Família de Toninho vai denunciar omissão do Estado a órgão internacional.
Político foi assassinado em 2001 e inquérito não avançou desde então.
Lana Torres
Do G1 Campinas e Região
Sem conseguir nenhum avanço no inquérito sobre o assassinato do prefeito de Campinas (SP) Antônio da Costa Santos, o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Rui Pegolo, informou que pedirá à delegacia seccional, no prazo de até 15 dias, uma força-tarefa para concluir as investigações.
O crime completa 11 anos nesta segunda-feira (10) e o advogado da família trabalha na elaboração de uma denúncia formal de omissão contra os governos federal e estadual, que deve ser apresentada até o fim do ano à Organização dos Estados Americanos (OEA), órgão internacional de defesa aos direitos humanos. A organização é a mesma à qual recorreu a família do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura.
Toninho foi assassinado a tiros na noite de 10 de setembro de 2001 na Avenida Mackenzie, em Campinas, quando seguia de carro para a casa onde vivia. A família acredita tratar-se de um crime político, a mando do crime organizado, mas o titular da DIG diz que essa tese não apareceu até agora no inquérito e, portanto, a polícia trata o caso como um “crime comum”.
O inquérito chegou a ser concluído e o Ministério Público apresentou denúncia contra o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, e alegou que Toninho foi morto porque seu carro atrapalhou a passagem de criminosos do grupo de Lima. Os juízes e o desembargador do caso não se convenceram da acusação, entretanto, e a Justiça ordenou que o inquérito fosse reaberto em 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário