quinta-feira, 7 de outubro de 2010

REVISTA INGLESA ANALISA ELEIÇÃO BRASILEIRA

‘Lula prevalecerá’ em 2011, diz revista ‘The Economist’
7 de outubro de 2010

Sílvio Guedes Crespo

A revista britânica “The Economist” reafirma na edição desta semana que a candidata Dilma Rousseff (PT) será provavelmente a próxima presidente do Brasil e diz que o atual, Luiz Inácio Lula da Silva, deve continuar influente em 2011. O fato de a eleição ter ido para o segundo turno, avalia a revista, serviu para Lula perceber que seu poder tem limite.
“Lula, que transformou a senhora Rousseff de uma tecnocrata de bastidores em uma vitoriosa eleitoral ao fazer campanha ao lado dela, percebeu que o seu poder de fazer uma rainha tem limite. Mas no final ele provavelmente prevalecerá”, diz a “Economist”.
Para a revista, Dilma terá um Congresso “mais amigável” do que o atual governo tem, mas ela pode ter dificuldade para manter os petistas mais esquerdistas em linha com o seu programa de governo, e aí entraria o papel de Lula.
As afirmações estão em uma das duas reportagens que a revista traz sobre o Brasil nesta semana. O hebdomadário repete uma análise que tem sido feita no Brasil, a de que foi Marina Silva (PV), e não José Serra (PSDB), a responsável pela queda de Dilma nas eleições, e avalia que essa é uma “má notícia” para o tucano.
“Ele [Serra] não conseguiu atrair jovens que não se lembram da hiperinflação que o seu partido resolveu nos anos 1990, nem os pobres do Nordeste em cujos corações Lula reina”, diz a reportagem.
O outro texto da revista sobre o Brasil critica a Justiça devido à demora no julgamento sobre a Lei Ficha Limpa, além de outros recursos de parlamentares, o que faz com que as eleições permaneçam incertas até agora. No total, 11 milhões de votos foram para postulantes cuja candidatura estava indeferida. Se a Justiça as deferir, pessoas que já comemoraram a vitória acabarão ficando de fora do Legislativo.

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