Após Câmara, Senado aprova MP do setor elétrico; texto segue para sanção
Com a decisão do Congresso, o governo tem caminho livre para aplicar as reduções nas contas de luz de consumidores residenciais e indústrias.
A velocidade de apreciação do texto irritou a oposição, que queria um prazo de ao menos 24 horas para analisar o texto aprovado na Câmara. Um destaque apresentado por senadores do PSDB e do DEM durante a sessão tentava aumentar a redução nas contas para 25% --contra os cerca de 20% garantidos pelo governo. A emenda foi rejeitada pela maioria.
A pressa para apreciar a MP na Câmara e no Senado se deveu ao recesso parlamentar, que se inicia na próxima semana e vai jogar para o próximo ano todas as questões que ficarem pendentes.
A MP foi aprovada no Senado sem nenhuma modificação em relação ao texto aprovado na Câmara. Caso tivesse sido alterado, teria de ser novamente votado pelos deputados.
Trata-se do texto de autoria do PDT, que dispõe sobre direitos e garantias dos consumidores e da submissão das empresas do setor aos padrões de segurança no trabalho. Os pontos ainda dependem de regulamentação posterior da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Foi derrubada pelos deputados a proposta do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) que previa o fim da cobrança de PIS e Cofins sobre a conta de luz. A medida poderia ajudar a reduzir as tarifas de energia para o consumidor em 3,75%, mas traria impacto de R$ 3 bilhões por ano aos cofres públicos.
Essa emenda foi a responsável por travar a votação da MP no Congresso última semana. Hoje, no entanto, o corte dos tributos foi rejeitado por maioria.
O governo garante, no entanto, que o desconto a partir do próximo ano será de 20,2%, conforme anunciado pela presidente Dilma Rousseff em setembro deste ano.
(BRENO COSTA e JULIA BORBA)
PONTO PARA DILMA.
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