Em discurso a comandantes07/02/2013
Líder supremo do Irã rejeita negociação sobre programa nuclear
Aiatolá Khamenei é considerado assistido pelo Imã Oculto, alta entidade espiritual incorpórea do ramo xiita do Islã Foto: HO / IRANIAN SUPREME LEADER'S WEBSITE / AFP PHOTO
O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, rejeitou nesta quinta-feira a oferta dos Estados Unidos de iniciar negociações bilaterais sobre o polêmico programa nuclear do Irã, enquanto Washington continuar a impor sanções econômicas ao país.
Esta declaração do número 1 iraniano ocorre no dia seguinte à confirmação dos Estados Unidos de novas sanções contra o Irã, poucos dias após uma "oferta séria" do vice-presidente americano Joe Biden em Teerã sobre negociações diretas no âmbito do Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha).
– Vocês (americanos) querem negociar enquanto apontam a arma para o Irã. A nação iraniana não será intimidada por ações deste tipo – disse durante um discurso para comandantes da Força Aérea que foi publicado em seu site na internet (www.leader.ir).
– O Irã não aceitará negociar com aquele que nos ameaça com pressões – afirmou, considerando que uma "oferta de diálogo faz sentido apenas quando a outra parte demonstra boa vontade".
– Eu não sou um diplomata, eu sou um revolucionário. Expresso minhas opiniões de maneira franca – explicou.
Segunda-feira, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, havia assegurado que o Irã examinaria "positivamente" a proposta de Biden, ressaltando que seu país desconfiaria dos "sinais contraditórios" de Washington.
Mas o todo-poderoso Khamenei, que tem a palavra final em todos os temas importantes na república islâmica, incluindo as atividades nucleares sensíveis e a política externa, se mostrou inflexível.
– Alguns se alegram com a oferta de negociações ... (mas) negociações não vão resolver nada – ressaltou, ameaçando aqueles que no Irã querem voltar "a uma dominação americana".
Após vários meses de interrupção, o Grupo 5+1 e o Irã entraram em um acordo na terça-feira para retomar as negociações em 26 de fevereiro no Cazaquistão. Londres assegurou que os ocidentais apresentarão em Almaty "uma nova oferta credível" a Teerã.
Diversos países ocidentais suspeitam que o Irã tenta fabricar uma arma atômica sob a fachada de um programa nuclear civil, uma possibilidade que o governo de Teerã nega.
O Irã exige que os ocidentais reconheçam seu direito de enriquecer urânio, já que é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), e que retire as sanções políticas e econômicas impostas pela ONU, Washington e União Europeia.
As sanções, que mergulharam o país em uma grave crise econômica, afetam principalmente as exportações de petróleo, vital para economia iraniana, e o repatriamento dos petrodólares.
O último ciclo de negociações aconteceu em Moscou em junho de 2012 e, assim como os anteriores, não registrou progressos sobre o tema do polêmico programa iraniano de enriquecimento de urânio. O Irã, em todas as ocasiões, se recusou a suspender o enriquecimento de urânio a 20% e exportar seus estoques de urânico já enriquecido, afirmando que esses estoques e a tecnologia acumulada por Teerã não lhe permite produzir urânio enriquecido a mais de 90%, o necessário para a fabricação de armas atômicas.
Paralelamente, o Irã negocia com a Agência Internacional para a Energia Atômica (Aiea). Os especialistas da agência da ONU devem retornar a Teerã no dia 13 de fevereiro para tentar chegar a um acordo, para que consiga investigar livremente a finalidade do programa nuclear iraniano.
Esta declaração do número 1 iraniano ocorre no dia seguinte à confirmação dos Estados Unidos de novas sanções contra o Irã, poucos dias após uma "oferta séria" do vice-presidente americano Joe Biden em Teerã sobre negociações diretas no âmbito do Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha).
– Vocês (americanos) querem negociar enquanto apontam a arma para o Irã. A nação iraniana não será intimidada por ações deste tipo – disse durante um discurso para comandantes da Força Aérea que foi publicado em seu site na internet (www.leader.ir).
– O Irã não aceitará negociar com aquele que nos ameaça com pressões – afirmou, considerando que uma "oferta de diálogo faz sentido apenas quando a outra parte demonstra boa vontade".
– Eu não sou um diplomata, eu sou um revolucionário. Expresso minhas opiniões de maneira franca – explicou.
Segunda-feira, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, havia assegurado que o Irã examinaria "positivamente" a proposta de Biden, ressaltando que seu país desconfiaria dos "sinais contraditórios" de Washington.
Mas o todo-poderoso Khamenei, que tem a palavra final em todos os temas importantes na república islâmica, incluindo as atividades nucleares sensíveis e a política externa, se mostrou inflexível.
– Alguns se alegram com a oferta de negociações ... (mas) negociações não vão resolver nada – ressaltou, ameaçando aqueles que no Irã querem voltar "a uma dominação americana".
Após vários meses de interrupção, o Grupo 5+1 e o Irã entraram em um acordo na terça-feira para retomar as negociações em 26 de fevereiro no Cazaquistão. Londres assegurou que os ocidentais apresentarão em Almaty "uma nova oferta credível" a Teerã.
Diversos países ocidentais suspeitam que o Irã tenta fabricar uma arma atômica sob a fachada de um programa nuclear civil, uma possibilidade que o governo de Teerã nega.
O Irã exige que os ocidentais reconheçam seu direito de enriquecer urânio, já que é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), e que retire as sanções políticas e econômicas impostas pela ONU, Washington e União Europeia.
As sanções, que mergulharam o país em uma grave crise econômica, afetam principalmente as exportações de petróleo, vital para economia iraniana, e o repatriamento dos petrodólares.
O último ciclo de negociações aconteceu em Moscou em junho de 2012 e, assim como os anteriores, não registrou progressos sobre o tema do polêmico programa iraniano de enriquecimento de urânio. O Irã, em todas as ocasiões, se recusou a suspender o enriquecimento de urânio a 20% e exportar seus estoques de urânico já enriquecido, afirmando que esses estoques e a tecnologia acumulada por Teerã não lhe permite produzir urânio enriquecido a mais de 90%, o necessário para a fabricação de armas atômicas.
Paralelamente, o Irã negocia com a Agência Internacional para a Energia Atômica (Aiea). Os especialistas da agência da ONU devem retornar a Teerã no dia 13 de fevereiro para tentar chegar a um acordo, para que consiga investigar livremente a finalidade do programa nuclear iraniano.
AFP
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