O governo do PSDB não promove ação coordenada, não ouve e não
dialoga com os municípios, não confere às regiões
metropolitanas, administrativas e de governo papel relevante na definição
das políticas públicas.
O Governo do PSDB não tem uma política de desenvolvimento
regional.
Governar a partir das regiões será nosso compromisso e método de
governo, reconhecendo a importância do
território na formação da agenda pública.
Para o governo Padilha a diversidade do estado de São Paulo será o
principal ativo para um processo de desenvolvimento sustentável e inclusivo, valorizando as características e ampliando as potencialidades de
cada região.
Quando Ministro das Relações Institucionais do presidente Lula,
Padilha foi responsável pela articulação do governo federal com estados e
municípios; com o poder legislativo e com a sociedade civil, por meio do
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Sua gestão foi marcada
pela relação federativa republicana, que nunca considerou vínculos partidários;
o relacionamento respeitoso e propositivo com o Congresso Nacional e o conjunto
de partidos políticos; e o diálogo plural com lideranças sociais representadas
no CDES.
Desde 2003, o Presidente Lula buscou o fortalecimento da Federação
brasileira, inaugurando uma nova relação com estados e municípios. Padilha contribuiu
para a criação de instrumentos e práticas de governo que consolidaram este
modelo, considerando cada ente da federação como um parceiro estratégico do
desenvolvimento de um Brasil mais justo e solidário e com menores desigualdades
sociais e regionais.
O Estado de São Paulo é, isoladamente, responsável por 33,8% do
PIB brasileiro. No entanto, apesar de se caracterizar como o estado mais rico
da federação, são enormes as desigualdades inter-regionais e intrarregionais.
Apenas 7 municípios (que representam aproximadamente uma população
de 15 milhões de habitantes) concentram metade do PIB paulista, enquanto 432
dos 645 municípios dividem 5% de tudo que aqui é produzido. Essa desigualdade
se repete em diversas escalas, a mais significativa e contraditória é a
macrometrópole que concentra a maior porção das atividades econômicas do
Estado. Ainda assim, os municípios que nela se encontram apresentam graus
diversos de desenvolvimento econômico e social.
Como é possível que a região metropolitana de São Paulo, que
possui PIB equivalente ao da Argentina, tenha vários municípios com indicadores
sociais frágeis? Como admitir um estado, com o potencial econômico de São Paulo,
ver aumentar expressivamente a concentração de renda, entre 1991 e 2000, e não
conseguir diminui-la, em 2010, ao nível ou até abaixo daquele de 1991, conforme
foi observado no Brasil?
MAIS DIÁLOGO E MAIS COOPERAÇÃO
Os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma colocaram as relações
federativas em novo patamar, com o avanço na partilha do Fundo de Participação
dos Municípios, novos marcos regulatórios para gestão compartilhada e
instrumentos de cooperação.
Padilha esteve ligado diretamente à criação do Comitê de
Articulação Federativa (CAF), uma instância permanente de diálogo e pactuação
entre o Governo Federal e os municípios, vinculada a Presidência da República.
No seu período de atuação nas Relações Institucionais do governo
federal, foram fortalecidos e ampliados os sistemas federativos que adotam
modelo de gestão compartilhada, como o SUS - Sistema Único de Saúde; SUAS - Sistema
Único de Assistência Social; SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente; SNHIS
- Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social; SUSP - Sistema Único de
Segurança Pública; SNC - Sistema Nacional de Cultural.
Foram aprovadas leis que favoreceram os investimentos públicos e
privados nos territórios, como a Lei dos Consórcios Públicos, das Parcerias
Públicas Privadas (PPP), o Marco Regulatório do Saneamento, o Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social e a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Estados e municípios ganharam destaque no processo de
monitoramento dos principais programas federais como o PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento); PDE (Programa de Desenvolvimento da Educação);
PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e Programa Territórios
da Cidadania.
Com Padilha essas inovações vão marcar também as relações
institucionais do governo do estado de São Paulo. Será implantado um novo
padrão de governança, respeitando os interesses dos municípios, regiões metropolitanas,
de governo e administrativas; fortalecendo o diálogo com o legislativo e
envolvendo a sociedade civil. Por meio de um planejamento regionalizado, não
formulado somente na capital, serão priorizadas ações e metas que contemplem e
representem todo o Estado. Entre as ações neste sentido:
• Criar
instâncias e fóruns para debater e gerar acordos sobre as políticas de
desenvolvimento regional, assegurando a participação dos municípios e da
sociedade civil.
• Criar o
Comitê de Articulação Federativa do Estado, como uma instancia de diálogo entre
o Governo do Estado e os Municípios.
•
Fortalecer os consórcios públicos, agências e outros e outros instrumentos de
cooperação e pactuação federativa para a resolução de problemas de natureza
intermunicipal.
• Fomentar
a Agenda de Desenvolvimento Territorial (ADT), articulada com os PPAs Federal,
Estadual e municipais, com foco nos desafios, diversidades, potencialidades do
território específico.
•
Instituir o PPA e o orçamento territorializado, de modo que as leis orçamentárias
sejam elaboradas com a participação de todo o Estado e a aplicação dos recursos
possa ser identificada não apenas do ponto de vista setorial (saúde, educação,
segurança etc.), mas também regional, melhorando a qualidade dos gastos
público, tornando-os mais eficientes e promovendo a co-gestão das políticas públicas
do governo do Estado.
MAIS DESENVOLVIMENTO
EM TODAS AS REGIÕES
Promover o desenvolvimento de todas as regiões do Estado de São Paulo,
de maneira articulada, planejada e cooperativa significa garantir infraestruturas
(comunicação, transporte, energia, mobilidade); serviços públicos de qualidade
para todos (educação, saúde, segurança, habitação); e levar a marca da inovação
para potencializar as vocações das diferentes localidades do Estado.
De maneira especial o governo Padilha vai reorganizar a
administração sob a ótica dos territórios e focando os desafios locais, tendo o
diálogo e a cooperação como métodos para desenvolvimento de todo o estado, com diminuição
das desigualdades regionais.
Quando Ministro de Relações Institucionais Padilha coordenou o
debate e pactuação federativa, parlamentar, partidária e junto à sociedade civil,
por meio do CDES, de elementos fundamentais para a agenda de desenvolvimento
nacional, refletindo a complexidade e diversidade da realidade brasileira nos
estados e municípios.
Para mudar de verdade, viabilizando o desenvolvimento de todas as
regiões do estado de São Paulo, especialmente os pequenos municípios e as
regiões menos dinâmicas, vamos:
•
Requalificar os institutos, órgãos e aparatos governamentais do desenvolvimento
regional (Sistema Estadual de Desenvolvimento Metropolitano, a Empresa Paulista
de Planejamento Metropolitano (Emplasa), CEPAM, Agem, AgemCamp, Escritórios
Regionais da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional, entre
outros).
• Efetivar
o Fundo de Desenvolvimento Regional previsto
na Constituição estadual, com o objetivo de incentivar a descentralização
econômica e combater as desigualdades regionais, tendo um Conselho, como instância
superior de monitoramento e controle social. O Fundo foi criado em 1978 e
recebeu nos últimos anos 14 anos apenas R$27,9 milhões, mas não executou nenhum
centavo neste período.
• Entender
os desafios dos pequenos municípios e
implantar ações específicas para garantir capacidade de elaborar e executar
projetos e de acessar as políticas públicas.
•
Articular políticas e priorizar ações, como programas educacionais, nos municípios com baixo IDH, buscando equidade e qualidade de
vida para todos.
• Utilizar
o sistema de compras
governamentais, com simplificação e transparência, para induzir o
desenvolvimento regional, a partir de margens de preferência para produtos
locais, sempre que possível.
• Garantir
para os municípios que abrigam presídios, política de compensação pelo aumento da demanda a
serviços específicos e acesso prioritário a programas voltados para educação,
saúde, desenvolvimento social.
• Promover, em diálogo com os municípios, estratégia de desenvolvimento para
os municípios detentores de mananciais e grandes áreas de preservação. É preciso
que o serviço ambiental que prestam, para todo o Estado e o País, e que dificultam alternativas
econômicas, seja compensado com garantia de oportunidades e renda e qualidade
de vida para os que neles habitam.
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