'Fui alvo da inveja de setores da elite', diz Dirceu.
Durante entrevista transmitida por site de fundação do PT, ex-ministro afirma que o processo do mensalão não acaba no STF e nega intenção de deixar o País.
10 de setembro de 2013 | 12h 52
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No momento em que aguarda o desfecho do julgamento do mensalão no STF
(Supremo Tribunal Federal), o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, aproveitou
uma entrevista exclusiva para a Fundação Perseu Abramo, do PT, nesta
terça-feira, 10, para fazer um desabafo público. "Fui o principal alvo da inveja
de setores da elite desse País que não se conformam com a liderança do
(ex-presidente) Lula no mundo e a vitória de Dilma. Fui escolhido para ser
símbolo dessa mágoa, inveja e ódio disseminados em parte da sociedade contra
nós", afirmou.
Dirceu também negou ter planos de fugir do Brasil. "Fico indignado quando
dizem que vou fugir. Sou acima de tudo um brasileiro". Por fim, Dirceu fez uma
auto-crítica. "Cometi muitos erros, mas não sou responsável por esse de que me
acusam".
Nos blocos anteriores, o ex-ministro criticou partidos da oposição e defendeu uma guinada à esquerda na estratégia eleitoral do PT em 2014. "Os partidos de centro esquerda - PCdoB, PSB, PDT e PDT - devem ser o núcleo da nossa coalizão, que não pode ser dirigida pelas forças conservadoras". Apesar de não citar diretamente o PMDB, a afirmação de Dirceu faz eco às críticas feitas pelas tendências mais à esquerda do PT que disputam à presidência da sigla. O ex-ministro também criticou o PSDB: "A direita brasileira tem complexo de vira-lata e é avessa ao povo. E o povo vê o PSDB assim, como um partido elitista".
Julgamento. A sessão do Supremo Tribunal Federal desta quarta-feira, 11, pode ser a última do julgamento do processo do mensalão. É aguardada a definição sobre se a Corte vai julgar ou não os embargos infringentes dos réus — questão que pode levar a um segundo julgamento dos condenados, incluindo Dirceu. Se o STF decidir não julgar os embargos, a condenação de José Dirceu a 10 anos e 10 meses de detenção por comandar o esquema não poderá mais ser alterada.
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Durante a entrevista, transmitida ao vivo pelo site da fundação, Dirceu disse
ainda que o processo do mensalão "não acaba no STF" e reafirmou que pretende
recorrer às cortes internacionais. "Vou continuar me defendendo". Em tom
emotivo, classificou a cassação de seu mandato de deputado federal como "uma
mancha" na história da Câmara e disse que foi "obrigado" a se dedicar às
atividades de advogado e consultor. "Essa nunca foi minha opção. Minha natureza
é política".![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibmmUDVqxwJCcB7CiI_e2a6uWZC8OMO2iJty01w7Snc-70uhW7q0DOzMhrG6AcEhFM9WLCLGEKfHIpQs90rUsLzkBKFTHt7kdUx42XF-yjgKlUgPRLxuinHsQsM_FX4kUf-jUAKrkWcTYx/s1600/imagesCAHSDUGR.jpg)
Nos blocos anteriores, o ex-ministro criticou partidos da oposição e defendeu uma guinada à esquerda na estratégia eleitoral do PT em 2014. "Os partidos de centro esquerda - PCdoB, PSB, PDT e PDT - devem ser o núcleo da nossa coalizão, que não pode ser dirigida pelas forças conservadoras". Apesar de não citar diretamente o PMDB, a afirmação de Dirceu faz eco às críticas feitas pelas tendências mais à esquerda do PT que disputam à presidência da sigla. O ex-ministro também criticou o PSDB: "A direita brasileira tem complexo de vira-lata e é avessa ao povo. E o povo vê o PSDB assim, como um partido elitista".
Julgamento. A sessão do Supremo Tribunal Federal desta quarta-feira, 11, pode ser a última do julgamento do processo do mensalão. É aguardada a definição sobre se a Corte vai julgar ou não os embargos infringentes dos réus — questão que pode levar a um segundo julgamento dos condenados, incluindo Dirceu. Se o STF decidir não julgar os embargos, a condenação de José Dirceu a 10 anos e 10 meses de detenção por comandar o esquema não poderá mais ser alterada.
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