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Essa frase título é não minha. Foi cunhada por uma das figuras mais interessantes da
história recente do Brasil. Quem não conhece, ou ouviu falar de um cidadão que
resolveu em determinado momento de sua vida, ainda jovem atravessar o Oceano
Atlântico num barco a remo? E estava sozinho na travessia! Obteve um pequeno
patrocínio, preparou-se para que essa “aventura” tivesse êxito. Quando iniciou
sua viagem histórica, a Imprensa divulgou, os pesquisadores ficaram preocupados
e atentos aos movimentos daquele que hoje é um dos maiores velejadores
brasileiros conhecidos no mundo. Seu nome hoje é lenda no País. Chama-se Amyr
Klink. Nasceu em 1955. Filho de Pai libanês e Mãe sueca, natural de São Paulo,
desde cedo teve muito contacto com o mar. Casado com Marina Bandeira Klink, pai
de treis filhas, frequentando Parati, cidade histórica no litoral do Rio de
Janeiro desde os 2 anos de idade. Foi esse lugar que o inspirou a viajar pelo
mundo. No terreno dos esportes foi remador do Clube Espéria de São Paulo de 1974 a 1980. Desenvolveu
suas aptidões para as actividades náuticas lendo em profundidade a Literatura
Francesa. Em 1978 fez uma travessia de Santos a Parati sozinho. Distância de
mais ou menos 500 km
em uma canoa (pequeno barco cavado num tronco de madeira). Em 1980 realizou uma
travessia de Parati a Santos e Salvador na Bahia a Santos em catamarã com vela,
(barco com dois cascos). Na segunda viagem demorou 22 dias. Em 1982 viajou em
barco a vela de Salvador a Fernando de Noronha e Guiana Francesa, já então a
pesquisar formas de vencer ou aproveitar as correntes marítimas pois sua
intenção era fazer uma grande travessia a seguir, atravessando o Oceano
Atlântico no Sul, a remo, fato que ninguém fizera até então e iria sozinho.
Andara de moto até a Patagónia na Argentina e já havia percorrido todo o
território do Chile aos 19 anos, onde escalara montanhas. Já fizera incursões
em barco a motor, ao rio Amazonas e seus grandes afluentes Rios Negro e
Madeira. Adquiria assim conhecimentos para seu grande projecto. Em 1984 obteve
um patrocínio e se fez ao mar na Namíbia, África para o Brasil. Tornou-se
famoso a partir de então. Essa viagem foi transformada em livro “ Cem Dias
Entre o Céu e o Mar”, obtendo sucesso literário. Em 1986 fez viagem à Antártica
e Cabo Horn na África do Sul. Seu novo objectivo era fazer uma viagem à
Antártica (Pólo Sul) e de lá ir ao Árctico (Pólo Norte). O Projeto chamava-se
Invernagem Antárctica. Numa viagem que fez no Barco Polar Paratii 2, barco esse
construído com a tecnologia moderna, todo em alumínio aeronáutico na parte
interna e alumínio naval na parte externa com soldas e nas soldas leva magnésio na composição, para
evitar corrosão e assim dispensa pintura. Os mastros foram fabricados em fibra
de carbono, na Espanha e pesam 4 toneladas cada um. Esse barco tem 30 metros de comprimento
e 8.50 m
de largura (boca). Seu peso varia de 75 toneladas a 110 toneladas quando cheio.
Essa fantástica viagem demorou 642 dias, percorreu 27 mil milhas e também
foi transformada em 2 livros: “Paratii 2 entre dois Pólos” e “ As janelas do
Paratii”. Em 1998 iniciou o Projecto “ Antártica 360” , uma volta ao mundo pelo
trajecto mais difícil de ser realizado: a circunnavegação do Continente gelado
e durante 79 dias navegou, sozinho os mares mais perigosos, entre icebergs. O relato
dessa vagem está no livro “Mar Sem fim”.
Todas essas viagens despertaram o interesse dos Dirigentes Empresárias do
Brasil e suas Federações que o convidam para fazer palestras muito concorridas,
aos seus executivos.
Sua agenda está organizada de forma a que ele faça 80 palestras por ano e
essas palestras são muito bem remuneradas, pois são riquíssimas em conteúdo.
Perigos constantes mas administrados tecnicamente. O que os Empresários procuram
saber é como reage um ser humano quando está em situações limite. Segundo Amyr,
quando se está numa situação difícil, é arregaçar as mangas, dar mais do que
receber e sair dali, do “local problemático”. Nesse campo Amyr é Doutor. No
campo académico ele é formado em Economia pela Universidade de São Paulo e Pós Graduação
em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie. O título desse artigo
reproduz a máxima do planeamento: disciplina pessoal, perseverança, tenacidade.
Tendo um Projeto elaborado para o longo prazo, Amyr se fez Navegador, Escritor,
Empresário, Palestrante e ainda se põe a serviço dos pesquisadores brasileiros
e dá a eles sua munição em alto saber e dessa forma está auxiliando no
crescimento de seu País. Numa de suas viagens ao Pólo Sul, levou uma equipa
completa de pesquisadores para que vivenciassem as suas peripécias, pois quando
viajou sozinho, não pode registar os factos com filmes e fotografias e em
equipe, esse ponto ficou muito mais fácil. Pode-se conhecer mais desse
navegador, consultando o seu site que é: www.amyrklink.com.br
Em suas viagens procura obter informações para dar munição aos empresários
e mesmo ao Governo Brasileiro. Por exemplo: a cidade de Palma de Maiorca na
Espanha, fatura uns 4 bilhões de dólares por ano na guarda de embarcações, com
marinas e tem excelentes atracadouros. O litoral brasileiro tem óptimos locais
onde se poderão desenvolver grandes projetos. A atividade náutica é hoje uma
das maiores multiplicadoras do negócio de turismo no mundo e o Brasil não
poderia perder essas oportunidades. São números muito altos para o País
desperdiçar.
Na foto abaixo, o lendário navegador brasileiro Amyr Klink em sua primeira
viagem transoceânica da Namíbia ao Brasil em 1984. Tinha na altura 29 anos de
idade.