21/11/2012 19h35 - Atualizado em 21/11/2012 22h54
Empresas de Campinas e Ribeirão Preto constam em depósitos da Delta
Informações estão em relatório paralelo da CPI do Cachoeira.
Construtora é apontada como o braço financeiro do contraventor.
Segundo o relatório paralelo da CPI do Cachoeira, a Robert Bosch, de Campinas, recebeu um cheque de cerca de R$ 152 mil da Terra Pneus e Lubrificantes, e a Elevis, de Ribeirão Preto, foi beneficiada com uma transferência bancária no valor de R$ 200 mil, feita pela empresa Alberto & Pantoja Construções e Transportes.
De acordo com o texto feito principalmente por parlamentares da bancada do PSDB, as empresas fantasmas foram criadas pela Delta com o objetivo de "ora fomentar as atividades criminosas do grupo comandado Carlinhos Cachoeira, oras de pagar propinas, ora de financias campanhas políticas".
O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), um dos autores do relatório paralelo, disse que não necessariamente as empresas de Campinas e Ribeirão Preto sabiam das irregularidades. "Se ela prestou o serviço e efetivamente não tinha ciência de que a outra era uma empresa fantasma, não há o que se falar de uma responsabilidade a priori dela. Tem que se investigar", falou.
O relatório indica ainda que pelo menos R$ 43,2 milhões de obras públicas realizadas em Campinas e Piracicaba foram pagos para as quatro contas usadas no suposto esquema de desvio de verba da Delta e de Cachoeira. A cifra representa 10% do total de R$ 421,6 milhões apontado pelo documento.
Empresas
Em nota, a Robert Bosch informou que desconhece o fato e que está verificando se houve alguma relação de ordem comercial com a empresa Terra Pneus e Lubrificantes Ltda. O gerente da Elevis disse que desconhece pagamentos feitos por empresas fantasmas.
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