20 AGRÍCOLA E O G-20 FINANCEIRO
O Brasil, ao lado de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, foi capaz de resistir ao domínio da agenda que exerciam Europa e EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) - em um raro momento da história dessa entidade.
A Rodada Doha de negociações da OMC encontrou a firmeza de propósitos do G-20: um grupo que transformou a própria lógica dos arranjos políticos daquela organização e que teve o Brasil como um dos seus protagonistas. Unidos, os países do G-20 foram capazes de fazer frente aos interesses dos países desenvolvidos, que buscavam uma maior desregulamentação dos setores industriais, sem colocar em debate as iniquidades do comércio agrícola.
Cordial, mas contestadora, a diplomacia brasileira agiu no sentido de unir os países em desenvolvimento afetados pelo protecionismo e pelos subsídios agrícolas do Primeiro Mundo.
O processo de substituição do G-8 pelo G-20 financeiro, instância política agora responsável pela definição do quadro normativo mais geral do sistema financeiro internacional, contou com a participação ativa do Governo brasileiro. Por definição mais inclusivo, o G-20 é resultado da convicção do Brasil e de outros países em desenvolvimento sobre a necessidade de um novo espaço internacional de deliberação – agora não exclusivo de alguns poucos países poderosos.
Nas reuniões do G-20, o Brasil ocupa hoje uma posição protagonista, enquanto antes éramos convidados a discutir apenas quando os debates fundamentais já haviam sido travados. Foi na reunião do G-20 de Londres, no dia 02/04/09, que Obama reconheceu a importância do Brasil, dizendo que o Presidente Lula “é o cara”.
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