O MUNDO HOJE, TEM UNS 200 PAISES. A CADA UM QUE RESOLVER, PRODUZIR AS ARMAS QUÍMICAS, SURGIRÁ UMA CRISE
Conselho de Segurança aprova pacto para eliminar armas químicas na Síria
Texto não prevê o uso imediato de força caso Assad se recuse a colaborar com inspetores
27 de setembro de 2013 | 22h 12
O Estado de S. Paulo
NOVA YORK - O plenário do Conselho de Segurança das Nações Unidas - com cinco
membros permanentes e dez rotativos - aprovou nesta sexta-feira, 27, por
unanimidade a resolução que obrigará a Síria de Bashar Assad a desfazer-se, sob
supervisão internacional, de seu arsenal químico. Como queriam os russos, o
texto acertado não prevê o recurso imediato à força caso Damasco se recuse a
colaborar com os inspetores.
Antes da votação em Nova York, o presidente Barack Obama afirmara na Casa
Branca a jornalistas que o acordo sobre as armas químicas "tem o potencial de
ser uma imensa vitória da comunidade internacional". Em seguida, ponderou:
"Obviamente, há ainda muito trabalho a ser feito".
Falando ao lado do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, Obama defendeu que a resolução da ONU pode deter o uso de armas químicas na Síria no futuro e levará a resultados mais satisfatórios do que uma eventual ação militar contra Damasco.
O presidente americano reconheceu que "há preocupações legítimas" sobre se a Síria cumprirá sua palavra e sobre detalhes técnicos do trabalho da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) para retirar e eliminar os produtos. "No entanto, (a resolução) representa um potencial passo adiante", afirmou Obama.
A base da resolução é o pacto articulado no início do mês de setembro por americanos e russos em Genebra, o qual suspendeu, no último momento, uma ofensiva militar dos EUA contra alvos do regime Assad. O governo de Barack Obama queria "punir" a Síria pelo ataque químico ocorrido em 21 de agosto na periferia de Damasco.
Americanos, europeus, países árabes e ONGs afirmam que tropas de Assad foram as responsáveis pelo uso do arsenal proibido. O regime sírio e a Rússia culpam os rebeldes, que supostamente usaram armas químicas para incriminar as forças do governo.
O acordo desta sexta-feira, 27, representa um inédito avanço: em mais de dois anos e meio de guerra civil na Síria, com 120 mil mortos e milhões de refugiados e deslocados, o Conselho de Segurança foi incapaz de chegar a um consenso sobre uma resolução. Por três vezes a diplomacia russa chegou a usar seu poder de veto para frear textos que condenavam abertamente violações cometidas pelo regime de Assad.
Na sexta-feira, o governo da França defendeu que o entendimento sobre as armas químicas síria deve abrir caminho para debates que levem a uma solução política.
"Espero que sejamos capazes de marcar uma data para que finalmente a conferência de 'Genebra 2' (reunindo as principais facções sírias, potências e países da região) ocorra. A única solução é política. Avançamos na questão das armas químicas, mas pessoas continuam a se matar no terreno", afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
A Rússia também exortou a comunidade internacional a trabalhar "energicamente" por uma conferência de paz sobre a crise na Síria. "Pessoas continuam a morrer e civis sírios sofrem a cada dia", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Kremlin, Sergei Lavrov, discursando na Assembleia-Geral das Nações Unidas. "A única possibilidade hoje para colocar um fim a essa instabilidade é trocar o atual impasse por um acerto político na crise síria."
Os russos conseguiram uma importante vitória ao retirar do texto uma autorização "automática" para o uso da força caso Assad não coopere, como queriam americanos e europeus. "Nenhuma concessão foi feita", disse o vice-chanceler Sergei Ryabkov. / REUTERS e APP
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ABAIXO, AS CONSEQUÊNCIAS DO "AGENTE LARANJA" NOS VIETNAMITAS.
10/09/2013 09h10- Atualizado em 10/09/2013 12h14
Quase 40 anos depois de seu fim, a Guerra do Vietnã continua fazendo vítimas.
A substância química foi jogada por Forças Americanas no solo para destruir plantações agrícolas e desfolhar florestas usadas como esconderijo pelos inimigos, mas acabou causando danos e contaminação que duram até hoje. Assista ao vídeo.
A Cruz Vermelha diz que 150 mil casos de malformação congênita estão ligados à substância.
Os Estados Unidos contestam esses números.
O programa Inside Out, da BBC, acompanhou o trabalho de uma equipe de cirurgiões de Londres que foram para a região de Da Nang realizar plásticas em crianças que ainda hoje nascem com defeitos decorrentes dos produtos químicos
Veja também:
Inspetores
começarão a trabalhar na Síria em 1º de outubro
Síria
está comprometida com acordo sobre armas químicas, diz Assad
Rússia
critica ameaças contra Síria
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Falando ao lado do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, Obama defendeu que a resolução da ONU pode deter o uso de armas químicas na Síria no futuro e levará a resultados mais satisfatórios do que uma eventual ação militar contra Damasco.
O presidente americano reconheceu que "há preocupações legítimas" sobre se a Síria cumprirá sua palavra e sobre detalhes técnicos do trabalho da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) para retirar e eliminar os produtos. "No entanto, (a resolução) representa um potencial passo adiante", afirmou Obama.
A base da resolução é o pacto articulado no início do mês de setembro por americanos e russos em Genebra, o qual suspendeu, no último momento, uma ofensiva militar dos EUA contra alvos do regime Assad. O governo de Barack Obama queria "punir" a Síria pelo ataque químico ocorrido em 21 de agosto na periferia de Damasco.
Americanos, europeus, países árabes e ONGs afirmam que tropas de Assad foram as responsáveis pelo uso do arsenal proibido. O regime sírio e a Rússia culpam os rebeldes, que supostamente usaram armas químicas para incriminar as forças do governo.
O acordo desta sexta-feira, 27, representa um inédito avanço: em mais de dois anos e meio de guerra civil na Síria, com 120 mil mortos e milhões de refugiados e deslocados, o Conselho de Segurança foi incapaz de chegar a um consenso sobre uma resolução. Por três vezes a diplomacia russa chegou a usar seu poder de veto para frear textos que condenavam abertamente violações cometidas pelo regime de Assad.
Na sexta-feira, o governo da França defendeu que o entendimento sobre as armas químicas síria deve abrir caminho para debates que levem a uma solução política.
"Espero que sejamos capazes de marcar uma data para que finalmente a conferência de 'Genebra 2' (reunindo as principais facções sírias, potências e países da região) ocorra. A única solução é política. Avançamos na questão das armas químicas, mas pessoas continuam a se matar no terreno", afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
A Rússia também exortou a comunidade internacional a trabalhar "energicamente" por uma conferência de paz sobre a crise na Síria. "Pessoas continuam a morrer e civis sírios sofrem a cada dia", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Kremlin, Sergei Lavrov, discursando na Assembleia-Geral das Nações Unidas. "A única possibilidade hoje para colocar um fim a essa instabilidade é trocar o atual impasse por um acerto político na crise síria."
Os russos conseguiram uma importante vitória ao retirar do texto uma autorização "automática" para o uso da força caso Assad não coopere, como queriam americanos e europeus. "Nenhuma concessão foi feita", disse o vice-chanceler Sergei Ryabkov. / REUTERS e APP
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ABAIXO, AS CONSEQUÊNCIAS DO "AGENTE LARANJA" NOS VIETNAMITAS.
10/09/2013 09h10- Atualizado em 10/09/2013 12h14
Vietnã ainda sofre com químico jogado pelos EUA há 40 anos
Médicos britânicos voluntários viajam de Londres para realizar cirurgias plásticas em crianças deformadas por agente laranja.
Médicos britânicos voluntários viajam de Londres para realizar cirurgias plásticas em crianças deformadas por agente laranja. (Foto: BBC)
Quase 40 anos depois de seu fim, a Guerra do Vietnã continua fazendo vítimas.
saiba mais
Muitas crianças nascem no país com malformação congênita, resultado da contaminação que o país sofreu por agente laranja.A substância química foi jogada por Forças Americanas no solo para destruir plantações agrícolas e desfolhar florestas usadas como esconderijo pelos inimigos, mas acabou causando danos e contaminação que duram até hoje. Assista ao vídeo.
A Cruz Vermelha diz que 150 mil casos de malformação congênita estão ligados à substância.
Os Estados Unidos contestam esses números.
O programa Inside Out, da BBC, acompanhou o trabalho de uma equipe de cirurgiões de Londres que foram para a região de Da Nang realizar plásticas em crianças que ainda hoje nascem com defeitos decorrentes dos produtos químicos
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