terça-feira, 12 de novembro de 2013

PARTE DA HISTÓRIA DE SUMATRA, TAMBÉM FORTEMENTE INFLUENCIADA PELA CULTURA EUROPÉIA.

Os primeiros austronésios chegaram a Sumatra em cerca de 500 a.C., parte da expansão austronésia de Formosa para o sudeste da Ásia. Sua localização na rota comercial marítima entre China e Índia permitiu o desenvolvimento de diversas cidades mercantis, particularmente na costa oriental, que sofreram a influência das religiões indianas. Kantoli, um dos primeiros reinos na ilha, floresceu no século V na porção meridional de Sumatra e veio a ser substituído pelo império de Srivijaya e, depois, ipelo reino de Samudra. Srivijaya foi uma monarquia budista cuja capital se situava no que é hoje Palimbão. Ao dominar a região por meio do comércio e das armas entre os séculos VII e IX, o império disseminou a cultura malaia na ilha, na península Malaia e na porção ocidental de Bornéu. Srivijaya era uma talassocracia, uma potência marítima que estendia sua influência de ilha em ilha. Palimbão tornou-se um centro acadêmico, onde o peregrino budista chinês I Ching estudou sânscrito em 671, antes de partir para a Índia. Em sua viagem para a China, passou quatro anos em Palimbão, traduzindo textos budistas e escrevendo dois manuscritos.
A influência de Srivijaya reduziu-se no século XI, após sua derrota pelo império de Chola, da Índia meridional. Sumatra foi então conquistada por reinos javaneses, primeiramente Singhasari e depois Majapahit. É desta época a introdução do Islã na ilha, devido a contatos com mercadores árabes e indianos.
Na altura do final do século XIII, o governante do reino de Samudra se havia convertido ao Islã. Marco Polo visitou a ilha em 1292; Ibn Battuta ali esteve em duas ocasiões, entre 1345 e 1346. Sucedeu a Samudra o poderoso Sultanato de Achém, que sobreviveu até o século XX. Com a chegada dos neerlandeses, muitos Estados principescos de Sumatra gradualmente passaram ao controle dos Países Baixos. Achém, ao norte, tornou-se o maior obstáculo ao avanço neerlandês, o que levou à longa e custosa Guerra de Achém (1870-1905).
A ilha foi ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Após o conflito, Sumatra passou a integrar o Estado independente da Indonésia.
Em 26 de dezembro de 2004, um tsunami de quase 15 m de altura devastou a costa ocidental de Sumatra, em especial a província de Achém, causado por um terremoto de 9,2 pontos no oceano Índico. Mais de 170 000 mortes foram registradas na Indonésia. Em 2005, verificou-se um sismo secundário ao grande terremoto de 2004, desta vez de 8,7 pontos.

Geografia[editar]

Mapa de Sumatra.
Formações geológicas da ilha de Sumatra.
De formato oblongo, a ilha corre na direção noroeste-sudeste por cerca de 1 790 km, cruzando o equador próximo ao centro. No seu ponto mais largo, Sumatra possui 435 km de largura. No interior da ilha, sobressaem duas regiões geográficas, os Barisan, a oeste, e planícies pantanosas, a leste.
Sumatra é vizinha da ilha de Java, a sudeste, separadas pelo estreito da Sonda; da ilha de Bornéu, a leste, separadas pelo estreito de Karimata; e da península Malaia, ao norte, separadas pelo estreito de Malaca. Sumatra é banhada pelo oceano Índico, a oeste.
A cordilheira dos Barisan forma a espinha dorsal da ilha, cujo ponto culminante é o monte Kerinci, com 3 805 m: um vulcão ativo, localizado na porção central da cordilheira. O vulcanismo na região dotou-a de terras férteis e de um belo panorama, como o lago Toba. A área também possui depósitos de carvão e ouro.
A leste, grandes rios carregam sedimento das montanhas, de modo a formar uma vasta área de terras baixas entremeadas com pântanos. Embora em geral não seja adequada para a agricultura, a região é de grande importância econômica para a Indonésia, pois produz petróleo e óleo de palma.
Sumatra já foi em sua maior parte coberta por selva tropical, habitat para espécies como o orangotango, o tapir e o tigre-de-sumatra, além de algumas plantas singulares, como a Rafflesia. O desenvolvimento econômico, juntamente com a corrupção e a caça ilegal, constituem uma séria ameaça à sua existência, mesmo em áreas de conservação.

Demografia[editar]

Com 96 hab./km², a densidade populacional de Sumatra é baixa. Mesmo assim, seus 45 milhões de habitantes tornam-na a quarta ilha mais populosa do planeta. As regiões mais densamente habitadas são Sumatra do Norte e as regiões montanhosas centrais de Sumatra Ocidental. Os principais centros urbanos são Medan e Palimbão.
A população compõe-se de diversos grupos étnicos, que falam 52 línguas diferentes. A maior parte daqueles grupos, porém, compartilha tradições semelhantes, e os diversos idiomas são na verdade muito próximos. A costa oriental é habitada principalmente por pessoas de língua malaia, enquanto que no interior ao sul e ao centro da ilha vivem grupos com línguas próximas ao malaio, como os lampung e os minangkabau. As áreas montanhosas do norte de Sumatra abrigam o grupo dos bataks. Já a costa setentrional é habitada pelos achéns. Nos centros urbanos, há minorias de chineses étnicos.
A maioria da população de Sumatra é de muçulmanos (87%), seguida de cristãos (10%), budistas (2%) e hindus (1%). O grupo étnico dos bataks constitui-se principalmente de cristãos protestantes, um legado da presença neerlandesa na história da Indonésia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário