Nilton Santos revolucionou o futebol ao mostrar que um lateral não precisava apenas marcar. E foi justamente na estreia contra a Áustria, na Copa de 1958, que o jogador conduziu a bola da defesa ao ataque, driblando adversários, marcando o gol e abrindo o caminho para o primeiro título da Seleção Brasileira. Ignorou os pedidos do técnico Vicente Feola e se tornou uma lenda.
Para muitos botafoguenses, apenas Nilton Santos é capaz de dividir a idolatria em relação a Garrincha. E isso nos faz lembrar de um ato extremamente humilde de Nilton, quando Garrincha participou de um teste e deu um baile em toda a defesa titular. “Pedi que o contratassem. Não queria enfrentá-lo de novo”, sentenciou.
O Maracanã, que recebe hoje à noite a final da Copa do Brasil, deveria ser o palco da primeira homenagem. Um luto ensurdecedor em reverência a um gênio. Lá estarão torcedores que não viram Nilton Santos jogar. E isso não importa. Porque estarão lá justamente porque jogadores como Nilton Santos transformaram o futebol em algo tão importante para os brasileiros.
De General Severiano para o mundo, Nilton Santos foi e sempre será um retrato do que praticamente não existe mais. Um ídolo que resolve vestir apenas a camisa do clube que passou a amar. Sem contratos paralelos, especulações e aventuras pelo exterior. Nilton Santos decidiu que sua história e a do Botafogo deveriam ser contadas nas mesmas páginas. Páginas da maior Enciclopédia que o futebol brasileiro foi testemunha.
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