Campinas já estuda mandar lixo para longe
iG Paulista - 01/04/2013 22h29
Maria Teresa Costa | teresa@rac.com.br
Foto: Cedoc/RAC
Máquina tenta acomodar lixo residencial no aterro Delta A, em Campinas
Máquina tenta acomodar lixo residencial no aterro Delta A, em Campinas
Com a licença ambiental de operação do Aterro Delta A vencendo no próximo dia
30 e sem possibilidade de prorrogação da autorização para a atual cota de 630
metros — contados do nível do mar —, a Prefeitura já trabalha com um plano B
para que a destinação das mais de mil toneladas de lixo diárias da cidade não
entre em colapso: levar os resíduos para outra cidade.
Mas, até o final do mês, ainda tentará conseguir que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) autorize o chamado alteamento, ou seja, elevar em dez metros a altura do aterro, o que daria, segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, mais um ano de vida útil ao Delta A .
A Prefeitura espera não ter que adotar o plano B porque isso, segundo o secretário, elevaria demais o custo da disposição final do lixo de Campinas. Segundo ele, levar os resíduos para o Delta A custa hoje R$ 40,00 por tonelada. Transportar para outra cidade onde há empresas que fazem a operação sairia por R$ 80,00 a tonelada e mais R$ 30,00 de transporte. “Pagaríamos quase três vezes mais pela tonelada”, afirmou.
O gerente regional da Cetesb, Alberto Degressi Neto, disse que o pedido de alteamento do aterro está em análise e que uma decisão rápida será dada para que não haja prejuízos para a cidade. “A área de aterros da agência já fez a vistoria e está prestes a emitir parecer técnico”, afirmou. Ele lembrou que para a altura atual do lixo não será mais possível prorrogar a licença, mas que se as análises mostrarem que há estabilidade do maciço e sem riscos de mais impactos, então o alteamento poderá ser autorizado.
Paulella informou que os estudos técnicos e especialmente os geológicos mostram que o maciço tem estabilidade. “Temos insistido em ampliar a capacidade do Delta A por questão ambiental e também econômica. O aterro já está impactado e temos que aproveitar o máximo sua capacidade de absorção. Além disso, quanto mais longe levarmos o lixo, mais dobra o custo da disposição e do transporte”, afirmou.
Se o alteamento for autorizado, a Prefeitura jogará para mais um ano à frente uma solução para o lixo. A intenção é ter uma parceria público-privada estruturada para poder cumprir a a legislação que determina que, a partir de 3 de agosto de 2014, os aterros sanitários só poderão receber resíduos orgânicos.
Plano
O secretário disse que a Administração vai cumprir a política nacional de resíduos sólidos, que determina a gestão compartilhada com todos os geradores. “Vamos estruturar um plano que contemple toda a cadeia do lixo, para que seja totalmente reaproveitado”, afirmou. “Não teremos mais aterros para receber lixo in natura, só lixo tratado”, informou.
Haverá, segundo ele, uma grande usina de reciclagem que não estará ligada às cooperativas de catadores. Essas atuarão na reciclagem do lixo captado na coleta seletiva. A proposta da Prefeitura é que as cooperativas façam também a coleta e sejam remuneradas pelo serviço. A usina, explicou, receberá todos os resíduos. O material orgânico, que corresponde a 60% do lixo, será compostado para virar fertilizante orgânico, usando tecnologia que já está dominada.
O que não tiver condições de de ser reciclado ou compostado vai virar combustível derivado de resíduos. Serão prensados em pellets, uma espécie de carvão de lixo formado de madeira, plástico e outros resíduos, para ser usado em caldeiras visando à produção de energia.
O projeto da Prefeitura é o mesmo que foi elaborado e licitado em 1996, e que chegou a ter a concorrência homologada — previa a concessão de serviços e obra, e a Prefeitura, segundo Paulella, não teria qualquer custo. “Pagaríamos uma tarifa pelo tratamento, mas, infelizmente, quando o prefeito Francisco Amaral assumiu, o projeto foi engavetado e ele não assinou o contrato. Se tivesse sido implantado, hoje Campinas poderia ser paradigma na destinação do lixo”, afirmou o secretário.
OBS: OS AMBIENTALISTAS DE INDAIATUBA PRECISAM FICAR ALERTAS, POIS NOSSA CIDADE JÁ TEM HISTÓRICO NESSE ASSUNTO.
Mas, até o final do mês, ainda tentará conseguir que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) autorize o chamado alteamento, ou seja, elevar em dez metros a altura do aterro, o que daria, segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, mais um ano de vida útil ao Delta A .
A Prefeitura espera não ter que adotar o plano B porque isso, segundo o secretário, elevaria demais o custo da disposição final do lixo de Campinas. Segundo ele, levar os resíduos para o Delta A custa hoje R$ 40,00 por tonelada. Transportar para outra cidade onde há empresas que fazem a operação sairia por R$ 80,00 a tonelada e mais R$ 30,00 de transporte. “Pagaríamos quase três vezes mais pela tonelada”, afirmou.
O gerente regional da Cetesb, Alberto Degressi Neto, disse que o pedido de alteamento do aterro está em análise e que uma decisão rápida será dada para que não haja prejuízos para a cidade. “A área de aterros da agência já fez a vistoria e está prestes a emitir parecer técnico”, afirmou. Ele lembrou que para a altura atual do lixo não será mais possível prorrogar a licença, mas que se as análises mostrarem que há estabilidade do maciço e sem riscos de mais impactos, então o alteamento poderá ser autorizado.
Paulella informou que os estudos técnicos e especialmente os geológicos mostram que o maciço tem estabilidade. “Temos insistido em ampliar a capacidade do Delta A por questão ambiental e também econômica. O aterro já está impactado e temos que aproveitar o máximo sua capacidade de absorção. Além disso, quanto mais longe levarmos o lixo, mais dobra o custo da disposição e do transporte”, afirmou.
Se o alteamento for autorizado, a Prefeitura jogará para mais um ano à frente uma solução para o lixo. A intenção é ter uma parceria público-privada estruturada para poder cumprir a a legislação que determina que, a partir de 3 de agosto de 2014, os aterros sanitários só poderão receber resíduos orgânicos.
Plano
O secretário disse que a Administração vai cumprir a política nacional de resíduos sólidos, que determina a gestão compartilhada com todos os geradores. “Vamos estruturar um plano que contemple toda a cadeia do lixo, para que seja totalmente reaproveitado”, afirmou. “Não teremos mais aterros para receber lixo in natura, só lixo tratado”, informou.
Haverá, segundo ele, uma grande usina de reciclagem que não estará ligada às cooperativas de catadores. Essas atuarão na reciclagem do lixo captado na coleta seletiva. A proposta da Prefeitura é que as cooperativas façam também a coleta e sejam remuneradas pelo serviço. A usina, explicou, receberá todos os resíduos. O material orgânico, que corresponde a 60% do lixo, será compostado para virar fertilizante orgânico, usando tecnologia que já está dominada.
O que não tiver condições de de ser reciclado ou compostado vai virar combustível derivado de resíduos. Serão prensados em pellets, uma espécie de carvão de lixo formado de madeira, plástico e outros resíduos, para ser usado em caldeiras visando à produção de energia.
O projeto da Prefeitura é o mesmo que foi elaborado e licitado em 1996, e que chegou a ter a concorrência homologada — previa a concessão de serviços e obra, e a Prefeitura, segundo Paulella, não teria qualquer custo. “Pagaríamos uma tarifa pelo tratamento, mas, infelizmente, quando o prefeito Francisco Amaral assumiu, o projeto foi engavetado e ele não assinou o contrato. Se tivesse sido implantado, hoje Campinas poderia ser paradigma na destinação do lixo”, afirmou o secretário.
OBS: OS AMBIENTALISTAS DE INDAIATUBA PRECISAM FICAR ALERTAS, POIS NOSSA CIDADE JÁ TEM HISTÓRICO NESSE ASSUNTO.
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