Com 4 prisões, especialista critica fiscalização da Lei Seca
Balanço da PM diz que 2 mil foram abordados nos 15 primeiros dias do ano
“Sabemos que o número de pessoas que toma bebida alcoólica e dirige é muito maior que isso. A falta de fiscalização faz com que a lei não pegue de verdade”, disse Alves. O major da PM, Marci Elber discorda da visão e afirma que o número foi alto se comparado com o de dezembro, quando não houve nenhuma prisão pela Lei Seca.
“Parece pouco num primeiro momento. Mas quatro já é um número significativo. Nós podemos entender que as abordagens aumentaram, porém as pessoas estão mais cautelosas”, afirma. Elber diz que em comparação com o último mês de 2012, a Polícia já realizou o dobro de abordagens em Campinas.
Segundo o oficial, entretanto, caiu a frequência da utilização do bafômetro porque a população está mais cuidadosa desde que houve um endurecimento da Legislação, em dezembro. Nas duas primeiras semanas de janeiro, dos 2.089 motoristas abordados, a 55 dees foi solicitado o exame do bafômetro. Destes, 28 pessoas aceitaram fazer a averiguação e 27 se recusaram.
Nesta quinta-feira (24), o vigilante José Carlos Dias morreu após ter sido atropelado por um economista aparentemente embriagado. A morte reacendeu a discussão sobre a eficácia da Lei Seca, já que, embora tenha havido relatos de testemunhas afirmando que o economista estava embriagado, o autor do crime foi solto após pagar R$ 8 mil de fiança.
“Você acha que R$ 8 mil paga uma vida? Não paga. Pra família só sobra a dor e a tristeza de mais um que se vai.”, disse Ismael Nascimento primo da vítima. A família, de acordo com o advogado Paulo Cicconi vai acionar a Justiça por danos morais e materiais.
“A ideia é que a família seja indenizada pelo sofrimento que está vivendo agora e pelos danos materiais que decorrem da interrupção da vida dele, da diminuição da renda da família”, explica o defensor.
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