A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediram no último dia 25/03 a retomada do julgamento sobre a proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas. Os representantes das entidades reuniram-se com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
O julgamento foi interrompido em
abril do ano passado, por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes,
quando o placar estava seis votos a um pelo fim de doações de empresas para
candidatos e partidos políticos. Após a reunião, Lewandowski enviou o pedido
das entidades para Mendes.
Segundo o presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), Marcos Vinícius Furtado Coêlho, o atual sistema
político, com a prevalência do poder econômico, não pode continuar. "Entendemos
que é importante para o Brasil uma definição da matéria para que possamos todos
ter, após essa definição, adoção dos caminhos necessários ao Brasil, disse.
Para ele, é preciso “construir consensos e aprovar reforma política que
melhore o sistema político".
O secretário-geral da CNBB,
Leonardo Steiner, disse que "estamos vendo a realidade nua e crua da
influência do financiamento das empresas. Estamos todo dia no noticiário e
gostaríamos de ver resolvida essa questão. Creio que Supremo poderá nos dar luz
e ajudar a sociedade”.
Participaram do encontro
representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), da União Nacional dos Estudantes
(UNE), entre outras entidades.
Na semana passada, os deputados
federais Jorge Solla (PT-BA) e Henrique Fontana (PT-RS) entraram com uma
representação contra Gilmar Mendes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os
parlamentares alegaram que Mendes deve responder a processo administrativo pela
demora na conclusão do voto.
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