ONU deve impor proibição de armas químicas na Síria, diz Obama
Líder dos EUA diz que é 'insulto à razão humana' falar que ataque químico não foi realizado pelo regime de Assad
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O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (24), durante discurso na 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que a ONU deve impor a proibição de armas químicas através de uma forte resolução no Conselho de Segurança sobre a Síria.
Presidente dos EUA, Barack Obama, faz pronunciamento durante 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York
Os EUA e seus aliados garantem que o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, está por trás de um ataque químico no mês passado que teria deixado centenas de mortos.
"Tem de haver uma resolução forte do Conselho de Segurança para saber se o regime Assad está cumprindo com seus compromissos. Se não pudermos concordar nem nisso, isso mostrará ao mundo que não somos capazes nem de fazer valer o direito mais básico", disse Obama em relação à legislação internacional que proíbe as armas químicas.Obama também afirmou que seria um "insulto à razão humana" sugerir que outro grupo, que não o regime de Assad, realizou o ataque químico de 21 de agosto nos arredores de Damasco. "Os inspetores da ONU fizeram um relatório de que foguetes lançaram gás sarin em civis e esses foguetes foram lançados a partir de redutos do regime contra locais capturados por rebeldes", reforçou Obama.
Há duas semanas, os EUA e a Rússia, país aliado ao regime sírio, chegaram a um acordo para evitar uma intervenção militar liderada pelos EUA contra a Síria após o ataque com o uso de armas químicas. Segundo o acordo, o regime deve, entre outras medidas, disponibilizar o inventário de seu estoque de armas químicas para sua posterior destruição em meados de 2014.
"Como eu já falei com ( o presidente russo) Vladimir Putin há mais de um ano, e agora mais recentemente em São Petersburgo, a minha preferência sempre foi por uma resolução diplomática do assunto", disse, acrescentando, entretanto, que se não fosse uma ameaça militar significativa por parte dos EUA, o Conselho de Segurança não teria demonstrado inclinação para agir.
Antes do pronunciamento de Obama, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, condenou as denúncias de espionagem dos EUA, afirmando que a interceptação dos dados de outros países é uma "afronta" que viola o direito internacional. O presidente dos EUA não fez menção às denúncias de espionagem em seu discurso.
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