Se for para acreditar nas
pesquisas, a diferença de Aécio para Dilma caiu 8 pontos em um dia, se
comparado ao Instituto Veritá (de Minas) ou 6 pontos se comparado ao Instituto
Paraná, que tem ligações com o tucano Beto Richa.
No dia 09/10, tanto o
Datafolha como o Ibope, dão empate técnico, com o tucano 2 pontos na frente. Aécio tem 46% e Dilma tem 44%, segundo estes
institutos, e a gente sabe que não andaram muito confiáveis. Em votos válidos, dá 51% a 49%.
O resultado foi uma ducha de
água fria nos aecistas que estavam esperando diferença maior, e estão prevendo
que Aécio não consegue sustentar este índice até as eleições.
E o pior é que o perfil do
voto em Dilma está bem melhor do que o de Aécio.
Por outro lado a pesquisa
animou a militância Dilmista, que estava preocupada com o resultado do
Instituto Paraná. Agora todo mundo está convencido que Dilma vai ganhar. É só
lembrar que há poucas semanas as pesquisas colocaram Marina com 10% na frente
de Dilma no segundo turno, e quando o eleitor conheceu melhor as propostas, ela
caiu nas pesquisas. O mesmo vai acontecer com Aécio, que tem uma imagem bem
pior do que Marina.
Vejamos a análise do jornalista
José Roberto Toledo, estudioso de pesquisas no Estadão:
Empate técnico quebra expectativas exageradas do mercado sobre
Aécio
A expectativa dos tucanos e do mercado financeiro de que
Aécio Neves (PSDB) assumiria liderança folgada nas pesquisas, transformou seu
empate técnico com Dilma Rousseff (PT) no Ibope em uma decepção para seus
eleitores e investidores. Na segunda (dia 06/10), a Bovespa subiu 5 mil pontos,
apostando no tucano.
Os boatos sobre outras pesquisas, divulgadas ou não, dando ampla
vantagem a Aécio ajudaram a criar a expectativa exagerada. Era um exagero não
compartilhado pela maioria dos eleitores. A maior parte aposta mais na
reeleição de Dilma (49%) do que na vitória do tucano (40%). Ele só é favorito
aos olhos do eleitorado mais rico, com nível superior e entre quem mora na
região Sul.
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