Brasil deve crescer menos que a América Latina em 2013, prevê Banco Mundial
Banco Mundial projeta crescimento de 3% em 2013, enquanto vizinhos devem expandir 3,5%
O banco projeta que o Brasil e a Argentina deverão ter crescimento abaixo da média regional em 2013, em torno de 3%, superando, porém, a taxa de crescimento de 2%, em 2012.
Segundo o relatório, estão diminuindo os ventos globais favoráveis que facilitaram o crescimento econômico robusto e a inclusão social na América Latina e Caribe na última década.
O banco destaca ainda que o novo contexto global —de excesso de liquidez, crescimento mais lento na China, atividade econômica fraca e dívida pública elevada no mundo desenvolvido— aponta para a necessidade de a América Latina fazer mais por conta própria, a fim de voltar às taxas de crescimento semelhantes às taxas registradas na última década.
O Banco Mundial prevê também no relatório "América Latina e Caribe enquanto os ventos favoráveis retrocedem: em busca de um crescimento maior" que a Venezuela crescerá 0,1% e a Jamaica terá expansão de 1% neste ano.
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"Essas taxas de crescimento são boas, mas insuficientes para sustentar o ritmo de progresso social recente que os latino-americanos experimentaram na última década", ressaltou o economista-chefe do Banco Mundial, Augusto de la Torre.
Ênfase política
Ele afirmou que a ênfase política está mudando dos motores externos para motores de crescimento interno, e das preocupações com a estabilidade macroeconômica e financeira para reformas de estímulo à produtividade.
"À medida que os ventos globais favoráveis diminuem, a capacidade dos países da América Latina para crescer acima de 3,5% depende essencialmente deles mesmos."
O relatório observa que as conquistas da América Latina e Caribe na década de 2000 foram significativas, incluindo a estabilidade macroeconômica, crescimento sólido, redução da pobreza e uma distribuição de renda mais justa.
De acordo com o Banco Mundial, o desafio para a política econômica daqui para frente é "preservar e trabalhar sobre os ganhos passados, consolidando os dividendos de um crescimento com inclusão social, e fazer isso sem a ajuda de ventos favoráveis globais".
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