É hora de encarar os fatos: há uma conspiração em
marcha para desestabilizar o governo, ainda que à custa da desorganização
da economia. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. É uma conjunção muito
grande de fatores:
1.
A cobertura enviesada da mídia em cima de vazamentos seletivos da Operação Lava
Jato. Conseguiram transformar até a Swissleaks em operação Lava Jato.
2.
O comportamento do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, tratando o
crime de vazamento de informações como se fosse uma ocorrência normal.
3.
As declarações sincronizadas da mídia, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro,
procurando manietar o já inerte Ministro da Justiça.
4.
A visita de procuradores ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a
pretexto de colaborar com as investigações contra a Petrobras.
5.
Finalmente, a decisão do Ministério Público Federal, de agora há pouco, de dar
o golpe final contra as empreiteiras da Lava Jato, inviabilizando-as
definitivamente.
Não tem lógica alegar estrito cumprimento da lei
para liquidar com as empresas. Nem o mais empedernido burocrata ficaria
insensível aos efeitos dessa quebra sobre a economia brasileira, sobre empregos
e sobre o crescimento.
Qualquer agente público minimamente responsável
trataria de apurar responsabilidades e punir duramente as pessoas físicas
responsáveis, evitando afetar as empresas, ainda mais sabendo dos
desdobramentos sobre a economia como um todo.
Só intenções políticas obscuras para justificar
essa marcha da insensatez.
PS - Alo, presidente Dilma Rousseff. Esqueça essa
preocupação sobre se as pessoas vão ou não duvidar da sua honestidade. Ninguém
duvida dela. Eles não estão atrás da sua reputação: estão atrás do seu cargo.
Acorde!
Texto: Luís Nassif
Abaixo, manifesto de personalidades
contra o jogo político em andamento.
Manifesto: O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA
A chamada
Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou
um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a
própria democracia.
Com efeito,
há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de
petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a
proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o
regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras
o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas
ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios
em congressos internacionais.
Está à vista
de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o
controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares.
Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles
subserviente e em parlamentares com eles alinhados.
Debilitada a
Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e
industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de
500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição
subalterna e colonial.
Por outro
lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente
eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em
atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço,
informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do
Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que
lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.
O Brasil
viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período
de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as
forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima
de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da
Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.
20 de fevereiro de 2015.
Alberto
Passos Guimarães Filho
Aldo Arantes
Ana Maria
Costa
Ana Tereza
Pereira
Cândido
Mendes
Carlos
Medeiros
Carlos Moura
Claudius
Ceccon
Celso Amorim
Celso Pinto
de Melo
D. Demetrio
Valentini
Emir Sader
Ennio
Candotti
Fabio Konder
Comparato
Franklin
Martins
Jether
Ramalho
José Noronha
Ivone Gebara
João Pedro
Stédile
José Jofilly
José Luiz
Fiori
José Paulo
Sepúlveda Pertence
Ladislau
Dowbor
Leonardo
Boff
Ligia Bahia
Lucia
Ribeiro
Luiz Alberto
Gomez de Souza
Luiz
Pinguelli Rosa
Magali do
Nascimento Cunha
Marcelo
Timotheo da Costa
Marco
Antonio Raupp
Maria Clara
Bingemer
Maria da
Conceição Tavares
Maria Helena
Arrochelas
Maria José
Sousa dos Santos
Marilena
Chauí
Marilene
Correa
Otavio Alves
Velho
Paulo José
Reinaldo
Guimarães
Ricardo
Bielschowsky
Roberto
Amaral
Samuel
Pinheiro Guimarães
Sergio
Mascarenhas
Sergio
Rezende
Silvio
Tendler
Sonia Fleury
Waldir Pire
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