domingo, 2 de outubro de 2011

EVO MORALES QUE JÁ LIDEROU MOVIMENTOS SOCIAIS NA BOLÍVIA, PRECISA AGORA CONVIVER COM ELES.






Indígenas na Bolívia retomam marcha até La Paz contra rodovia
01 de outubro de 2011

Notícia
REUTERS

Indígenas amazônicos bolivianos recomeçaram no sábado, após uma dura repressão, sua marcha de protesto contra a construção de uma rodovia em plena selva financiada pelo Brasil, em meio a acusações e críticas do governo local.

O presidente Evo Morales acusou os manifestantes de buscarem o fracasso das inéditas eleições judiciais de 16 de outubro, já que a marcha está a mais de 250 km ao norte de La Paz e deve chegar à sede do governo quatro dias antes do processo eleitoral.

"Reiniciamos a marcha e nossa intenção não é a de enfrentarmos ninguém. O que o governo deve fazer em vez de acusar os indígenas é resolver de uma vez este problema da estrada", disse à mídia local Adolfo Chávez, presidente da Central Indígena do Oriente Boliviano e ex-aliado de Morales.

Embora ainda sejam poucos em número em comparação às etnias aymara e quéchua do ocidente andino, que apoiam maciçamente Morales, os indígenas amazônicos que iniciaram a marcha em 15 de agosto na cidade de Trinidad são apoiados por setores que questionam o discurso ecologista do governo.

O setor mobilizado rejeita a construção de uma estrada que atravessaria o território indígena e o Parque Nacional Isidoro Sécure (TIPNIS) no centro da Bolívia.

Morales tentou nove vezes dialogar com os manifestantes, enviando mais de uma dezena de ministros a diferentes regiões ao longo do trajeto, que percorre 602 quilômetros até chegar a La Paz. Mas não conseguiu frear a marcha.

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