PT não soube interpretar protestos', diz presidente estadual da sigla
Em carta aberta, deputado estadual Edinho Silva afirma que juventude quer mais que 'ganhos materiais' e fez alerta a 'ingrediente autoritário' das manifestações
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Fernando Gallo - O Estado de S. Paulo
O presidente do PT paulista, deputado estadual Edinho Silva (PT), afirmou, em
um texto divulgado nesta quinta-feira, 20, que o partido "não teve a devida
percepção social ao não interpretar a dimensão das manifestações" que ocorrem em
todo o País desde a semana passada e que "o maior erro do PT foi achar que os
ganhos materiais dariam conta de todas as necessidades dos jovens brasileiros".
Na carta endereçada para "as companheiras e companheiros de sonhos e construção de projetos", Edinho sustenta ainda que "O PT errou ao não fazer a leitura correta das transformações sociais ocorridas no Brasil, a construção de novas necessidades, o desenvolvimento de um 'novo ideário'".
O petista avalia que a "'juventude das ruas' quer mais que conquistas econômicas e de oportunidades" e "quer ser protagonista, quer construir 'uma nova identidade', questiona valores; mesmo sem uma formulação clara, os indícios são fortes, essa juventude quer um novo modelo de Estado, mais democrático, com mais controle social, com mais instrumentos de participação popular e diálogo."
Edinho alerta ainda para um "ingrediente autoritário" nos protestos contra as instituições políticas e partidárias e diz que ele pode abrir espaço para "construções políticas aventureiras". "As manifestações, que podem soar 'radicais e revolucionárias' contra o Estado, as instituições, os partidos e todas as medições, na verdade têm um ingrediente autoritário, que levadas às últimas consequências criam o 'caldo de cultura' que pode impulsionar construções políticas aventureiras, impulsionando 'aqueles' que se consideram acima das instituições e das mediações geradas pela democracia", escreveu. "Esse ideário 'das ruas', que está em disputa, se for 'ganho' pelas forças políticas conservadoras e autoritárias, pode representar uma derrota para a democracia brasileira".
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Na carta endereçada para "as companheiras e companheiros de sonhos e construção de projetos", Edinho sustenta ainda que "O PT errou ao não fazer a leitura correta das transformações sociais ocorridas no Brasil, a construção de novas necessidades, o desenvolvimento de um 'novo ideário'".
O petista avalia que a "'juventude das ruas' quer mais que conquistas econômicas e de oportunidades" e "quer ser protagonista, quer construir 'uma nova identidade', questiona valores; mesmo sem uma formulação clara, os indícios são fortes, essa juventude quer um novo modelo de Estado, mais democrático, com mais controle social, com mais instrumentos de participação popular e diálogo."
Edinho alerta ainda para um "ingrediente autoritário" nos protestos contra as instituições políticas e partidárias e diz que ele pode abrir espaço para "construções políticas aventureiras". "As manifestações, que podem soar 'radicais e revolucionárias' contra o Estado, as instituições, os partidos e todas as medições, na verdade têm um ingrediente autoritário, que levadas às últimas consequências criam o 'caldo de cultura' que pode impulsionar construções políticas aventureiras, impulsionando 'aqueles' que se consideram acima das instituições e das mediações geradas pela democracia", escreveu. "Esse ideário 'das ruas', que está em disputa, se for 'ganho' pelas forças políticas conservadoras e autoritárias, pode representar uma derrota para a democracia brasileira".
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