Protestos lançam somba sobre Copa, diz 'Guardian'
Atualizado em 22 de junho,
2013 - 09:55 (Brasília) 12:55 GMT
Em reportagem de página inteira, o diário britânico "The
Guardian" afirma que os protestos realizados em diversas cidades do Brasil
"lançam uma dúvida sobre a Copa do Mundo".
De acordo com o jornal, as manifestações provocaram cenas "improváveis de
serem vistas no país fanático por futebol e é a última coisa que os
organizadores da Copa do Mundo desejavam ver no Brasil antes do torneio do ano
que vem".
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O jornal lembra ainda que ex-jogadores, como Romário, Zico e Tostão já haviam advertido há meses sobre problemas ligados à competição e que integrantes da seleção brasileira manifestaram solidariede aos manifestantes.
O diário afirma que "a situação tensa está ferindo as chances de um evento bem-sucedido no ano que vem" e que para milhões no Brasil, "a Fifa se tornou uma marca manchada, associada a uma elite global distante que lucra às custas das populações locais".
'Fez por merecer'
As manifestações também são tema de um editorial do Guardian, onde o jornal afirma que "a classe política como um um todo fez bem por merecer a raiva que está agora colhendo".De acordo com o diário, a vaia à presidente Dilma Rousseff e ao presidente da Fifa Sepp Blatter durante a abertura da Copa das Confederações não se deu porque "os brasileiros, de todos os povos, teriam subitamente se voltado contra o futebol, mas porque eles e alguns futebolistas se voltaram contra o establishment".
Ainda sobre o mesmo assunto, o diário traz um artigo assinado pelo escritor Damian Platt no qual ele afirma que "a primeira surpresa sobre os protestos brasileiros é que eles aconteceram, a segunda foi sua magnitude".
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infraestrutura, diz FT
O diário econômico britânico Financial Times afirma que "para investidores, os protestos trazem ainda mais incerteza a uma economia que já foi possivelmente a a mais promissora do grupo Brics de nações emergentes, mas que agora está enfrentando crescimento lento, inflação e uma preocupante perda de competitividade".
O jornal acrescenta que as tensões no Brasil se tornam mais complicadas devido a "diferenças regionais e de classe" e afirma que "existe grande competição entre a nova e as tradiconais classes médias por vagas em universidades, nas ruas congestionadas e até nas estradas".
O Financial Times comenta que apesar de os protestos não terem tido como objetivo depor a presidente Dilma Rousseff, boa parte da responsabilidade pelas atuais tensões "reside no modelo econômico do PT de incentivar a demanda do consumidor por meio de programas de benefícios sociais, aumentos salariais e acesso a crédito, mas negligenciando melhorias de infraestrutura".
OBS: O BRASIL JÁ TEVE EXCELENTES FERROVIAS, QUE FORAM ABANDONADAS PARA DAR ESPAÇO AOS AUTOMÓVEIS, AOS CAMINHÕES E AOS ÔNIBUS. ERA O PODER ECONÔMICO MANDANDO NO GOVERNO (DÉCADA DE 60). NOSSO PAÍS PRECISA DE TRANSPORTES DE MASSA, SOBRE TRILHOS, ELETRIFICADOS, EM BITOLA LARGA E COM LINHAS PARALELAS. TEMOS ESPAÇO SUFICIENTE, TEMOS TOPOGRAFIA QUASE PLANA. NOSSO PAÍS É IDEAL PARA O USO DOS TRENS.
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