segunda-feira, 30 de setembro de 2013

LULA DEU LONGA ENTREVISTA, MAS NÃO TOCOU NUM ASSUNTO DELICADO: OS APOSENTADOS DO INSS.

EM 2010 QUANDO LULA TRABALHAVA PARA A ELEIÇÃO DE DILMA, FEZ ACORDO COM FEDERAÇÕES DOS APOSENTADOS DO INSS E CHEGARAM A UM ACORDO: ELE DARIA 80 % DO QUE DERA AO SALÁRIO MÍNIMO NAQUELE ANO. UMA VEZ FEITO O ACORDO, ELE DEVERIA ENVIAR PROJETO DE LEI AO CONGRESSO E DEFINIR QUE, A PARTIR DAÍ, TODOS OS ANOS OS NOSSOS APOSENTADOS RECEBERIAM 80 % DO QUE FOSSE DADO AO MÍNIMO A CADA ANO. MAS ELE ENVIOU O DOCUMENTO EM FORMA DE "MEDIDA PROVISÓRIA". VALEU SÓ PARA AQUELE ANO DE 2010. TODOS OS ANOS, UMA "PENCA" DE COMPANHEIROS APOSENTADOS CAI NA FAIXA DO MÍNIMO, POIS O SALÁRIO MÍNIMO TEM UMA  FORMA DIFERENCIADA DE AUMENTO, POIS ALÉM DA INFLAÇÃO DO PERÍODO, GANHAM O CRESCIMENTO DO PIB DE DOIS ANOS ANTES, ENQUANTO OS NOSSOS APOSENTADOS RECEBEM SÓ A INFLAÇÃO DO PERÍODO. O LAMENTÁVEL É QUE DILMA EM 2010 AFIRMOU CONHECER BEM O PROBLEMA DOS INATIVOS DO INSS, MAS ATÉ AGORA NADA FEZ PARA SANAR ESSE PROBLEMA.



Ao Correio, Lula diz estar pronto para a campanha de Dilma em 2014

Quase três anos fora do Planalto, revela em detalhes a dificuldade de "desencarnar" do cargo e, pela primeira vez, fala sobre a investigação envolvendo a ex-chefe do gabinete da Presidência em São Paulo

Tereza Cruvinel
Leonardo Cavalcanti -

Publicação: 29/09/2013 07:59Atualização: 29/09/2013 17:25
'Se houver alguém que se diz lulista e não dilmista, eu o dispenso de ser lulista', diz o ex-presidente (Luludi/Esp. CB/D.A Press)
"Se houver alguém que se diz lulista e não dilmista, eu o dispenso de ser lulista", diz o ex-presidente


São Paulo - A casa discreta no tradicional bairro do Ipiranga em nada lembra os palácios de Brasília mas seu principal inquilino ali trabalha cerca de 10 horas por dia, com a mesma disposição que, nos oito anos em que governou o Brasil, extenuava auxiliares - hoje reduzidos a uma pequena equipe.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levanta-se em São Bernardo do Campo às seis horas da manhã, faz duas horas de exercícios físicos, toma café e chega ao instituto que leva seu nome por volta das 9h, raramente saindo antes das 20h. Ali recebe políticos, empresários, sindicalistas, intelectuais, agentes sociais e personalidades em busca de seu apoio a uma causa ou projeto. Quase três anos após deixar a Presidência e depois da vitória contra o câncer, Lula declara-se completamente "desencarnado" do cargo e com a saúde restaurada, o que a voz, agora limpa das sequelas do tratamento, confirma.

Por telefone, ele é alcançado também por interlocutores de diferentes países, por convites para viagens e palestras no Brasil e no exterior. No ano que vem, o ritmo vai cair, pois ele vai ajudar, "como puder", na campanha da sucessora Dilma pela reeleição. "Se ela não puder ir para o comício num determinado dia, eu vou no lugar dela. Se ela for para o Sul, eu vou para o Norte. Se ela for para o Nordeste, eu vou para o Sudeste", disse o ex-presidente.

Nas instalações simples da casa no Ipiranga, o que denuncia o inquilino são as fotografias nas paredes, de momentos especiais da Presidência, selecionadas pelo fotógrafo Ricardo Stuckert, que continua a seu lado, assim como os assessores Clara Ant, Luiz Dulci e Paulo Okamoto. Na sala de trabalho, em vez das cigarrilhas, chicletes sabor canela. Foi lá que, na quinta, 26, Lula recebeu o Correio para uma entrevista de duas horas em que não parou de falar. Da vida no poder e fora dele, da disputa eleitoral do ano que vem, passando por espionagem, Mais Médicos, mensalão e novos partidos.

Lula também falou, pela primeira vez, sobre a Operação Porto Seguro, a investigação da Polícia Federal, que revelou um esquema de favorecimentos em altos cargos do governo federal e provocou a demissão de Rosemary Noronha, a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo. E disse ter saudades de Brasília: "O nascer e o pôr do sol no Alvorada são inesquecíveis".

Considerado um eleitor de 58 milhões de votos por conta do total de apoios conquistados na última eleição que disputou, em 2006, Lula confessou, sem dissimulação, que deixar o poder foi "como se me tivessem desligado da tomada". E que não foi fácil aprender a ser ex-presidente. Para evitar a tentação de dar palpites sobre o novo governo, disse que decidiu visitar 32 países nos primeiros 10 primeiros meses de 2011, até que o câncer foi descoberto, no dia de seu aniversário, 27 de outubro.

Vencido o calvário do tratamento, ele voltou à rotina no Instituto, vacinou-se contra o "Volta Lula", antecipando o lançamento da candidatura Dilma, e agora se prepara para mais uma campanha eleitoral. Ele acha que a presidente será reeleita, lamenta o desenlace da aliança com Eduardo Campos, embora reconheça as qualidades do governador para a disputa, evita especular sobre o destino dos votos de Marina Silva, caso ela saia da corrida, e parece revelar preferência por José Serra como adversário tucano, ao dizer que o PSDB terá mais trabalho para tornar Aécio Neves conhecido. Uma contradição com o que ele mesmo fez, ao lançar uma também desconhecida Dilma como candidata em 2010. Uma coisa é certa. "Desencarnado" e em plena forma, Lula será um "grande eleitor" em 2014.


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Deixar de ser presidente trouxe alívio ou pesar?
Não é fácil falar sobre isso. Eu achava que seria simples deixar a Presidência. O (João) Figueiredo, que saiu pela porta dos fundos, até pediu para ser esquecido. Quando a pessoa não sai bem, quer esquecer mesmo. Mas eu saí no momento mais auspicioso da vida de um governante. Eu brincava com o Franklin (Martins): se eu ficar mais alguns meses, vou ultrapassar os 100% de aprovação. Foi como se me desligassem de uma tomada. Num dia você é rei, no outro dia não é nada. Depois de entregar o cargo, cheguei a São Bernardo e havia um comício, organizado por amigos e pessoas do sindicato. O Sarney me acompanhou. Antes, visitei o Zé Alencar, choramos juntos. Eu fiquei danado da vida porque achava que ele devia ter ido à posse e subido a rampa de maca, mas os médicos não deixaram. Participei do comício e quando deu 11 horas da noite eu subi para o apartamento. Ao me despedir dos que trabalharam comigo na segurança e voltariam a Brasília, o general me disse: "Olha presidente, daqui a três dias os celulares da Presidência serão desligados e os carros serão recolhidos". Mas levaram apenas três minutos para me desconectarem. Este é o lado hilário da coisa. Mas ser ex-presidente é um aprendizado sobre como se comportar, evitando interferir no novo governo. Quem sai precisa limpar a cabeça, assimilar que não é mais presidente. Mas é difícil sair de um dia a dia alucinante, acordar de manhã e perguntar: e agora?

Mas como conseguiu resolver o "desligamento"?
Entre março de 2011 e a descoberta do meu câncer, em outubro, eu fiz 36 viagens internacionais, visitei dezenas de países africanos e latino-americanos. Eu queria ficar fora do Brasil para vencer a tentação de ficar dando palpites. Decidi voltar para o Instituto, que eu já tinha, e comecei a trabalhar aqui. No dia do meu aniversario fui levar a Marisa para fazer um exame mas acabaram descobrindo o câncer em mim. E aí foi um ano de tortura. Nunca pensei que fosse tão difícil fazer quimioterapia e radioterapia. A doença, a internação, o fato de não poder falar ajudaram no desligamento. Fui desencarnando e hoje isso está bem resolvido na minha cabeça. Este ano, no evento dos 10 anos de governos do PT, quando eu disse que a Dilma era minha candidata, eu queria tirar de vez da minha cabeça a história de voltar a ser candidato. Antes que os outros insistissem, antes que o PT viesse com gracinhas, antes que os adversários da Dilma viessem para o meu lado, eu resolvi dar um basta e fim de papo.

Mesmo com eventuais "Volta Lula", com manifestações, crises?
Mesmo. Hoje há pessoas defendendo o fim da reeleição. Eu sempre fui contra a reeleição mas hoje posso dizer que ela é um beneficio, uma das poucas coisas boas que copiamos dos americanos. Em quatro anos, você não consegue realizar uma única obra estruturante no pais. Depois, o eleitor pode julgar o governante no meio do período. Bush pai não se reelegeu, Carter não se reelegeu. Mas foi bom para os Estados Unidos o Clinton ter governado oito anos.

O senhor não ficou tentado a buscar o terceiro mandato, quando o deputado Devanir apresentou aquela emenda?
Eu fui contra. Chamei o partido e disse: não quero brincar com a democracia. Se eu conseguir o terceiro, amanhã virá alguém querendo o quarto, o quinto. Sou amplamente favorável à alternância no poder, de pessoas e de segmentos sociais. Comigo, pela primeira vez um operário chegou à presidência. Com a Dilma, a primeira mulher. Quer mais mudança do que isso? Quero que o povo continue mudando. Para errar ou acertar, não importa.

Deixar o poder traz mais liberdade?
Eu nunca tive liberdade, nem antes nem depois. Fiquei oito anos em Brasília sem ir a um restaurante, a um aniversario, a um casamento, porque tinha medo daquele mundo futriqueiro de Brasília. Mesmo hoje, prefiro passar o final de semana em casa, de bermudas.

Mas afora os problemas do poder, alguma saudade de Brasília?
Olha, o nascer e o pôr do sol no Alvorada são para mim inesquecíveis. Todos os domingos de manhã, eu e Marisa pescávamos. Há um lago no Torto, outro no Alvorada, e há o Lago Paranoá. Houve um dia em que a Marisa pegou 26 tucunarés, ali no píer onde fica o barco da Presidência. Disso eu tenho saudade. Não pude conviver, por precaução minha. Mas o céu de Brasília é muito bonito. O clima é extraordinário, o padrão de vida do Plano Piloto é invejável. Não é mais aquela cidade criticada porque não tinha esquinas. O povo soube fazer suas esquinas.

O que considera como mudanças importantes deixadas por seu governo?
As coisas que foram feitas, se em algum momento foram negadas, a verdade foi mais forte que a versão. A ONU acaba de reconhecer, com dados irrefutáveis, que o Brasil foi o pais que mais combateu e reduziu a pobreza nos últimos 10 anos. Eu queria provar que quando o Estado assume a responsabilidade de cuidar dos pobres, isso tem efeitos. Tenho muito orgulho de ter sido um presidente que, sem ter diploma universitário, foi o que mais criou universidades no Brasil, o que mais fez escolas técnicas, o que colocou mais pobres na universidade... Já houve presidentes da República que tinham diplomas e mais diplomas, fizeram muito pouco pela educação. Nós provamos que era possível fazer porque decidimos que educação não era gasto, era investimento. A outra coisa de que muito orgulho é de ter sido o primeiro presidente que fez com que o povo se sentisse na Presidência.

E o quê o senhor considera o maior erro de seu governo?
Certamente cometi muitos erros. Os adversários devem se lembrar mais deles do que eu. Mas fiz as coisas que achava que poderia fazer. Há quem me pergunte se não me arrependo de ter indicado tais pessoas para a Suprema Corte. Eu não me arrependo de nada. Se eu tivesse que indicar hoje, com as informações que eu tinha na época, indicaria novamente.

E com as informações atuais?
Eu teria mais critério. Um presidente recebe listas e mais listas com nomes, indicados por governadores, deputados, senadores, advogados, ministros de tribunais. E é preciso ter quem ajude a pesquisar e avaliar as pessoas indicadas. Eu tinha o Márcio Tomas Bastos no Ministério da Justiça, o (Dias) Toffoli na Casa Civil... Uma coisa que lamento é não ter aprovado a reforma tributaria, e tentei duas vezes. Hoje estou convencido de que não poderá ser feita como pacote, mas fatiada, tema por tema. Eu mandava um projeto com apoio de todo mundo mas as forças ocultas de que falava o Jânio se apresentavam nas comissões do Congresso e paravam tudo. Eu receava também que segundo mandato fosse repetitivo, com ministros não querendo trabalhar. Foi aí que tivemos a ideia do PAC. Mas acho que poucos conseguirão repetir o que fizemos entre 2007 e 2010. Era o time do Barcelona jogando. Tudo fluiu bem. Posso ter errado mas não tenho arrependimentos. Tenho frustração de não ter feito mais.

Voltando à indicação dos ministros do STF. Hoje, se o senhor pudesse voltar no tempo...
Nem podemos pensar nisso. Eu não sou mais presidente, eles já estão indicados e irão se aposentar lá.

O senhor continua fazendo palestras?
Tenho feito mas vou reduzir. No ano que vem vou me dedicar um pouco à campanha. Vocês sabem que um ex-presidente da Republica não tem aposentadoria. Não tendo aposentadoria de outra origem, terá que ser mantido pelo partido dele ou terá que se virar. Mas você só é convidado para fazer palestras se tiver sido exitoso no governo. O Fernando Henrique inovou e passou a fazer palestras. O PT ofereceu-me um salário e eu agradeci. Eu mesmo ia tratar da minha sobrevivência.

 (Luludi/Esp. CB/D.A Press)


O que acha das criticas de que existiria conflito de interesses quando as empresas têm contratos com o governo?
Acho uma cretinice. Primeiro porque não faço nada além do que eu fazia como presidente. Eu tinha orgulho de chegar a qualquer pais e falar da soja, do etanol, da carne, da fruta, da engenharia, dos aviões da Embraer... Eu vendia isso com o maior prazer do mundo. Com orgulho. Eu achava que isso era papel do presidente da Republica. Quando Bush veio aqui, fomos a um posto que vendia etanol. E havia lá um carro da Ford e outro da GM. Chamei o Bush para tirarmos uma foto e ele disse que não podia fazer merchandising de carro americano. Só que ele estava com um capacete da Petrobras na cabeça. Eu falei: "Então fica você aqui que eu vou lá". Se eu puder vender as empresas brasileiras na Nigéria, no Catar, na Líbia, no Iraque, na África, eu vou vender. Estas críticas também refletem o complexo de vira-lata. É não compreender o sentido disso. Tenho orgulho de saber que quando cheguei à Presidência não havia uma só fabrica brasileira na Colômbia e hoje existem 44. Havia duas no Peru e hoje são 66. De termos ampliado nossa presença na Argentina ou na África. Se não formos nós, serão os chineses, os ingleses, os franceses. E não são apenas empresas de engenharia. Hoje temos fábrica de retro virais em Moçambique, SENAI e escolinhas de futebol do Corinthians em mais de 13 países africanos. Agora mesmo me pediram para tentar levar o vôlei para a África, onde o esporte não existe. E vou ajudar com o maior prazer. Só não vou jogar porque tenho bursite. Mas veja a malandragem. Todas as empresas, inclusive as de jornais e de televisão, têm lobistas em Brasília. Mas são chamados de diretor corporativo ou institucional. Agora, se alguém faz pelo pais, é lobista. Faz parte da pequenez brasileira. Veja o caso da Copa do Mundo. Todo país quer sediar uma Copa do Mundo. O Brasil não pode. Ah, porque temos problemas de saúde e moradia! Todos os países têm problemas, e por não pode ter Copa do Mundo e Olimpíada? E o quanto uma nação ganha com isso, do ponto de vista cultural, do ponto de vista do desenvolvimento? Qual é a denúncia contra as obras?

Nos protestos, a crítica era ao custo das obras...
Ora, se em 1960 o Brasil pôde fazer um estádio para a Copa do Mundo, em 2013 não podemos fazer outros? Pergunto qual é a denuncia? Eu deixei dois decretos, um sobre a Copa outro sobre a Olimpíada, que estão no site da CGU. Perguntem ao Jorge Hage onde tem corrupção na Copa. O TCU designou um ministro, o Valmir Campelo, encarregado de fiscalizar especificamente os gastos com a Copa. Perguntem a ele onde há corrupção. A Copa está marcada e tem que ser feita com a maior grandeza. Se alguém praticar corrupção, que seja posto na cadeia. Já conversei com os patrocinadores sobre a necessidade de uma narrativa diferente para a Copa do Mundo. Vi na TV pessoas chorando no Japão, que vai sediar uma Olimpíada. E vi um jornalista dizer que tudo bem, o Japão está retomando o crescimento, diferentemente do Brasil, que ainda é pobre. Então Olimpíada é só para países doG-8? E ainda que fosse, o Brasil está no G-6. Não me conformo com o complexo de vira lata e com o denuncismo infundado. Precisamos de uma lei que puna também o autor de denúncia falsa.

Falando nas manifestações, o que mudou com elas no Brasil?
Eu acho que fizeram muito bem ao Brasil. Com exceção dos mascarados. Todas as reivindicações que apresentaram, um dia nós também pedimos. Veja o discurso de (Fernando) Haddad na campanha de São Paulo: "Da porta da casa para dentro a vida melhorou, mas da porta para fora ainda precisa melhorar." Hoje muito mais gente anda de carro mas o transporte público não melhorou. Eu andava de ônibus lotados como latas de sardinha em 1959, e continua a mesma coisa. O Haddad agora me disse: "Precisando de tanto dinheiro, conseguimos reduzir em 50 minutos o tempo de viagem só com latas de tinta". As faixas exclusivas para ô ônibus tiveram uma aprovação de 93% das pessoas. O povo nos disse o seguinte: "Já conquistamos algumas coisas e queremos mais". As pessoas querem mais, mais salário, mais transporte, melhorarias na rua, e isso é extraordinário. Nem dá mais para ficar dividindo tarefa: isso é com o prefeito, isso com o governador, aquilo com o presidente. Agora é tudo junto.

Haddad não errou, quando demorou a recuar na tarifa?
Houve muita gente ponderando para o Haddad que era preciso recuar. Se ele tivesse dado o aumento em janeiro, não tinha acontecido o que aconteceu. Ele e o prefeito do Rio foram convencidos de que, adiando o aumento, ajudariam no controle da inflação. Eles concordaram e tudo caiu nas costas deles. Meu primeiro movimento foi mostrar ao Haddad que aquilo não era contra ele, que ainda estava muito novo no cargo: "Haddad, levante a cabeça, tira proveito disso, que bom que o povo esta se manifestando". Acho que ele demorou uns dois ou três dias mas foi correto. E o transporte é caro mesmo... Enfim, as manifestações nos ensinaram que o desejo do povo de mudar as coisas é infinito. Nós todos queremos sempre mais. Quem consegue um aumento de 10% nos salários e logo depois quer outro. Quem consegue comprar carne de segunda passa a querer carne de primeira. Tínhamos 48 milhões de pessoas que andavam de avião em 2007. Em 2012, eram 103 milhões. Hoje tem gente que entra no avião e não sabe nem guardar a mala. Alguns acham isso ruim. Eu acho ótimo. Tem mais gente indo a restaurantes, a museus, a institutos de beleza, e isso é um bom sinal. A única coisa que eu critico é a negação da política. Ela sempre resulta em algo pior, como o fascismo, o nazismo. Tenho dito ao PT para enfrentar o debate. Vamos perguntar aos tucanos por que eles derrotaram a CPMF, tirando 40 bilhões da saúde por ano em meu governo, achando que iam me prejudicar. E eu disse: quem vai pagar é o povo.

 (Luludi/Esp. CB/D.A Press)


E o programa Mais médicos, é uma boa solução?
É uma coisa fantástica mas vai fazer com que o povo fique ainda mais exigente com a saúde. O sujeito vai subir o primeiro degrau. Vai ter um médico que vai lhe pedir os primeiros exames, e a saúde vai ser problema outra vez. Discutir saúde sem discutir dinheiro, não acredito. E não adianta dizer, como fazem os hipócritas, que o problema é só de gestão. Chamem os 10 melhores gestores do planeta e perguntem como oferecer tomografia, ressonância, tratamento de câncer, sem dinheiro. O hipócrita diz: "Eu pago caro por um plano de saúde, porque o SUS ao me entende". Mas quando ele vai fazer a declaração de renda, desconta tudo do imposto a pagar. Então quem paga a alta complexidade para ele é o povo brasileiro. E aí vem a FIESP fazer campanha para acabar com a CPF. Não foi para reduzir custos mas para tirar do governo o instrumento de combate à sonegação.

O Mais Médicos é uma marca de governo para Dilma?
Os médicos brasileiros que protestaram sabem que cometeram um erro gravíssimo. O (Alexandre) Padilha tem dito, corretamente: "Não queremos tirar o emprego de médico brasileiro. Queremos trazer médicos para atender nos locais onde faltam médicos brasileiros". Em vez de protestar, eles deveriam ter feito um comitê de recepção aos colegas estrangeiros. E Deus queira que um dia o Brasil forme tantos médicos que possa mandar médicos os para um pais africano. É admirável que um pais pequeno como Cuba, que sofre um embargo comercial há 60 anos, tenha médicos para nos ceder. Hoje há maquinas que descobrem o câncer com menos de um milímetro. Mas quantos têm acesso a isso? Saúde boa e barata e não existe, alguém tem que pagar a conta. Num país em construção, como o nosso, sempre haverá protestos. Temos de consolidar a democracia, sabendo que ela não pode ser exercitada fora da política. Tem gente que diz "eu não sou político" e começa a dar palpite na política. Esse é o pior político. Como eu fui ignorante, dou meu exemplo. Em 1978, no auge das greves do ABC, eu achava o máximo dizer: "Não gosto de política nem de quem gosta de política". A imprensa paulista me tratava como herói. Eu era "o metalúrgico". Dois meses depois, eu estava fazendo campanha para Fernando Henrique, que disputava o Senado por uma sublegenda do MDB. Dois anos depois, eu estava criando um partido político. Ninguém deve ser como o analfabeto político do Bertolt Brecht. Não se muda o país sem política.

Sua participação na campanha da Dilma agora será diferente da que teve em 2010?
Tem de ser diferente. Em 2010 a Dilma não era conhecida. Fizemos uma campanha para que ela se tornasse conhecida, e para mostrar ao eleitor o grau de confiança que eu tinha nela. Obviamente que depois de quatro anos de governo a Dilma passou a ser muito conhecida e conseguiu construir a sua própria personalidade. Então já tem muita gente que vai votar na Dilma independentemente do Lula pedir. Naquilo que eu tiver influência, nas pessoas que eu tiver influência, eu vou pedir para votar na Dilma. O que eu vou fazer na campanha depende dela. Eu não quero estar na coordenação, eu quero ser a metamorfose ambulante da Dilma. Estou disposto. Se ela não puder ir para o comício num determinado dia, eu vou no lugar dela. Se ela for para o Sul, eu vou para o Norte. Se ela for para o Nordeste, eu vou para o Sudeste. Isso quem vai determinar é ela. Eu tenho vontade de falar, a garganta está boa. Eu estou com mais disposição, mais jovem. Apesar da idade, eu estou fisicamente mais preparado. Estou com muita saudade de falar. Faz tempo que eu não pego um microfone na rua para falar. Conversar um pouco com o povo brasileiro. Vou ajudar. Se for importante ficar quieto, eu vou ficar quieto. A única que coisa que eu não vou fazer é cantar, porque eu sou desafinado, mas no resto, ela pode contar comigo.
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Mulheres assumem posições de destaque

iG Paulista - 29/09/2013 - 21h17 |
Juliana Franco | juliana.franco@gazetadepiracicaba.com.br
Há 9 anos, Suely Agostinho é diretoria de Recursos Humanos da CAT
Foto: Divulgação
Há 9 anos, Suely Agostinho é diretoria de Recursos Humanos da CAT
Elas chamam a atenção, muitas vezes incomodam e desempenham funções importantes dentro das instituições onde trabalham. Não é novidade que, há algum tempo, além de serem destaque em um grande número de setores do mercado de trabalho, as mulheres ganharam espaço em funções que antes costumavam ser exercidas apenas pelo "Clube do Bolinha". Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, elas ocupavam 24% dos altos cargos no Brasil. Em 2013, a expectativa é que respondam por até 25% destes.

Há 36 anos na empresa, Suely Agostinho assumiu, há nove, a diretoria de Recursos Humanos e de Assuntos Corporativos da Caterpillar (CAT) Brasil. Função ocupada de forma diferente. Ela levou sensibilidade, naturalidade para lidar com a diversidade e facilidade em ser multifuncional. E apesar de ocupar um dos cargos mais importantes na empresa, afirma nunca ter sido vítima de preconceitos. "A Caterpillar estimula a diversidade, a inclusão e um dos nossos valores é o trabalho em equipe. Isto já é um estímulo a ter pessoas diferentes", revela.

"A vida é toda pontuada por questionamentos, interrogações e verdades. E as definições ocorrem na medida em que mostramos nosso trabalho e capacidade. Durante toda a minha trajetória, vi sim pessoas me olharem com incertezas, mas elas sumiram assim que me mostrei competente. Nunca fui vítima de preconceito", acrescenta.
Segundo o levantamento Internacional Business Report 2013, realizado pela consultoria Grant Thornton - o estudo entrevistou altos executivos de 12,5 mil empresas em 44 países - atualmente, as mulheres ocupam 23% de cargos de presidência, vice-presidência e diretorias no Brasil.

"As mulheres têm conquistado espaço importante nas empresas e isto ocorre por conta do talento natural que elas têm. São mais intuitivas, sensitivas, conectadas com o lado emocional das coisas e essas características são valorizadas pelo mercado", explica o professor do Centro de Economia e Administração da PUC Campinas, Valdenir da Silva Pontes. "Quando a mulher reúne estes aspectos, esta visão mais holística do mundo, com a ação, que é tida como algo do homem, ela é um sucesso. E o contrário também. Alcançar espaço na carreira, chegar a uma liderança, a gerência de uma empresa não passa tanto por sexo hoje, embora a quantidade de homens em cargos de chefia ainda seja maior", acrescenta.

O número de mulheres em cargos de CEOs (a sigla em inglês de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo em português) subiu de 3% para 14% no país, de 2012 a 2013. Destes índices, 27% estão nas diretorias financeiras e outras 27%, nas em vendas, e 21% estão à frente da diretoria de operações. Cerca de 32% delas estão nas diretorias de recursos humanos.

EMPRESAS MASCULINAS
Segundo o professor, geralmente as mulheres têm mais dificuldade em ingressar em funções de chefia devido à estrutura e à cultura masculina, que ainda permeiam nos empreendimento. "Há alguns anos as mulheres estão chegando forte no mercado de trabalho e ocupam cargos que foram moldados para o público masculino. Para mudar um paradigma é preciso tempo e ainda há dificuldade de aceitação da cultura machista instalada nas empresas".
TRAJETÓRIASuely Agostinho, diretoria de Recursos Humanos e de Assuntos Corporativos da Caterpillar Brasil, ingressou na fábrica como secretária bilíngue. Neste período, se graduou em tradução e intérprete e assumiu a vaga de tradutora. Por ser comunicativa, foi transferida para a área de comunicação. Foi então que voltou a faculdade para cursar comunicação social. Por muitos anos ficou no segmento, até ser transferida para a área de assuntos governamentais.

"Sempre gostei de interagir, me relacionar e foi então que nasceu a oportunidade na área de recursos humanos", afirma ela que trabalha de 12 a 14 horas por dia.

Hoje, a Caterpillar possui 7.500 funcionários no Brasil, mais de cinco mil em Piracicaba. Para Suely, existem diferenças entre a condução de mulheres e homens. "A mulher tem facilidade em fazer várias coisas ao mesmo tempo. Procura caminhos diferentes, analisa e procura dar curvas às decisões. Os homens são mais pragmáticos. Vejo com beleza o fato de atuar com diferentes pessoas, que possuem diferentes percepções", revela.

A diretora trabalha desde os 14 anos. Como o pai tinha problemas de saúde, ela foi arrimo de família. "Sempre contei com a ajuda das pessoas próximas, minha mãe, meu marido e meus filhos. Tenho uma estrutura familiar que compreende que eu tenho uma carreira, que gosto do que faço e que tenho uma vida com dinâmica diferente de quem nunca trabalhou".
Casada e mãe de dois filhos - com 23 e 30 anos - ela também divide o seu tempo com a família. Por meio da sua realização profissional conseguiu proporcionar a sua família melhores condições. "Eu pautei minha vida na ideia de que é necessário fazer o melhor. Se você fizer o que todos fazem, será igual a todo mundo. Quando você é profissional, mãe, mulher, você nunca será 100% em nada, mas é fundamental dar o seu melhor em tudo.

Apego-me a qualidade e este é o conselho que dou aos meus filhos e as pessoas que trabalham comigo", explica ela, que acrescenta: "o que diferencia o profissional é a paixão com que realiza o trabalho. Eu sempre olho o aqui e agora, não olho para cima nem para o lado. Olho o meu e faço o meu melhor. A partir do momento em que você começa a se preocupar com o vizinho, não faz bem o seu trabalho".

Ainda segundo Suely, estudar, se qualificar e muitas vezes mudar de emprego é uma forma de aceitar novos desafios que, muitas vezes vão te preparar para um movimento para cima. "Não olhe com maus olhos uma mudança lateral. O seu sucesso profissional pode estar lá".

Hoje, 10% dos operários da fábrica da Caterpillar são mulheres. Já área administrativa, a cada 10 pessoas, três são do sexo feminino. "O mundo metalúrgico não é muito feminino e eu fico orgulhosa de ver estas mães de família, arrimo de casa, trabalhando dentro deste ambiente e com muita competência", afirma.


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domingo, 29 de setembro de 2013

AMANDA GURGEL, ELEITA VEREADORA PELO PSTU EM NATAL COM 33 MIL VOTOS, FAZ DECLARAÇÃO MUITO FORTE MAS CORRETÍSSIMA. OS PROFESSORES GANHAM POUCO POR SUA ATIVIDADE EDUCATIVA E OS POLÍTICOS GANHAM EXAGERADAMENTE A NÍVEL NACIONAL, PRODUZINDO MEDIOCRIDADES. ESSA OBSERVAÇÃO DA JOVEM PRECISA CHEGAR AO CONHECIMENTO DE NOSSO PÚBLICO ELEEITOR, POIS EM 2014 HAVERÁ NOVA ELEIÇÃO. PRECISAMOS DE PRODUTIVIDADE COM QUALIDADE NA POLÍTICA. PELO FIM DA MEDIOCRIDADE NA POLÍTICA, PONTO PARA AMANDA !!!

Político deve ganhar igual a professor, diz vereadora eleita após vídeo na web

Amanda Gurgel, a professora que ficou famosa no YouTube, avalia como positivo o trabalho na Câmara de Natal, mas diz se sentir mais importante na sala de aula

 Por Renan Truffi- iG São Paulo |
 Depois de ficar conhecida nacionalmente por um vídeo no YouTube em que aparece constrangendo políticos, a professora Amanda Gurgel (PSTU-RN) foi eleita a vereadora mais bem votada da história de Natal, no Rio Grande Norte, com 33 mil votos. Seis meses depois de assumir o mandato, ela avalia como “positiva” a oportunidade de “estar vigilante para a população” na Câmara Municipal, mas não tem receio de dizer que se sentia mais importante para a sociedade como professora.

Professora que ficou famosa no YouTube se elege vereadora em Natal
'Não esperava tanto voto', diz professora famosa no YouTube que virou vereadora
 
Em entrevista ao iG, a agora vereadora conta sobre os dilemas de pertencer à classe política, sem poupar os colegas. “Toda tragédia na vida das pessoas é elaborada e produzida dentro do Parlamento”. Na opinião de Amanda, os vereadores deveriam receber o salário equivalente ao de um professor de ensino público. “Nossa defesa é que um vereador receba o mesmo salário de um professor. Assim, se o vereador quisesse ganhar um salário de R$ 15 mil (atual remuneração dos vereadores de Natal), também deveria aumentar o salário de professor de R$ 1.300 para R$15 mil. Aqui na nossa cidade nem sequer o piso é cumprido”, argumentou.
Divulgação
"Políticos estão preocupados em fazer projetos que vão beneficiar empresários", diz Amanda

A professora ainda compara as manifestações brasileiras de junho com o sucesso do vídeo, que a levou a se candidatar. “(Naquela época) já havia uma situação limite. A própria repercussão do meu vídeo já demonstrava isso. Ali houve enfrentamento de uma pessoa contra deputados. As pessoas acharam aquilo o máximo porque era uma pessoa comum colocando o dedo na cara de um político”, reflete.

Leia abaixo a entrevista na íntegra:

iG - Um ano após a eleição, como você avalia sua participação na política?
Amanda Gurgel- Na verdade, agora estou vendo a política de outro ângulo, desde antes eu participava de movimento estudantil, sempre fui ativista, estive antenada com a questão política na cidade Mas como vereadora consegui ver coisas por um ângulo diferente. Dentro da Câmara de Vereadores, os debates que são feitos quase nunca interessam para a população e, quando são, a posição majoritária na Câmara sempre é contrária aos interesses da população. Como hoje em que aprovamos um projeto de empréstimo para a Prefeitura de Natal para pagar parte das obras da Copa. Cerca de R$ 40 milhões dessa dívida poderia ser investido em educação, transporte, saúde.

iG - Há dois anos, quando seu vídeo teve milhões de acesso, você disse que os políticos estavam se lixando para a educação, que as impossibilidades e limitações são feitas por eles mesmos. Continua pensando assim ou sua visão mudou?
Amanda Gurgel -Continuo pensando assim. Na verdade é como esse mesmo exemplo que acabei de dar. Os políticos estão preocupados em fazer projetos que vão beneficiar empresários, beneficiar empreiteiras. Se for licitação para transporte público, é pra beneficiar essas empresas de transporte. E, diretamente, deixam de destinar recursos para educação. Aqui na cidade são 35 mil crianças fora da creche. Existe um projeto de execução de 21 creches. Ainda não foi construída nenhuma. Já vai fazer um ano deste novo governo. Mas, mesmo após esse descaso, conseguimos ampliar na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 25% para 30% o investimento em educação pública. Isso só foi possível no auge das manifestações que clamavam por melhorias na educação. Ai os vereadores aprovaram.

iG – Também na época em que ficou famosa, você recebeu convites para se candidatar, mas afirmava que não sabia se era isso o que queria para sua vida? O que você agora? Pretende seguir na política ou se arrepende?
Amanda Gurgel -Na verdade para minha vida, se for por uma questão pessoal, de interesse próprio, não tinha esse projeto de ser vereadora ou de ocupar de qualquer cargo público. O que aconteceu é que houve um convencimento público. A forma de fazer política nessas instituições, do parlamento, enquanto for desse jeito, a vida das pessoas pode melhorar pouco. A partir disso, nosso partido tem obrigação de participar. Por enquanto estou ainda disponibilizando meu nome. Não sei até quando. Do ponto de vista pessoal, acho que está sendo uma experiência muito importante. Do ponto de vista político, por enquanto, estou (vereadora).

iG – Você se sentia mais importante naquela época, como professora, ou agora, como política?
Amanda Gurgel -Eu me sinto mais importante como professora, mas a vantagem de ser vereadora é que consigo viabilizar muitos temas que vão além da educação, mas da cidade também, do transporte, não apenas dos professores e dos estudantes. Com essa atividade, tenho oportunidade de cobrar, fazer denúncias, estar vigilante para todos os problemas, questões de saúde, de transporte. Então, assim, desse ponto de vista é importante o mandato por isso. Mas do ponto de vista social, não tenho dúvida que era mais importante como professora.

iG – Você se constrange em ganhar agora um salário de R$ 15 mil por mês já que foi sua fala sobre os baixos salários do professor em Natal que também deram visibilidade ao vídeo na ocasião? É um incomodo para você?
Amanda Gurgel -Eu Já tinha falado sobre isso desde a época da campanha. Não utilizo (o salário) para minha própria vida. Continuo utilizando o equivalente ao salário de professor. O restante do salário é destinado ao partido, que destina isso para muitas necessidades, como para trabalhos dos movimentos sociais. E, na verdade, é uma questão de princípio do meu partido. Todas as pessoas, todos que são candidatos, tem essa mesma obrigação.
 
iG – Você acha que os outros vereadores deveriam receber salários menores?
Amanda Gurgel -Com certeza. Nossa defesa é que vereador receba o mesmo salário de um professor. Assim, se o vereador quisesse ganhar um salário de R$ 15 mil, também deveria aumentar o salário de professor de R$ 1.300 para R$15 mil. Aqui na nossa cidade nem sequer o piso é cumprido. Infelizmente não é possível (entrar com projeto para vincular salário dos vereadores ao dos professores) porque pelo registrado na Lei Orgânica, um vereador não pode legislar sobre o próprio salario, a menos que mudasse a Lei Orgânica, mas é um esforço em vão. Não vou conseguir coletar as assinaturas necessárias. Seria um tempo que deixaria de dedicar à educação, ao Passe Livre, à vida da população. E as pessoas não estão se mobilizando com isso,

iG – O que mudou na sua vida pessoal depois da eleição? Você ainda anda de ônibus por exemplo?
Amanda Gurgel -Era impossível conciliar a atividade parlamentar usando ônibus. É impossível ir em mais de duas ou três reuniões em um dia de ônibus. Então disponho de um carro por conta do mandato e me locomovo nesse carro.

iG – Que projetos você destaca dos quais propôs nesse início de mandato?
Amanda Gurgel -Além da aprovação dos 30% dos recursos para educação, a gente também elaborou o projeto do Passe Livre após as manifestações, que garante Passe Livre para estudantes aqui na cidade e vai à votação provavelmente na semana que vem. A juventude já está fazendo pressão nos vereadores, de gabinete em gabinete. Se esse projeto for aprovado, entrará para a história do município. É um marco importante.
Divulgação
"Do ponto de vista social, não tenho dúvida que eu era mais importante como professora"

iG – Aliás, sobre as manifestações, você participou em algumas delas e acabou vaiada por levar a bandeira do seu partido. Como você reagiu a isso?
Amanda Gurgel -Participei de todos os protestos e levei sempre a bandeira do meu partido. Teve um, é verdade, em que todas as bandeiras foram rechaçadas. Nós tivemos que dizer que nosso partido sempre esteve nas ruas, desde quando eram 100, 200 pessoas, até o de 10 mil pessoas. Mas entendemos essa rejeição. Concordamos com essa rejeição porque achamos que são contra os partidos políticos tradicionais, que são responsáveis pela tragédia na vida das pessoas. As pessoas perceberam a diferença entre o meu parido, revolucionário, socialista, dentro do próprio debate. Nas manifestações essas opiniões foram sendo revistas. Aqui na minha cidade, varias pessoas que estavam contra os partidos estão no PSTU. Estão vendo que o PSTU defende os trabalhadores e a juventude.

iG – Como avalia essa repulsa a partidos políticos?
Amanda Gurgel -A gente já vinha fazendo avaliação, já havia uma situação limite. A própria situação do meu vídeo já demonstrava isso. Ali ouve enfrentamento de uma pessoa contra deputados. As pessoas acharam aquilo o máximo porque era uma pessoa comum colocando o dedo na cara de um político. Achamos isso (manifestações) positivo. A nossa opinião é que toda tragédia na vida das pessoas é elaborada e produzida dentro do parlamento. Nós achamos que é positivo. Agora fazemos questão de participar das manifestações usando nossas bandeiras, nossos cartazes para que pessoas saibam e reconheçam nossa diferença.

iG – Sentiu algum preconceito imediato da população ao passar para o lado da política?
Amanda Gurgel -Não, até agora não percebi esse tipo de reação. A minha atuação é de denúncia dos problemas dentro da Câmara e isso reflete dentro da sociedade. As pessoas estão aceitando muito bem.

iG – O que vai fazer se não continuar na política? Vai voltar a ser professora?
Amanda Gurgel -Se eu entender que tenho que deixar de disputar espaço na política, pretendo, com certeza, voltar a dar aula .

UM PEQUENO ANIMAL REPRESENTA A SUPREMACIA POLÍTICA DO PMDB NO BRASIL: "O CAMALEÃO", QUE PODE MUDAR DE COR, PARA SUA CAMUFLAGEM E SEUS OLHOS PODEM OLHAR EM DIREÇÕES DIFERENTES. ASSIM, BEM PROTEGIDO, ELE AGE COM MUITA SEGURANÇA. O PMDB É GOVERNO, QUALQUER QUE SEJA O GOVERNO SAIDO DAS URNAS. LULA EXPERIMENTOU UMA ALIANÇA PARA OBTER A TAL "GOVERNABILIDADE" E CHEGOU A CONHECER AS ENTRANHAS DESSE ESTRANHO PARTIDO, QUE TEM MUITOS QUADROS A NÍVEL NACIONAL, MAS NÃO TEM LIDERANÇAS CARISMÁTICAS A PONTO DE ALMEJAR O PODER CENTRAL. COMO DIZIA O LEONEL BRIZOLA, ELE "COME O MINGAU PELAS BEIRADAS". NOSSO PT AJUDOU A ELEGER TANTO O NEFASTO RENAN CALHEIROS NO SENADO, COMO O HENRIQUE EDUARDO ALVES NA CÂMARA FEDERAL. ESSES POLÍTICOS MUDAM DE LADO A QUALQUER MOMENTO, DAÍ, A COMPARAÇÃO COM O CAMALEÃO !!!

Política

37º Encontro Nacional da Anpocs

Protestos foram uma resposta ao 'peemedebismo' da política

Para o filósofo Marcos Nobre, governantes privilegiaram a supermaioria parlamentar, ignoraram as reformas e criaram as condições para as revoltas

     
por Matheus Pichonellipublicado 27/09/2013 09:21, última modificação 27/09/2013 09:39

Agência Brasil
Renan Calheiros
Em vez de reformas, governo optou pelo 'peemedebismo', diz filósofo. Na foto acima, o presidente do Senado, Renan Calheiros, aliado dos governos Collor, FHC, Lula e Dilma e abaixo Henrique Eduardo Alves, ambos, raposas do congresso de "muitos carnavais"...........

COM PESSOAS COMO ESSAS, NÃO SE FAZEM REFORMAS SÉRIAS, EM NENHUM PAÍS DO MUNDO. SÃO OS CAMALEÕES DO PMDB NAS LIDERANÇAS POR REFORMAS QUE NUNCA OCORRERÃO........NOSSO ELEITORADO DEVERIA VARRÊ-LOS PARA O LIXO DA HISTÓRIA POLÍTICA BRASILEIRA, E JÁ NÃO É SEM TEMPO.

Durante a sua exposição no debate sobre os protestos de junho, no último dia do 37º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), em Águas de Lindoia (SP), o filósofo Marcos Nobre, pesquisador o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), traçou um panorama da história política recente do País para explicar a origem das mobilizações que tomaram as ruas do País. Segundo ele, a revolta de junho revelou um “descompasso flagrante” entre a cultura política do sistema de representação e a base da sociedade. “Esse descompasso significa que há uma democracia que não pode se reduzir ao sistema político, muito menos à eleição. A democracia é muito mais do que isso.”
Participaram do debate o cientista político Marco Aurélio Nogueira, professor de titular de teoria política da Unesp, o sociólogo Marcelo Ridenti, professor titular da Unicamp, e a militante do Movimento Passe Livre (MPL) Mariana Toledo.
Segundo Nobre, o descompasso é explicado pelo “mito da governabilidade”, criado a partir do impeachment de Fernando Collor de Mello, segundo o qual, para governar, é preciso abrir concessões por atacado para formar uma “supermaioria parlamentar”. Esse modo de operar, chamado por ele de “peemedebismo”, marcou os governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso e blindou o sistema político em relação à sociedade civil organizada. “A mensagem era: ‘se é impossível reformar o sistema político para fazer alguma coisa para a nação, é necessário ao menos dirigir esse sistema político’. O governo FHC foi uma combinação da necessidade de adaptar o país a uma nova situação do capitalismo internacional e manter o sistema político como foi herdado. Como? Fazendo um cordão sanitário no BNDES, no Ministério da Fazenda, da Educação, eventualmente da Saúde, na qual a cultura política do sistema político não pode entrar com tudo, e negociando por atacado (com outros partidos para ocupar os outros cargos).”
No inicio do governo Lula, o governo de minoria foi ameaçado de impeachment, em 2005, devido ao escândalo do “mensalão”. Isso, segundo Nobre, levou o PT a fazer um pacto com o sistema político tal como ele funcionava. “Lula tinha duas opções. Uma, a reforma do sistema. Outra, o combate à desigualdade. Em 2005, o que o governo Lula disse à sociedade política organizada foi: ‘não dá pra fazer as duas coisas’. Se quisesse combater as desigualdades, teria de fazer um pacto.”
Fora desse sistema, a sociedade organizada acompanhou a expansão da internet e detonou o monopólio de informação por parte da mídia tradicional. “Com isso, você tem a possibilidade de discutir. E isso vai direto para as ruas, onde os manifestantes vão dizer: ‘eu tenho emprego, mas ele é uma porcaria’.” Para Marcos Nobre, os protestos de junho são o final de um longo processo de transição democrática que tem como base o ‘peemedebismo’ e a blindagem ao sistema político a partir de 92.
“Os protestos de junho são uma resposta a essa blindagem. Deixou clara a exigência de uma mudança radical do sistema político e mostrou que há um descompasso entre a maneira como o sistema político funciona e a maneira como a sociedade está se autocompreendendo. Isso significa que o sistema político vai se reformar radicalmente? Espero que sim. Já? Não. Por isso é importante dizer o que aconteceu depois de junho.”
Em sua exposição, o sociólogo Marcelo Ridenti citou o acesso da juventude à universidade e aos meios digitais nos últimos anos para dizer que “está se gestando uma realidade nova no Brasil, com desejo forte de democratização”. Ao mesmo tempo, afirmou o professor, cresceu o descontentamento com a desumanização das cidades, com serviços de educação, transporte e moradia precários.
“Os protestos foram o movimento de uma juventude escolarizada que trabalha e têm dúvidas sobre as suas possibilidades de ascensão. Muitos trabalham o dia inteiro, estudam, e enfrentam uma condição terrível para se locomover nas cidades. Têm uma mistura de desejo de reconhecimento e realização para se colocar na sociedade brasileira pela integração com o consumo. E deixaram uma mensagem: ‘queremos uma melhor gestão para a aplicação do fundo público, não para financiar a Copa do Mundo, mas os interesses públicos’.”
Segundo o professor, as manifestações ganharam proporção cada vez maior a partir da revolta “contra a polícia e os mecanismos de repressão, incompatíveis com a democracia”.
Mariana Toledo, do MPL, se opôs à ideia de que o apoio popular ao movimento aconteceu em razão da truculência da polícia. Ela citou a violência cotidiana nas periferias e disse que a revolta antes estava apenas invisível. Toledo criticou o processo de heroicização do movimento por parte da mídia que antes os chamavam de “vândalos”, mas destacou: a agenda dos protestos é permanente, mas os movimentos sociais, mesmo após a visibilidade de junho, seguem criminalizados pelo Estado e por parte da mídia.

sábado, 28 de setembro de 2013

O QUE É BOM PARA CAMPINAS PODERÁ SER BOM PARA INDAIATUBA. O SIMPLES FATO DE ELIMINAR O "TROCO", JÁ É UMA EXCELENTE VANTAGEM. MAS É PRECISO QUE OS DIRIGENTES MUNICIPAIS QUEIRAM MODERNIZAR O TRANSPORTE PÚBLICO URBANO DA CIDADE.

Associação de ônibus quer intensificar uso de cartão

iG Paulista - 28/09/2013 - 05h00 |
Patrícia Azevedo | igpaulista@rac.com.br

NA FOTO UM ÔNIBUS DA VIAÇÃO INDAIATUBANA
A Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc) está fazendo uma campanha para aumentar o número de usuários do cartão do Bilhete Único. Inicialmente, a entidade pretende cadastrar 10 mil novos cartões e recuperar 18 mil usuários que perderam a primeira via do cartão e não solicitaram a segunda. Num primeiro momento, a meta é reunir mais 28 mil usuários. “O objetivo, a médio prazo, é passar de 70% para 80% o número de usuários do sistema que usam o cartão”, afirmou o diretor de comunicação da Transurc, Paulo Barddal.


Os benefícios para quem usar o Bilhete Único são a possibilidade de utilizar até três ônibus durante duas horas pagando apenas uma tarifa e o Passe Lazer um domingo por mês. Outra vantagem de trocar o dinheiro pelo cartão é a redução dos riscos de assaltos. “De 2004 a 2009 tivemos queda de 2,2 mil assaltos por ano para cerca de 400, por isso queremos continuar investindo no cartão”, disse o diretor. “Eu uso o cartão desde o começo porque facilita muito a vida e acaba com o problema de troco”, afirmou a doméstica Cristiane Silva.


Outra vantagem é que, em caso de perda do cartão, o saldo pode ser transferido automaticamente para a segunda via, sem prejuízos para o usuário. “Além disso, tem a economia, de pagar só uma passagem”, disse a doméstica.


Para atingir a meta, a Transurc está fazendo duas campanhas. A primeira se chama “Faça comigo seu Bilhete Único” e tem como objetivo popularizar ainda mais o cartão. Durante 90 dias, dez agentes de cadastramento, vestindo um colete com o logotipo da Transurc, abordarão os passageiros que estiverem nos pontos de ônibus mais movimentados da região central para oferecer o benefício.


A ideia é beneficiar as pessoas que não têm tempo de se dirigir até a sede da Transurc ou aos terminais para fazer o cartão. “Usando um palm top os agentes fazem o cadastro do usuário e entregam na hora o cartão com duas passagens. Depois é só carregar na Transurc, nos terminais ou em um dos 300 pontos de venda”, afirmou Barddal. A intenção é cadastrar 10 mil novos usuários. Para levar o sistema até as ruas, a Transurc desenvolveu um aplicativo que checa se a pessoa já é cadastrada e faz o trabalho por meio de um smartphone.


A segunda campanha concederá isenção à cobrança da taxa para emissão da segunda via do Bilhete Único Comum. A ação começa no dia 1° e segue até o dia 31 de outubro. O público-alvo são as 18.149 pessoas que perderam o cartão Bilhete Único Comum.


Os usuários que tiverem interesse em fazer a segunda via devem ir até o Terminal Central ou à sede da Transurc, que fica na Rua 11 de Agosto, 757, Centro. Nesse período da campanha, a Transurc fará um novo cartão por CPF daqueles usuários que já tem cadastro.

Recarga
O cartão pode ser recarregado em um dos pontos de vendas da Transurc localizados nos terminais de ônibus Central, Mercado, Barão Geraldo, Ouro Verde, Campo Grande e no Poupatempo Centro ou ainda em um dos 290 estabelecimentos que fazem parte da Rede Credenciada. A localização dos estabelecimentos pode ser obtida no site da Transurc ou nos guias de bolso que são distribuídos nos pontos de venda da associação.










3.4.16

É BOM QUE DILMA ESTABELEÇA CONTATOS PELAS REDES SOCIAS. ASSIM, OS APOSENTADOS DO INSS PODERÃO SE COMUNICAR COM ELA. NA CAMPANHA DE 2010, DILMA AFIRMOU CONHECER OS PROBLEMAS DOS APOSENTADOS DO INSS, MAS ATÉ AGORA NADA FEZ PARA CORRIGIR UMA INJUSTIÇA SOCIAL DE QUE ELES SOFREM JÁ HÁ MAIS DE 10 ANOS.

DILMA PRECISARÁ CORRIGIR UM ÊRRO COMETIDO POR LULA QUE, EM 2010 NA SUA VONTADE DE ELEGER DILMA, ELE CONCEDEU UM AUMENTO DE 80 % DO QUE DERA AO SALÁRIO MÍNIMO, MAS O FEZ POR MEDIDA PROVISÓRIA, QUANDO DEVERIA TÊ-LO FEITO POR UM PROJETO DE LEI. COMO LULA FEZ, ELE ENGANOU OS APOSENTADOS POIS O AUMENTO SÓ VALEU PARA O ANO DA ELEIÇÃO. CADA ANO QUE PASSA, UMA "PENCA" DESSES APOSENTADOS CAI PARA A FAIXA DO MÍNIMO. JÁ LÁ SE VÃO MAIS DE 10 ANOS EM QUE O SALÁRIO MÍNIMO SOBE BEM MAIS DO QUE AS APOSENTADORIAS, O QUE É BOM PARA O MÍNIMO, , MAS RUIM PARA OS NOSSOS APOSENTADOS. DILMA EM 2010 AFIRMOU CONHECER BEM A QUESTÃO DOS APOSENTADOS DO INSS, MAS ATÉ AGORA NADA FEZ PARA CORRIGIR ESSA FALHA.

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 Presidência da República terá página no Facebook

24 de setembro de 2013 | 21h 57

VERA ROSA - Agência Estado
A Presidência da República terá uma página no Facebook e relançará o Portal Brasil, na próxima sexta-feira, 27, com um guia de quase 600 serviços públicos. No rastro dos protestos de junho e a um ano da eleição, a presidente Dilma Rousseff decidiu se render às redes sociais, na tentativa de não ser surpreendida por ataques online que ganham corpo nas ruas.


O governo e a cúpula do PT admitem que há tempos vêm perdendo a batalha da comunicação na internet. Não conseguiram detectar a insatisfação que levou a manifestações no País inteiro e demoraram a perceber que a popularidade do governo começava a desmoronar. Na campanha eleitoral de 2010, os petistas também não viram a cruzada virtual que se formava contra a então candidata Dilma, que apareceu em redes sociais como defensora do aborto.

Agora, o Palácio do Planalto quer criar uma vacina para se proteger do bombardeio cibernético na campanha. Com fundo verde e letras amarelas, o Portal Brasil também abrigará uma sessão chamada "Fale com a Presidente". Uma equipe responderá, em nome de Dilma, às perguntas dos internautas. Até hoje ela não se animou a reativar sua conta pessoal no Twitter.

Coordenado pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, e por Valdir Simão, que foi secretário-executivo do Ministério do Turismo, o Gabinete Digital também deverá lançar no Facebook um mecanismo de consulta popular e organização de debates sobre temas específicos. A ideia é monitorar o humor dos internautas e criar uma estrutura mais ativa do governo nas redes sociais.

O Portal Brasil trará, agora, acesso para um Guia de Serviços Públicos, no qual os usuários poderão saber, por exemplo, informações para emissão de Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), de passaporte, além de locais do programa Aqui tem Farmácia Popular e a situação de voos. Haverá, ainda, notícias sobre vagas do Sistema Nacional de Empregos (Sine), do Portal Mais Emprego, e sobre a emissão de Guia da Previdência Social (GPS).

ROMÁRIO MARCA UM "GOL POLÍTICO". HAVIA SOLICITADO DESFILIAÇÃO DO PSB E RETORNA COMO PRESIDENTE, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. POR OUTRO LADO, ELE MOSTRA CLARAMENTE A FRAGILIDADE DOS PARTIDOS, QUE SÃO DIRIGIDOS POR PESSOAS QUE NÃO TEM AFINIDADE COM SUAS BASES. EM NOVEMBRO PRÓXIMO O PARTIDO DOS TRABALHADORES FARÁ REALIZAR ELEIÇÕES A NÍVEL NACIONAL PARA ELEGER SEUS NOVOS DIRIGENTES. ESPERAMOS QUE HAJA UM ENRIQUECIMENTO NA DEMOCRACIA INTERNA DO PT.

Romário retorna ao PSB na condição de presidente do partido no Rio

Deputado assume após destituição do prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso

26 de setembro de 2013 | 17h 52

Adriano Barcelos - Especial para O Estado de S. Paulo
O deputado federal Romário acertou na tarde desta quinta-feira, 26, seu retorno ao PSB, na condição de presidente do partido no Estado do Rio. O ex-jogador de futebol havia anunciado sua desfiliação do partido em 9 de agosto e estava sem partido desde então.
 
O deputado federal Romário acertou na tarde da quinta-feira, 26, seu retorno ao PSB - Márcio Fernandes/Estadão
Márcio Fernandes/Estadão
O deputado federal Romário acertou na tarde da quinta-feira, 26, seu retorno ao PSB

As condições para a volta de Romário foram construídas a partir da intervenção do PSB nacional no diretório do Rio de Janeiro, que estava sob o comando do prefeito de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), Alexandre Cardoso.
O agora ex-presidente do PSB-RJ foi afastado pela cúpula nacional por supostamente atuar dentro do partido contra os interesses da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República. Cardoso também é acusado de articular a saída de membros do PSB fluminense para siglas da base de apoio ao governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e induzir quadros interessados em ingressar no PSB a entrarem em outros partidos. O novo comando do PSB do Rio, com Romário no comando, deverá ser formalizado junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na manhã desta sexta-feira.
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EM INDAIATUBA CONCORRERÃO AO CARGO DE PRESIDENTE, DOIS COMPANHEIROS COM MUITA EXPERIÊNCIA NA MILITÂNCIA DE NOSSO PARTIDO. DANIELA CONCORRERÁ PARA MAIS UM MANDATO E LUIZ ANTONIO TENTARÁ SER ELEITO PRESIDENTE PELA PRIMEIRA VEZ. AMBOS TEM CREDIBILIDADE PARA EXERCER ESSE CARGO MUNICIPAL. MAS SERÁ PRECISO ACABAR COM O HIATO EXISTENTE ENTRE O PARTIDO E SEUS REPRESENTANTES NA CÂMARA MUNICIPAL. OS VEREADORES SÃO ELEITOS PELA FORÇA DO PARTIDO NA CIDADE. EM 2012, NOSSA LEGENDA OBTEVE UM NÚMERO DE VOTOS, SUFICIENTES PARA ELEGER DOIS VEREADORES E POR DUAS CENTENAS DE VOTOS , ALCANÇARÍAMOS O TERCEIRO VEREADOR !!! PRECISAMOS APRENDER E PRATICAR QUE, O MANDATO PERTENCE AO PARTIDO E SEUS ELEITOS DEVEM OBEDIÊNCIA À LINHA PARTIDÁRIA DA CIDADE. NÃO FAZ SENTIDO, UM CIDADÃO SER ELEITO E NÃO DAR NENHUMA SATISFAÇÃO AO PARTIDO QUE O ELEGEU. SERÁ UMA TAREFA ÁRDUA AOS NOVOS DIRIGENTES.






 

ESTÁ CLARO NO TEXTO. O MATERIAL QUE ELES COLETAM, DEVE SER "IMPORTANTE PARA OS ESTADOS UNIDOS". O TEXTO MOSTRA JÁ NO TÍTULO, UMA ENORME HIPOCRISIA; OS ESTADOS UNIDOS NÃO FAZEM ESPIONAGEM INDUSTRIAL !!!! DILMA AGIU DENTRO DE SUAS ATRIBUIÇÕES E EDWARD SNOWDEN PRESTOU ENORME SERVIÇO À HUMANIDADE. A HISTÓRIA LHE FARÁ JUSTIÇA.

EUA: ‘Não fazemos espionagem industrial’


Atualizado em 27 de setembro, 2013 - 19:44 (Brasília) 22:44 GMT
    Roberta Jacobson | Foto: APRoberta Jacobson disse que Obama lamenta dano causado à relação com Brasil
Uma importante porta-voz do governo americano para as Américas disse nesta sexta-feira que os EUA "não realizam espionagem industrial" e enfatizou que o presidente Barack Obama "lamenta" o dano causado pela espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) sobre o Brasil.
Em uma conversa com jornalistas, a secretária-assistente de Estado para a região, Roberta Jacobson, indicou que a NSA continuará coletando inteligência para garantir a segurança dos americanos "da mesma forma que muitos governos em todo o mundo", mas frisou que esta coleta terá de obedecer ao "princípio claro" de servir à segurança nacional.
"O presidente foi muito claro em determinar que olhemos para o tipo de inteligência que coletamos e nos asseguremos de que ela realmente siga as orientações de ser importante para os EUA", afirmou Jacobson, que está em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.
"Ele também deixou claro que está preocupado com a transparência, e que queremos trabalhar com nossos aliados para garantir que esse tema não atrapalhe outras áreas em que queremos avançar – e precisamos avançar – também pela nossa segurança e nossa segurança econômica."
A representante respondia a perguntas específicas de jornalistas sobre duas pré-condições colocadas pela presidente Dilma Rousseff para retomar o processo de elevar a relação bilteral a um novo patamar de importância: um pedido de desculpas e a garantia de que a espionagem não volte a ocorrer.
Sobre o primeiro tema, Jacobson frisou que o presidente Obama "lamenta" as consequências das revelações feitas pelo ex-empregado da NSA Edward Snowden.
Ela também garantiu que as preocupações manifestadas por governos estrangeiros – inclusive pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso na ONU na terça-feira – foram ouvidas "alto e claro".

Mudanças na NSA

Dilma Rousseff disse em termos fortes que a espionagem americana constitui "um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis", de "invasão e captura de informações sigilosas relativas a atividades empresariais" e "sobretudo, de desrespeito à soberania nacional".
Em sua intervenção logo após Dilma, o presidente Obama fez apenas uma rápida menção ao processo de revisão das "capacidades" militares e de inteligência dos EUA, ressaltando logo depois que, por causa delas, "o mundo está mais seguro hoje que cinco anos atrás".
"O presidente foi muito claro em determinar que olhemos para o tipo de inteligência que coletamos e nos asseguremos de que ela realmente siga as orientações de ser importante para os EUA."
Roberta Jacobson, secretária-assistente de Estado para as Américas
"Nós não fazemos espionagem industrial. Não coletamos inteligência para empresas privadas nos EUA", disse nesta sexta-feira a secretária-assistente Roberta Jacobson.
Segundo ela, as denúncias levaram o governo americano a adotar um processo de revisão que é tanto interno, de revisão dos procedimentos de coleta de inteligência, quanto externo, de diálogo com os países afetados.
Como parte dessa revisão, ela disse, os EUA vão estabelecer "uma série de princípos" para equilibrar as preocupações americanas de segurança com as questões de privacidade colocadas pelos países aliados.
Mas até agora não há detalhes sobre em que consistiria a revisão prometida por Obama. Como o americano havia, porém, prevenido Dilma que se trata de um processo que durará meses, a presidente brasileira resolveu adiar – sem nova data – a visita de Estado que faria a Washington em outubro.
Uma nova legislação para aumentar a transparência e limitar o alcance da espionagem da NSA começou a ser debatida pela Comissão de Inteligência do Senado americano na quinta-feira, mas o projeto diz respeito apenas à privacidade de americanos.
A legislação requereria, por exemplo, que a NSA a tornasse públicas as vezes em que tenha acessado a base de dados telefônicos de cidadãos, reduziria o tempo – atualmente cinco anos – que a agência pode manter esses dados e forçaria o órgão a submeter a uma corte secreta a lista de telefones espionados, com os devidos motivos explicados de forma substancial.
A lei também estabeleceria um advogado constitucional para argumentar contra a posição do governo junto à corte secreta nos casos em que existem liberdades constitucionais envolvidas.
Obama | Foto: Reuters"Quando governos amigos começam a questionar a sua relação com a comunidade de inteligência americana, há implicações sérias para a segurança nacional", disse o senador democrata Ron Wyden.
Na ONU, Obama disse que mundo 'é mais seguro' por causa de atuação dos EUA
Mas ele endossou a posição dominante entre os senadores de manter o programa de coleta de dados, fazendo modificações para equilibrar os interesses de segurança nacional dos EUA com as preocupações com privacidade levantadas por cidadãos e países estrangeiros.
"Nossa legislação quer emendar os principais causadores de dano e provar que nossas liberdades e nossa segurança não são mutuamente exclusivas."

Desconfiança

No caso da relação Brasil-EUA, as denúncias de espionagem tiveram o efeito imediato de inviabilizar a visita de Estado de Dilma a Washington.

No longo prazo, pode-se instalar na relação uma desconfiança que inviabilize também iniciativas que impliquem em compartilhamento de informações – essenciais para a cooperação em áreas sensíveis, como defesa e segurança.
A secretária-assistente de Estado disse que, concomitantemente à revisão de procedimentos da NSA, os EUA têm interesse em continuar trabalhando com o Brasil em uma agenda que ela qualificou de "substancial" e "multifacetada".
Nesta sexta-feira, o secretário de Estado, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, tiveram sua primeira reunião desde que Figueiredo assumiu a pasta.
Segundo Jacobson, eles discutiram a crise na Síria e a reunião da Comissão para Proibição de Armas Químicas que vai detalhar os planos para a eliminação do arsenal químico sírio.
No plano bilateral, os representantes trataram de "diálogos que já temos e que consideramos importantes", de acordo com Jacobson. Ela citou como exemplo o Fórum de CEOs, liderado pelo setor privado mas facilitado pelo governo, o diálogo energético e um plano de ação para eliminar a discriminação racial em ambas sociedades.
"Foi uma conversa ampla. Um encontro excelente em um relação na qual você nunca pode tratar de todos os temas em uma única reunião, porque ela é tão multifacetada", afirmou.

O CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU PERDEU EXCELENTE OPORTUNIDADE PARA BANIR O PLANETA DESSE MALEFÍCIO. NA QUESTÃO DA SÍRIA, ESTÁ CORRETO. E OS DEMAIS BELICISTAS, PODERÃO CONTINUAR COM SEUS ARSENAIS BEM ARMAZENADOS, SEM QUE NADA LHES ACONTEÇA. DEVEMOS NOS LEMBRAR QUE O VIETNÃ FOI VIOLENTAMENTE ATACADO COM OS "AGENTES LARANJAS". AS GRANDES POTÊNCIAS FAZEM PESQUISAS, PRODUZEM ARMAS DE PODER ARRAZADOR, E QUEM OS FISCALIZA? AFINAL, PARA QUE SERVE A ONU? PARA QUE SERVE O TAL CONSELHO DE SEGURANÇA? É FÁCIL SER VALENTE COM OS MAIS FRACOS !!!

O MUNDO HOJE, TEM UNS 200 PAISES. A CADA UM QUE RESOLVER, PRODUZIR AS ARMAS QUÍMICAS, SURGIRÁ UMA CRISE

Conselho de Segurança aprova pacto para eliminar armas químicas na Síria

Texto não prevê o uso imediato de força caso Assad se recuse a colaborar com inspetores

27 de setembro de 2013 | 22h 12

O Estado de S. Paulo
NOVA YORK - O plenário do Conselho de Segurança das Nações Unidas - com cinco membros permanentes e dez rotativos - aprovou nesta sexta-feira, 27, por unanimidade a resolução que obrigará a Síria de Bashar Assad a desfazer-se, sob supervisão internacional, de seu arsenal químico. Como queriam os russos, o texto acertado não prevê o recurso imediato à força caso Damasco se recuse a colaborar com os inspetores.
 
Antes da votação em Nova York, o presidente Barack Obama afirmara na Casa Branca a jornalistas que o acordo sobre as armas químicas "tem o potencial de ser uma imensa vitória da comunidade internacional". Em seguida, ponderou: "Obviamente, há ainda muito trabalho a ser feito".
Falando ao lado do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, Obama defendeu que a resolução da ONU pode deter o uso de armas químicas na Síria no futuro e levará a resultados mais satisfatórios do que uma eventual ação militar contra Damasco.

O presidente americano reconheceu que "há preocupações legítimas" sobre se a Síria cumprirá sua palavra e sobre detalhes técnicos do trabalho da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) para retirar e eliminar os produtos. "No entanto, (a resolução) representa um potencial passo adiante", afirmou Obama.
A base da resolução é o pacto articulado no início do mês de setembro por americanos e russos em Genebra, o qual suspendeu, no último momento, uma ofensiva militar dos EUA contra alvos do regime Assad. O governo de Barack Obama queria "punir" a Síria pelo ataque químico ocorrido em 21 de agosto na periferia de Damasco.

Americanos, europeus, países árabes e ONGs afirmam que tropas de Assad foram as responsáveis pelo uso do arsenal proibido. O regime sírio e a Rússia culpam os rebeldes, que supostamente usaram armas químicas para incriminar as forças do governo.
O acordo desta sexta-feira, 27, representa um inédito avanço: em mais de dois anos e meio de guerra civil na Síria, com 120 mil mortos e milhões de refugiados e deslocados, o Conselho de Segurança foi incapaz de chegar a um consenso sobre uma resolução. Por três vezes a diplomacia russa chegou a usar seu poder de veto para frear textos que condenavam abertamente violações cometidas pelo regime de Assad.

Na sexta-feira, o governo da França defendeu que o entendimento sobre as armas químicas síria deve abrir caminho para debates que levem a uma solução política.
"Espero que sejamos capazes de marcar uma data para que finalmente a conferência de 'Genebra 2' (reunindo as principais facções sírias, potências e países da região) ocorra. A única solução é política. Avançamos na questão das armas químicas, mas pessoas continuam a se matar no terreno", afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
A Rússia também exortou a comunidade internacional a trabalhar "energicamente" por uma conferência de paz sobre a crise na Síria. "Pessoas continuam a morrer e civis sírios sofrem a cada dia", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Kremlin, Sergei Lavrov, discursando na Assembleia-Geral das Nações Unidas. "A única possibilidade hoje para colocar um fim a essa instabilidade é trocar o atual impasse por um acerto político na crise síria."
Os russos conseguiram uma importante vitória ao retirar do texto uma autorização "automática" para o uso da força caso Assad não coopere, como queriam americanos e europeus. "Nenhuma concessão foi feita", disse o vice-chanceler Sergei Ryabkov. / REUTERS e APP
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ABAIXO, AS CONSEQUÊNCIAS DO "AGENTE LARANJA" NOS VIETNAMITAS.


10/09/2013 09h10- Atualizado em 10/09/2013 12h14

Vietnã ainda sofre com químico jogado pelos EUA há 40 anos

Médicos britânicos voluntários viajam de Londres para realizar cirurgias plásticas em crianças deformadas por agente laranja.

Da BBC

Médicos britânicos voluntários viajam de Londres para realizar cirurgias plásticas em crianças deformadas por agente laranja. (Foto: BBC)
Médicos britânicos voluntários viajam de Londres para realizar cirurgias plásticas em crianças deformadas por agente laranja. (Foto: BBC)

Quase 40 anos depois de seu fim, a Guerra do Vietnã continua fazendo vítimas.
Muitas crianças nascem no país com malformação congênita, resultado da contaminação que o país sofreu por agente laranja.
A substância química foi jogada por Forças Americanas no solo para destruir plantações agrícolas e desfolhar florestas usadas como esconderijo pelos inimigos, mas acabou causando danos e contaminação que duram até hoje. Assista ao vídeo.
A Cruz Vermelha diz que 150 mil casos de malformação congênita estão ligados à substância.
Os Estados Unidos contestam esses números.
O programa Inside Out, da BBC, acompanhou o trabalho de uma equipe de cirurgiões de Londres que foram para a região de Da Nang realizar plásticas em crianças que ainda hoje nascem com defeitos decorrentes dos produtos químicos