domingo, 10 de abril de 2011

ATUAÇÃO DISCRETA E CIRÚRGICA CORRIGE LINHA DE ATUAÇÃO DA "VALE", MAIOR EMPRESA DO MUNDO EM EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO. GOVERNO DILMA ATUA SEM HOLOFÓTES

Troca de Agnelli marca autoridade com discrição

RIO - Por quatro anos Luiz Inácio Lula da Silva levou entre afagos e repreensões sua convivência com Roger Agnelli, que comandava a Vale do Rio Doce, empresa com maior a participação líquida na pauta de exportações brasileira. Em certas ocasiões, Lula parecia estar 'demitindo' o empresário, tal a veemência das críticas que fazia, algumas em público.

O empresário cedia a uma ou outra pressão, anunciava alguns investimentos da Vale que iam de encontro ao interesse do governo e se mantinha no cargo, apesar das desavenças. Dilma Rousseff sucedeu Lula na Presidência e, três meses e três dias depois, a destituição de Agnelli foi formalizada. Em nenhum momento Dilma fez referência em público à atuação da Vale.

Procurou manter-se aparentemente afastada do debate. Mas nas mudanças em curso na mineradora duas deixam incontestável a sua marca: a indicação de Nelson Barbosa, secretário executivo da Fazenda, para o conselho de administração, e a substituição de Agnelli por Murilo Ferreira, com quem ela teve contato direto quando ocupou a pasta de Minas e Energia.

Diferente do estilo transigente e falastrão de Lula, a marca que Dilma impõe em relação à Vale, já no início de sua gestão, é de implacável autoridade e discrição. A interferência governamental da mineradora é explicada pela participação - direta e indireta - da União na empresa. Por meio de participações do BNDES, do fundo de pensão Previ e do Tesouro, a União é a maior acionista da empresa.

Segundo fontes, Dilma já assumiu a presidência certa da necessidade de trocar Agnelli. A gota d`água teria sido uma declaração dada por Agnelli durante uma viagem à África, quando alfinetou o PT ao afirmar que tinha muita gente no partido 'procurando cadeiras'.

Além de um executivo mais alinhado ao governo, a entrada de Barbosa no conselho deve aumentar a pressão por mais investimentos no país.

OBS: GOVERNO DILMA ATUA DE FORMA MENOS IMPULSIVA DO QUE GOVERNO LULA. COMO SE FÔSSEMOS UM IMENSO TABULEIRO DE XADRÊS, DILMA TROCA UMA PEÇA MUITO IMPORTANTE PARA SUA ADMINISTRAÇÃO NO CAMPO DAS FINANÇAS DO PAÍS. NA NOVA ESTRATÉGIA, COMO LULA TAMBÉM QUERIA, A "VALE" CAMINHARÁ PARA INSERIR MAIOR VALOR AGREGADO Á EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO. UM EXEMPLO SERÁ A PELOTIZAÇÃO DE BOA PARTE DE NOSSO MINÉRIO, GERANDO MAIS EMPREGOS NO PAÍS E VALORIZANDO NOSSO PRINCIPAL PRODUTO DE EXPORTAÇÃO.

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