PERGUNTAS DOS REPÓRTERES E NÃO RADICALIZAR. DILMA, NO INÍCIO DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES RECEBEU VAIAS. NEM POR ISSO ELA SE RETIROU DO ESPETÁCULO. DEPOIS VIEMOS A SABER QUE "A MASSA ESTAVA NA BRONCA COM A CLASSE POLÍTICA", NÃO COM DILMA EM ESPECIAL.

Cabral: o parceiro agora é persona non grata

Derrocada do peemedebista faz Planalto reavaliar ligação com governador do Rio, o mais mal avaliado do País

30 de julho de 2013 | 2h 02

Leonencio Nossa, enviado especial - O Estado de S.Paulo
Rio - Visto como principal parceiro do Planalto na realização dos grandes eventos - a Copa do Mundo e a Olimpíada -, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), tornou-se rapidamente um aliado incômodo do governo. A continuidade dos protestos de rua no Rio e a divulgação de episódios pessoais desabonadores derrubaram sua popularidade e levaram a presidente Dilma Rousseff a discutir com auxiliares uma forma de, sem constrangimentos, distanciar-se do peemedebista.
 
Protestos e episódios ruins derrubaram popularidade de Cabral - Fabio Motta/AE - 27.06.2013
Fabio Motta/AE - 27.06.2013
Protestos e episódios ruins derrubaram popularidade de Cabral

Mas a estratégia exige cuidados. Como lembra um auxiliar direto da presidente, o Planalto não pode escancarar esse isolamento de Cabral - afinal, os dois estarão lado a lado, como dita a agenda oficial, em muitas cerimônias relativas à organização dos dois grandes eventos esportivos. No mês passado, no Rio, a presidente disse a Cabral, em discurso: "Estamos juntos". Se o distanciamento vier de forma brusca e rápida, há um alto risco de o efeito político, para Dilma, ser exatamente o oposto.
Alguns auxiliares e ministros próximos da presidente não veem razão para prosseguir com os encontros marcados por gentilezas e afetos. O governador, admitem, entra nos dois anos finais de mandato em uma situação "dramática". A pesquisa CNI/Ibope da semana passada, ao mostrar que só 12% dos entrevistados avaliam Cabral como ótimo ou bom, indicou também que é justamente no Rio que Dilma tem a sua pior avaliação no País - 19% de aprovação.
Em conversas mantidas antes da pesquisa, a presidente definiu o discurso com seus ministros - a ideia era não se pronunciar sobre a repressão policial aos protestos do Rio. O Planalto avaliou que essa era a melhor forma de não "pular do barco" pilotado por Cabral e, ao mesmo tempo, de evidenciar que a violência nas ruas, criticada por muitos, era problema estadual.
Um ministro próximo de Dilma chegou a avaliar, em um encontro com ela, que a má condução de Cabral na crise - com o uso abusivo da polícia - ao menos diminuiria a pressão do governador de tentar ser o vice na chapa do PT na eleição presidencial do próximo ano.
Outro cuidado, nas tarefas diárias do Planalto, era evitar um racha com Cabral após a decisão do diretório do PT fluminense de lançar candidato à sucessão estadual - o senador Lindbergh Farias. Há tempos Cabral havia acertado com o Planalto o apoio, em 2014, ao seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Apoio em baixa. O apoio à aliança com o governador não tinha sido abalado, na avaliação do Planalto, pelos episódios que o aproximavam do empresário Fernando Cavendish, então dono da Delta Construções, que mantinha contratos com o governo do Estado. Cabral e Cavendish foram fotografados em cenas deselegantes, com guardanapos na cabeça, em um restaurante em Paris, e viajaram juntos com suas famílias para Porto Seguro.
Essa avaliação começou a mudar no mês passado, com a violência na rua, os protestos diante de sua casa e as denúncias de que usava um luxuoso helicóptero oficial para viagens de fim de semana. Numa coletiva para se explicar sobre a compra do aparelho - parte da "agenda positiva" do Planalto - o governador não gostou das perguntas e foi embora, deixando sozinhos os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades).
O constrangimento foi relatado a Dilma, que no momento prepara um evento para formalizar a anunciada ajuda de R$ 50 bilhões para Estados e municípios. O lugar de Cabral no evento está garantido - mas numa cadeira afastada do palco.

JORNALÃO FACCIOSO, O ESTADÃO PUBLICA ESSA MATÉRIA, MAS NÃO INFORMA QUE ESSA DECISÃO É MAIS UM ATO DO NOVO EXECUTIVO DA CIDADE, PREFEITO FERNANDO HADDAD, DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. CERTAMENTE A POPULAÇÃO DE VILA EMA FICOU CONTENTE COM A DECISÃO TOMADA.

Mobilização na Vila Ema barra condomínio e salva 477 árvores


Após dois anos de pressão, moradores da Vila Ema, na zona leste de São Paulo, conseguiram barrar a construção de um condomínio residencial de quatro torres da Tecnisa em uma área verde de 17 mil metros quadrados – tamanho de dois campos de futebol.
Localizado na Rua Batuns, o terreno tem 477 árvores nativas e será transformado em parque municipal, conforme resolução do Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Confema) publicada sábado no Diário Oficial da Cidade.
A área pertence à Oregon Investimentos Imobiliários e será desapropriada com dinheiro da Prefeitura. A licença para a construção das novas torres foi negada pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Desde 2010 moradores se mobilizavam em abaixo-assinados na internet e protestos. Até um blog (Viva o Parque) foi criado para tentar impedir a construção de novos prédios no bairro, que não conta com nenhum parque.
Entre as espécies que serão preservadas estão cedros-rosas, jabuticabeiras, jatobás e o palmito-juçara, ameaçado de extinção. Segundo vizinhos, o local também é um “berço” de maritacas e macaranãs.

Moradores da Vila Ema abraçam terreno em 2010, contra a construção de torres: vitória apos três anos de pressão

A seguir, o despacho publicado sábado no Diário Oficial que garante a criação do parque na Vila Ema:
Resolução nº 025/CONFEMA/2013, de 26 de julho de
2013.
Dispõe sobre a aprovação de projetos candidatos a
recursos do FEMA
O Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável – CONFEMA, usando das atribuições e
competências que lhe são conferidas por Lei,
RESOLVE:
Art. 1º – APROVAR, considerando a viabilidade técnica e
financeira, DESAPROPRIAÇÃO DE ÁREA DE PROPRIEDADE
DE OREGON INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS, situada à
Av. Vila Ema s/nº, 1523 e 1579 – Vila Prudente – PARA IMPLANTAÇÃO
DO PARQUE MUNICIPAL VILA EMA (Processo
nº. 2010–0.257.666-7) proposto por DESAP / SECRETARIA
DE NEGÓCIOS JURÍDICOS candidato aos recursos do FEMA,
durante a 81ª Reunião Plenária Ordinária, realizada em 26 de
julho de 2013. O Projeto enquadra-se nas leis do SISNAMA (Lei
14.887/2009, art.57, I), na Política Municipal do Meio Ambiente
e Educação Ambiental e na Diretriz Anual do CADES: Expansão
e Conservação de Áreas Verdes e Unidades de Conservação
e Parques Urbanos, Lineares e Naturais (Resolução nº 153/
CADES/2013).
Dotação Orçamentária nº 94.10.18.541.1210.7.127
.4.4.90.61.00.08 – Implantação de Projetos Ambientais
FEMA
Art. 2º – Esta resolução entrará em vigor na data de sua
  1. publicação, revogadas as disposições em contrário

COM OS DOIS PILANTRAS DA FOTO DIRIGINDO NOSSAS CASAS DE LEIS, VAMOS ESPERAR O QUE? E FORAM ELEITOS COM O APOIO DAS BANCADAS DO PT, NA CÂMARA E NO SENADO. HÁ MUITOS ANOS QUE ESSES DOIS DEVERIAM ESTAR FORA DA ATIVIDADE POLÍTICA E ATÉ NA CADEIA.......

Congresso gasta mais, apesar do discurso de austeridade


Na Câmara de Alves, despesas com gratificações e horas extras puxam crescimento; no Senado de Renan, contratação de servidores

30 de julho de 2013 | 23h 12

 
     

BRASÍLIA - A prática de gastos do Congresso Nacional contrasta com o discurso de austeridade adotado pelos peemedebistas Henrique Eduardo Alves (RN), presidente da Câmara, e Renan Calheiros (RN), presidente do Senado, quando tomaram posse de seus cargos, no início do ano.
A Câmara dos Deputados aumentou suas despesas nos primeiros meses da gestão de Alves em R$ 130 milhões, o equivalente a 9,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar de mais tímido, o Senado também registrou aumento de despesas: R$ 7,5 milhões.
Os dados são relativos aos meses de março a junho e foram divulgados ontem pela ONG Contas Abertas. Foi descontada do cálculo a correção dos valores de 2012 pela inflação registrada no período pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas.
Nesses quatro meses da gestão de Alves, a Câmara fez pagamentos no valor de R$ 1,516 bilhão. Em 2012, o montante pago foi de R$ 1,297 bilhão em valores nominais e de R$ 1,385 bilhão com a correção inflacionária.
Gratificações. Entre as rubricas que registraram maior aumento está a de pagamento de gratificações a servidores, que subiu de R$ 199,1 milhões para R$ 230,9 milhões, um crescimento de 15,9%. As horas extras tiveram um salto de R$ 19,7 milhões para R$ 28,4 milhões, um salto de 44,1%.
Área que sofreu mudança devido a um ato assinado por Alves em março, os gastos com despesas relacionadas à saúde cresceram 27,8%, passando de R$ 50 milhões. O ato, aprovado pela Mesa Diretora ainda na gestão de Marco Maia (PT-RS), acabou com o limite de ressarcimento aos parlamentares por despesas nesta área.
A justificativa é que havia dificuldade de sistematizar as informações necessárias para estabelecer os tetos para cada procedimento. Um novo modelo de limites teria de ser elaborado, mas não há data para que isso ocorra.
A Câmara justifica que parte do aumento de despesas deve-se a um reajuste de 5% dado ao funcionalismo público em 2013. Na Casa, estes recursos foram usados dentro do plano de carreira, incidindo também sobre algumas gratificações, o que justificaria o crescimento desta despesa.
Em relação a horas extras, a Casa disse que neste ano tem ocorrido mais sessões deliberativas na comparação com 2012. No primeiro semestre de 2013 foram realizadas 218 sessões e votadas 431 matérias, enquanto em todo o ano passado, em que os parlamentares dividiram as atenções com as eleições municipais, foram realizadas 357 sessões e votadas 666 matérias.
Usando dados relativos ainda ao ano passado, a Casa ressalta a redução dos gastos em relação à despesa total da União nos últimos anos, de 0,49% em 2008 para 0,36% em 2012. Ressalta ainda que tem reduzido a despesa com pessoal na relação com a receita corrente líquida, cálculo usado na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Casa alta. Nos quatro meses analisados, o Senado sob o comando de Renan desembolsou um montante de R$ 1,19 bilhão.
Em nota oficial, a direção da Casa afirma que as despesas maiores em 2013 devem-se à posse de 292 servidores concursados no segundo semestre de 2012, ao reajuste salarial de 5% concedido aos funcionários e a um aporte de R$ 8,6 milhões para o fundo de previdência complementar dos servidores, o Funpresp, despesa que não existiu no mesmo período do ano passado.
O Senado diz ter tomado "uma série de medidas de economia", citando a redução de funções comissionadas, não nomeação de mais concursados, renegociação de contratos de terceirização e diminuição de despesas com material de consumo, diárias e passagens aéreas. Renan também prometeu reduzir os gastos com saúde, mas não obteve sucesso.


terça-feira, 30 de julho de 2013

A SITUAÇÃO ESTÁ FICANDO PRETA PARA O LADOS DOS TUCANOS. EXISTE TAMBÉM DESENTENDIMENTOS NA DIREÇÃO DA SIEMENS, POIS ELES TEM ALTOS DIRIGENTES QUE SE ENVOLVERAM AS FALCATRUAS DOS TUCANOS

Esquemas de propina podem derrubar presidente da Siemens




Sugerido por Webster Franklin
Do Correio do Brasil

Siemens enfrenta processo por cartel e presidente pode perder o emprego

Por Redação, com agências internacionais e BdF - de São Paulo e Berlim
O presidente-executivo da Siemens, Peter Loescher, planeja, ainda que em vão, lutar por seu cargo na reunião do conselho de supervisão na quarta-feira, publicou um jornal nesta segunda, depois do grupo industrial alemão ter dito no fim de semana que iria demiti-lo. A pressão sobre Loescher aumentou depois do executivo ter repetidamente interpretado erroneamente o desenvolvimento da demanda nos principais mercados do grupo. A gota d’água parece ter vindo na semana passada, quando a Siemens cortou sua meta de margem de lucro para 2014.
Citando fontes da empresa, o jornal alemão Süddeutsche Zeitung afirmou que Loescher só estava disposto a renunciar se o presidente do conselho Gerhard Cromme, que o contratou há seis anos, também deixasse o cargo. Caso contrário, Loescher esperava reunir a necessária maioria de dois terços para evitar ser demitido, embora fontes da diretorOLVERAM ia tenham dito ao jornal que ele não tinha nenhuma esperança de sucesso. Fontes disseram que vice-presidente financeiro Joe Kaeser, que passou toda carreira na Siemens, era o candidato mais provável para substituir Loescher, numa troca bem vista pelos analistas.
Denúncias graves




Loescher enfrenta, além do declínio financeiro, a denúncia de que a empresa que dirige participou de um pesado esquema de corrução durante sucessivos governos do PSDB, em São Paulo, em cumplicidade com outras empresas internacionais na formação de um cartel para se apoderar de licitações públicas no Metrô e trens. Há provas de crime, mas pouco que sabe sobre a investigação. Há 20 anos, desde o governo Mário Covas e mantido pelos governos de José Serra e Geraldo Alckmin, o esquema envolve volumosas cifras pagas em propinas por aproximadamente 11 transnacionais, além do desvio de dinheiro público das obras do Metrô e da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM).

A Siemens, que também fazia parte do esquema, revelou que as empresas venciam concorrências com preços superfaturados para a manutenção e a aquisição de trens e para a realização das obras de expansão de linhas férreas tanto da CPTM, quanto do Metrô.

Segundo investigações concluídas na Europa, a teia criminosa também vinculada a paraísos fiscais, teria onerado minimamente, até o momento, 50 milhões de dólares dos cofres públicos paulistas.
Ademais, informações recentes de um inquérito realizado na França apontam que parte da verba movimentada nas fraudes seria para manter a base sólida do esquema no Brasil, formada pelos governadores tucanos, funcionários de alto escalão do governo, autoridades ligadas ao PSBD e diversas empresas de fachada montadas para atuar na trama. Dessa forma, o financiamento de campanhas eleitorais aos governadores do PSDB foi constante desde o início da fraude na tentativa de manter a homogeneidade do esquema ilícito.
– Não dá para manter uma armação dessas sem uma base, um alicerce que garanta a continuação das falcatruas. Por isso José Serra e Alckmin, que se alteram no poder nos últimos anos, estão intimamente bancados e ligados a essa tramoia – acusa Simão Pedro, secretário municipal de Serviços.
Um dos executivos da Siemens, que prestou depoimentos ao Ministério Público paulista, confirma as acusações de Simão.
– Durante muitos anos, a Siemens vem subordinando políticos, na sua maioria do PSDB e diretores da CPTM – relata ao jornal semanal Brasil de Fato (BdF).
Agora, diante de provas contundentes, sobre o que seria um dos maiores crimes de corrupção da história envolvendo o transporte público no Brasil, políticos da oposição, autoridades no assunto e parte dos próprios metroviários questionam no momento a forma como a justiça brasileira vem tratando o caso. Para eles, o episódio ganhou apenas mais um capítulo com a delação da Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), pois a situação já é investigada e denunciada com vigor desde 2008 por países europeus. Porém, no Brasil, algo parece amarrar o andamento dos 15 processos abertos pelo Ministério Público, só em São Paulo.
A transnacional francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui são algumas das que fazem parte do esquema delatado pela Siemens. Após ganhar uma licitação, essas empresas geralmente subcontratavam uma outra para simular os serviços, e por meio da mesma realizar o pagamento da propina.
Em 2002, no governo de Geraldo Alckmin, a alemã Siemens venceu a disputa para manutenção preventiva de trens da CPTM. Para isso, subcontratou à época a MGE Transportes. A Siemens teria pagado a MGE R$ 2,8 milhões em quatro anos. Desse montante, ao menos R$ 2,1 milhões foram distribuídos a políticos do PSDB e diretores da CPTM.
Diversos nomes foram citados na delação da transnacional alemã que fariam parte da lista de pagamento de propinas das diversas empresas de fachada. São eles: Carlos Freyze David e Décio Tambelli, respectivamente ex-presidente e ex-diretor do Metrô de São Paulo; Luiz Lavorente, ex-diretor de Operações da CPTM; além de Nelson Scaglioni, ex-gerente de manutenção do Metrô paulista. Scaglioni, por exemplo, seria o responsável por controlar “várias licitações como os lucrativos contratos de reforma dos motores de tração do metrô, em que a MGE teria total controle” diz trecho do documento da delação.
No mais, outro ponto do depoimento do executivo da Siemens que vazou à imprensa cita Lavorente como o responsável por receber o dinheiro da propina e fazer o repasse aos políticos do PSDB e partidos aliados.

Silêncio no Tribunal
Se as provas estão às claras, a pergunta que paira no ar é por que a justiça brasileira, sendo previamente avisada por órgãos da justiça internacional europeia sobre casos parecidos que pipocavam, em outros lugares do mundo, envolvendo a Alstom, por exemplo, não tomou as devidas providências e permitiu que novos contratos fossem realizados com o governo paulista.
Em 2010, dois anos após as investigações terem se iniciado também no Brasil, José Serra estabeleceu um contrato de R$ 800 milhões com a Alstom para supostamente resolver o problema da superlotação dos trens do metrô. A alternativa era aumentar a malha ferroviária e modernizar o sistema do metrô nas linhas 1, 2 e 3.
Uma das exigências da Alstom, entretanto, era que os trens da composição fossem reformados pela mesma para que se adequassem ao novo sistema. “O orçamento apresentado pela transnacional francesa ficou mais caro do que se fossem comprar novos trens, mesmo assim Alckmin aceitou e bancou”, diz Paulo Pasim, secretário-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Com o término da implantação do sistema previsto para 2011, até o momento a empresa não viabilizou o prometido. “A Alstom não tinha as mínimas condições técnicas para realizar o projeto e ganhar a licitação, tanto é que estamos em 2013 e a empresa não conseguiu fazer o que foi prometido”, afirma Pasim.
Diante dos fatos, a reportagem do Brasil de Fato tentou contato com diversos promotores de Justiça para apurar sobre o andamento das investigações já instauradas contra a Alstom. O responsável pela investigação sobre a empresa francesa, o promotor Silvio Marques do Ministério Público Estadual, não quis prestar declarações.
Outros dois promotores foram procurados pela reportagem, Marcelo Mendroni, que investiga as irregularidades da linha 5 do Metrô, e Roberto Bordini. Ambos também preferiram não comentar sobre o assunto. Por fim, o promotor Saad Mazum, que investiga a improbidade administrativa do caso não foi encontrado até o fechamento da edição do BdF.
– O único lugar que o processo de investigação não foi levado adiante foi no Brasil. Nos outros países o desfecho foi mais rápido – lamenta Pasim. Na Inglaterra, França e Suíça, as investigações concluíram que a Alstom realizava pagamento de propina para ganhar licitações.
Também foi confirmado que os executivos da transnacional francesa estavam envolvidos em lavagem de dinheiro e fraude na contabilidade da empresa. O deputado federal Ivan Valente (PSOL) também reclama da demora e do silêncio da justiça brasileira frente aos crimes. Ele aponta que desde 2009 vem realizando uma série de denúncias contra as relações de irregularidades envolvendo o PSDB, a Alstom e a Siemens em licitações de obras públicas.
– Até agora esperamos resposta do promotor do processo Silvio Marques, mas sem sucesso – reclama.
Para Valente, é necessário, diante dessas novas denúncias, cobrar com rigor a Justiça para que todos os envolvidos sejam punidos verdadeiramente.
– Não cabe ao Cade ou ao Ministério Público conceder delação premiada a Siemens ou fazer acordo e aplicar multa às transnacionais envolvidas num caso de corrupção milionário como esse. Todos têm que pagar, inclusive Serra e Alckmin – cobra.
Siemens delatou
Ao expor à Justiça os detalhes do cartel formado por diversas transnacionais para avançar sobre licitações públicas envolvendo o metrô de São Paulo e os trens da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM), a alemã Siemens ficará livre de possíveis processos referentes ao caso.
Para o deputado federal Ivan Valente, não resta dúvida de que a Siemens agiu muito mais em busca de uma situação favorável a ela do que por um sentimento de honestidade ou arrependimento por fazer parte das irregularidades.

A atitude da Siemens é a tentativa de limpar a barra dela caso a situação viesse a público de outra forma, ainda mais nesse clima anticorrupção que vivemos nas ruas – imagina o deputado.
Ademais, a Siemens teria a intenção de formar um clima favorável para ganhar futuras licitações públicas no âmbito do transporte público na esteira dos grandes eventos esportivos, Copa do Mundo e Olimpíadas. Não por acaso, as empresas denunciadas pela Siemens: Alstom, Bombardier, CAF e a Mitsu apresentaram projeto para as obras do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, que será licitado em agosto.
– Por isso, de olho nos diversos negócios futuros no Brasil, a Siemens não queria se comprometer – conclui Valente.


 




 
 
 

 

RECOMEÇAM AS MANIFESTAÇÕES DE RUA EM SÃO PAULO, AGORA CONTRA O GOVERNADOR ALKMIN. TRUCULENTO COMO ELE É, ESTÁ APOIANDO UMA POLÍCIA AGRESSIVA, QUANDO O MOMENTO É DE DIÁLOGO. JÁ EXISTE UMA ANIMOSIDADE CONTRA O GOVERNADOR, POR CONTA DE SEUS PEDÁGIOS ABUSIVOS QUE ESBULHAM OS USUÁRIOS. AGORA TAMBÉM POR SUA AÇÃO VIOLENTA DURANTE AS MANIFESTAÇÕE S DE JUNHO. A TENDÊNCIA É CONTINUAR ESSE MOVIMENTO, POIS A CLASSE POLÍTICA NÃO ACEITA DIALOGAR COM OS MANIFESTANTES. UMA VEZ ELEITOS NOSSOS PARLAMENTARES PENSAM QUE TEM CARTA BRANCA PARA AGIR. ESTÃO EQUIVOCADOS. ELES DEVEM OUVIR SEMPRE A SOCIEDADE CIVIL E NÃO FORMAR "PANELAS" DE DEPUTADOS EM CONCHAVOS E NEGOCIATAS. NESSE MOMENTO EXISTE UMA ACUSAÇÃO MUITO SÉRIA CONTRA O GOVERNO DO ESTADO QUE TENTA ACOBERTAR NEGOCIATAS NAS CONCORRÊNCIAS DO METRÔ, DENÚNCIA ESSA VINDA DE UMA EMPRESA ALEMÃ, A SIEMENS. O POVO DE SÃO PAULO PODERIA ESTAR NUMA SITUAÇÃO MUITO MELHOR, EM MOBILIDADE URBANA, NÃO FOSSE A ROUBALHEIRA AGORA DENUNCIADA PELA SIEMENS.

Grupo protesta contra o governador Geraldo Alckmin

Protesto contra o governador Geraldo Alckmin. Foto: Dario Oliveira/Futura PressConcessionária de carro também foi atacada. Foto: Futura PressManifestantes depredaram agência bancária. Foto: Futura PressPoliciais acompanharam o protesto desde o início. Foto: Futura PressCerca de 150 pessoas se concentraram no Largo da Batata, na zona Oeste. Foto: Futura Press
Protesto contra o governador Geraldo Alckmin. Foto: Dario Oliveira/Futura Press
Manifestantes e policiais se enfrentaram na Avenida Rebouças, em São Paulo, na noite desta terça-feira (30) após alguns participantes do protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) terem praticado atos de depredação. A Tropa de Choque da PM usou bombas de gás para dispersar o protesto, que reuniu cerca de 150 pessoas.



Leia também:Alckmin defende atuação da PM no último protesto

 
A manifestação começou no Largo da Batata, na zona Oeste, e seguiu pela avenida Rebouças, que chegou a ser interrompida pela PM nos dois sentidos. Na via, a confusão com policiais começou quando um grupo de cerca de 10 manifestantes mascarados começou a pichar carros, queimar latas de lixo e atacar lojas. Pelo menos uma concessionária de carros e duas agências bancárias do Santander foram depredadas.
Um homem ficou ferido na confusão e pelo menos cinco foram detidos.
     

    FLEURY ESTÁ SENDO HIPÓCRITA. SE ELE CONDENOU A "VIOLÊNCIA DESNECESSÁRIA", PORQUE LOGO APÓS ESSES ASSASSINATOS BRUTAIS NÃO USOU DE SUA AUTORIDADE E TRATOU DE PUNIR OS ASSASSINOS? ERAM FUNCIONÁRIOS DE SEU GOVERNO.!!!

    Hoje às 13h50

    Carandiru: Fleury defende invasão, mas condena 'violência desnecessária'


    Portal Terra O ex-governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, afirmou nesta terça-feira à Justiça paulista que a invasão da Polícia Militar ao Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, em outubro de 1992, foi "legítima e necessária". Na ocasião, 111 presos foram mortos, 102 deles a tiros. O ex-governador disse que em uma ação desse tipo é necessário evitar "violência desnecessária".
    Fleury foi ouvido na condição de testemunha convocada pela defesa dos 26 réus que atuaram no terceiro pavimento do prédio. Fleury lembrou que na data da invasão estava em Sorocaba, no interior paulista, e só foi informado da entrada da polícia militar quando já estava de volta ao Palácio dos Bandeirantes, no fim da tarde.
    "Já havia ocorrido a entrada da Polícia Militar na Casa de Detenção. Eu não falei com o secretário (Pedro Franco de Campos) até o momento que eu cheguei no Palácio. Ele me disse que havia três juízes de direito presentes e que a entrada foi necessária. Estava escuro, havia focos de incêndio e havia mortos entre eles", disse ele.
    Fleury disse que a partir daí, passou a ser informado sobre o número de mortes. "Fui dormir achando que havia cerca de 60 mortes. Determinei que só informasse o número de mortos quando tivesse certeza de quantos eram. Disseram que foi abafado o número de mortes por conta da eleição, mas não houve nada disso", afirmou.
    O governador reafirmou ainda o que já havia dito no julgamento dos primeiros réus do caso, em abril. “Não há dúvida que se fazia necessária. A entrada no presídio foi legítima e necessária. Reafirmo. Não dei a ordem, mas se estivesse no meu gabinete, com as informações que eu recebi, eu daria a ordem. No meu governo, a polícia não se omitia. No meu governo não tinha preso jogando futebol com a cabeça de outro preso", disse ele.

    Relembre o caso
    Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre presos da Casa de Detenção de São Paulo - o Carandiru - deu início a um tumulto no Pavilhão 9, que culminou com a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos. Os policiais são acusados de disparar contra presos que estariam desarmados. A perícia constatou que vários deles receberam tiros pelas costas e na cabeça.
    Entre as versões para o início da briga está a disputa por um varal ou pelo controle de drogas no presídio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a situação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível.
    A defesa afirma que os policiais militares foram hostilizados e que os presos estavam armados. Já os detentos garantem que atiraram todas as armas brancas pela janela das celas assim que perceberam a invasão. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos.

    PRECISAMOS NOS ATENTAR PARA OS DETALHES: " SERÁ VENCEDORA A EMPRESA OU CONSÓRCIO QUE OFERECER A MENOR TARIFA". ESSE É UM CRITÉRIO QUE DILMA JÁ UTILIZAVA, QUANDO ERA MINISTRA DE MINAS E ENERGIA, AO FAZER AS CONCESSÕES DE LINHAS DE TRANSMISSÃO. DEU MUITO CERTO. DEPOIS, JÁ COMO MINISTRA DA CASA CIVIL, AO ABRIR CONCESSÃO PARA RODOVIAS FEDERAIS USOU ESSE MESMO QUE, NOVAMENTE FEZ SUCESSO. E AS EMPRESAS QUE GANHARAM AS RODOVIAS ESTÃO GANHANDO UM BOM DINHEIRO. NÃO É COMO O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO EM QUE ALKMIN, COM SUA GULA EM ARRECADAÇÃO, TEM AS CONCESSÕES COMO FONTE DE RECEITA. NA PONTA, OS USUÁRIOS DAS RODOVIAS SÃO "DEPENADOS" COM TARIFAS EXCORCHANTES. NA PRAÇA DA "RODOVIA DAS COLINAS", ENTRE CAMPINAS E INDAIATUBA (28 Km), A TARIFA É DE R$ 10,50 EM CADA DIREÇÃO, ENQUANTO NA FEDERAL "FERNÃO DIAS", PAGA-SE R$ 1,40 EM CADA PRAÇA. DE SÃO PAULO A BELO HORIZONTE SÃO 560 Km E TEM 7 PRAÇAS, DANDO UMA MÉDIA DE R$ 1,40 A CADA 80 Km.

    Notícias                                      
    30/07/13 - 12h30

    Novo modelo financeiro de concessão de rodovias atrairá interesse do setor privado, avalia Gleisi

    A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que as condições de financiamento definidas para as concessões de rodovias devem aumentar o interesse do setor privado. A previsão é de que os primeiros editais sejam publicados na próxima quarta-feira (31), referentes às BR 050, entre Goiás e Minas Gerais, e BR 262, entre o Espírito Santo e Minas http://www.pt.org.br/noticias
    Gerais. O leilão pode ser realizado já na segunda quinzena de setembro. Nesta semana, o governo simplificou as garantias exigidas das concessionárias nos empréstimos tomados junto aos bancos públicos. Ficou acertado, por exemplo, que serão exigidas garantias distintas para cada fase do empreendimento. “Todo o modelo foi acertado com o governo, bancos públicos e setor privado. Esses são projetos de longo prazo e requerem condições especiais”, explicou Gleisi. Ficou definido que quando as duplicações estiverem concluídas - a partir do 5º ano -, os recebíveis gerados pelo próprio projeto poderão ser tomados como única garantia do financiamento. Na fase pré-operacional, o concessionário oferecerá apenas um seguro garantia e uma finca correspondente a 20% do empreendimento, onerando menos o projeto e permitindo tarifas mais baixas. As empresas terão, ainda, o apoio da Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias (ABGF). Os riscos não gerenciáveis e não seguráveis dos projetos serão seguradas pela ABGF, sendo o empreendedor responsável pelas perdas iniciais (20%). Os financiamentos poderão ter prazos de até 25 anos, com cinco anos de carência. O custo será de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) acrescida de até 2% ao ano, quando for realizado por consórcios com bancos privados. Quando envolver apenas bancos públicos, o valor será de TJLP até mais 1,5% ao ano. Edital O edital irá prever que as rodovias terão de estar duplicadas em cinco anos. Será vencedor a empresa ou consórcio que oferecer o menor valor de pedágio. A taxa de retorno dos projetos será de 7,2%. (Casa Civil da Presidência da República) - See more at:

    ALIAR-SE A UM PARTIDO "CAMALEÃO", QUE MUDA DE COR A CADA HORA, É PROBLEMÁTICO.

    Dilma deve ‘refazer alianças’, diz corrente petista

    Grupo de Cardozo e Tarso condena parcerias com 'setores conservadores', pede prioridade a siglas de esquerda e ataca ministro das Comunicações


    29 de julho de 2013 | 2h 12

    Vera Rosa - O Estado de S.Paulo
    Brasília - A presidente Dilma Rousseff precisa "refazer" suas alianças para a eleição de 2014, mirando partidos de esquerda e centro-esquerda, se quiser "dar conta" dos avanços necessários ao País. A avaliação consta do documento intitulado "Para o PT liderar um novo ciclo da revolução democrática", produzido pela corrente Mensagem ao Partido, que, em 2005, no auge do escândalo do mensalão, propôs a "refundação" da legenda.
     


    Integrada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a corrente diz que os protestos de junho trouxeram um "elemento de imprevisibilidade" à disputa de 2014 e prega uma "aliança programática". O documento, redigido pela chapa que apoia a candidatura do deputado Paulo Teixeira (SP) à presidência do PT, afirma que as parcerias com "setores conservadores" são um "empecilho" para mudanças, como a instituição do imposto sobre grandes fortunas.
    "O novo quadro anuncia, neste momento, uma disputa mais complexa do que a anteriormente esperada para as eleições de 2014", diz um trecho da tese apresentada pelo grupo Mensagem ao Partido, a segunda maior força do PT. "Não parece mais bastar a divulgação dos enormes avanços dos dez anos do governo Lula e Dilma e a comparação com o período anterior", completa o texto, numa referência ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, sempre criticado por petistas.
    Na avaliação do grupo, para que o Brasil avance, a partir deste novo momento, Dilma deve construir outras alianças, "voltando a dar prioridade a uma frente de partidos de esquerda e de centro-esquerda, e a organizações e movimentos sociais progressistas e libertários".

    Mídia. A chapa também cobra de Dilma uma ação "urgente" para destravar o projeto de regulamentação da mídia e critica a atuação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que é filiado ao PT. "Nosso Ministério das Comunicações tem adotado neste governo uma política moderada, recuando de avanços que se anunciavam no final do segundo governo Lula", observa o texto. "É natural e legítimo que esse tema apareça nos debates do PT.
    Achei essa abordagem pertinente e também moderada", devolve Bernardo.
    Em 2005, na crise do mensalão, a corrente Mensagem ao Partido chegou a pregar a "refundação" do PT, mas depois voltou atrás. Cardozo, hoje ministro, foi um dos autores do Código de Ética do partido, que prevê a expulsão de filiados envolvidos em corrupção e condenados em última instância pela Justiça. Agora, embora alegando ser preciso superar "erros cometidos", o mesmo grupo afirma que houve "manipulação" do julgamento do mensalão pela direita.
    Com o argumento de que Dilma é "alvo de campanha sistemática de desgaste", a chapa de Teixeira prega a defesa da presidente e a mobilização em torno da ideia do plebiscito para a reforma política. Admite, porém, que "resistências conservadoras" podem inviabilizar a consulta popular. Diante desse quadro, o grupo tenta manter de pé a proposta de Constituinte exclusiva para mudar o sistema eleitoral, considerada inconstitucional pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB).
    Além de Teixeira e do atual presidente do PT, Rui Falcão, que concorre à reeleição, outros quatro candidatos disputam o comando petista. A eleição interna será dia 10 de novembro.