O depoimento do ex-secretário de Finanças do PT, João
Vaccari Neto, à CPI da Petrobrás, no último dia 09/04, serviu para desmontar de
uma vez por todas a tese criada para tentar criminalizar as doações legais
recebidas pelo partido.
Apesar do espetáculo montado pela oposição com apoio da
mídia tradicional, que incluiu ataques pessoais ao petista e outros
malabarismos feitos por deputados oportunistas tucanos e democratas, o
secretário apresentou dados que comprovam a legalidade das doações que o PT e e outros partidos, como PMDB,
PSDB e PSB, só para citar alguns, receberam de empresas que estão sob
investigação na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
“Como já reiteramos em diversas oportunidades, todas
as doações feitas ao PT estão estritamente dentro da lei e são contabilizadas e
declaradas à Justiça Eleitoral e receberam a aprovação do TSE”, afirmou o
secretário de Finanças aos parlamentares.
De acordo com os dados levados por Vaccari à CPI, o
dinheiro doado de forma legal e contabilizada pelas empresas investigadas na
operação bancaram 40% das doações do PT, PSDB e PMDB, por exemplo.
O dinheiro investido pelas empreiteiras durante os
anos de 2007 e 2013 equivale a R$ 557 milhões. Entre 2010 e 2013, o PSDB
recebeu 36% do dinheiro doado; e o PT 35%. Ou seja, o PSDB recebeu mais
recursos do que os destinados ao PT. Só em 2010, ano de eleição, o PMDB recebeu
24% das doações, o PT, 23%, e o PSDB, 20%.
Vaccari explicou, ainda, como são feitas as doações ao
partido, quem pode doar e mostrou que essas transações ocorrem via
transação bancária. Nelas, são emitidos recibos ao doador e cópias desses
documentos são registradas na contabilidade do PT para prestação de contas ao
TSE.
“Todas as nossas contas foram aprovadas pelo Tribunal.
Todas as doações são feitas via transação bancária, são emitidos recibos ao
doador com cópia para a contabilidade do PT, para comprovarmos o lançamento de
receita, e prestamos contas”, ressaltou.
Argumentos - Os dados levados por Vaccari à comissão desmontaram as
delações premiadas feitas com o objetivo de confundir as investigações sobre
irregularidades na Petrobras e deixou sem argumentos membros da oposição, que
optaram por ataques pessoais ao petista, como fizeram os deputados Carlos
Sampaio (PSDB-SP) e Ônix Lorenzoni (DEM-RS), ao constatar que não tinham
argumentos para rebater os números apresentados pelo petista.
No mesmo dia, advogados do ex-diretor da estatal Paulo
Roberto Costa, enviaram à Justiça petição na qual apresentaram nova versão em
relação às denúncias apresentadas inicialmente pelo investigado. Desta vez,
Costa negou haver negociações com propinas e garantiu que os repasses de
recursos foram feitos dentro da margem de lucro das empresas que negociaram com
a Petrobras.
“As
afirmações feitas nas delações premiadas sobre minha pessoa não são
verdadeiras”, afirmou Vaccari repetidas vezes, “Sou inocente”,
enfatizou.
A defesa do ex-secretário de Finanças e das doações
legais recebidas pelo PT ganhou reforços. A deputada Maria do Rosário (PT)
denunciou durante a sessão que existe uma rede de proteção para tesoureiros
de outros partidos, como para o investigado Fernando Soares, o Fernando Baiano,
que tem relações com o PMDB.
O líder do PT na Casa, Sibá Machado (AC), também chamou a
atenção dos parlamentares e da mídia para esse fato. “Somos tratados de forma
diferente, os demais partidos foram sequer apreciados. O PT não teme. Estamos
apresentando os fatos e nossas versões. E vocês? Por que estão blindando os
demais partidos?”, indagou a parlamentar.
Da Redação da Agência PT de Notícias.
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