29/06/13 - 13h29
Lula no Malauí: A produção de medicamentos também tem que representar interesses humanitários
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/IL)
Brasil investe 350 milhões de dólares ao ano no tratamento com medicamentos antirretrovirais para 313 mil pessoas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (29) com a presidenta do Malauí, Joyce Banda, e o diretor executivo da UNAIDS, Michel Sidibé, de um debate da comissão UNAIDS/Lancet em Lilongwe, Malauí. O objetivo do encontro foi discutir as metas para combate do HIV/AIDS dentro das metas sociais a serem estabelecidas pelas Nações Unidas após as Metas do Milênios, que vão até 2015. Participaram ministros de saúde, cientistas representantes de ONGs e do setor privado.
Lula falou sobre o programa brasileiro de prevenção, assistência e tratamento gratuito para soropositivos e sobre a importância de se aliar a luta contra a AIDS com a luta contra a pobreza, especialmente na África. “Atualmente é sobre os mais pobres que o HIV incide mais violentamente. É fundamental levar aos mais pobres os frutos do avanço científico, o tratamento e os remédios. Para vencer a AIDS é necessário também superar a pobreza onde o vírus se espalha. No Brasil nos últimos 10 anos aprendemos muito sobre isso, porque nosso programa para HIV/AIDS se somou a um conjunto de políticas públicas que está nos levando a superar a pobreza e a fome.”
O Brasil investe 350 milhões de dólares ao ano no tratamento com medicamentos antirretrovirais para 313 mil pessoas. O país fabrica 11 de uma lista de 21 usados no tratamento, tendo inclusive quebrado a patente de um medicamento em 2007 para reduzir seu custo. O país também atua na prevenção, com campanhas publicitárias e a distribuição de 500 milhões de preservativos ao ano. “O acesso universal e a preço justo dos remédios são urgentes” afirmou Lula. “A produção de medicamentos não pode representar apenas interesses econômicos, mas também humanitários. A indústria farmacêutica privilegia o investimento em marketing e a produção destinada a mercados de países desenvolvidos, em detrimento de pesquisas dirigidas a controlar ou erradicar epidemias e doenças da pobreza. ”
Na África, o Brasil inaugurou em 2012 uma fábrica de medicamentos antirretrovirais em Moçambique. O ex-presidente ressaltou a importância da transferência de tecnologia e da produção de medicamentos pelos países em desenvolvimento para a ampliação do acesso ao tratamento.
Segundo a UNAIDS, entre 2001 e 2011 o Maláui reduziu em 72% o número de novos casos de HIV/AIDS, o melhor resultado entre os países africanos. Com apoio de doadores, o Maláui oferece tratamento gratuito com antirretrovirais a mais de meio milhão de soropositivos, bem como a todas as mulheres grávidas ou em fase de amamentação portadoras do HIV. Estima-se que a prevalência de HIV tenha-se reduzido de 14% para 10,2% nos últimos anos. Os chefes de estado africanos elegeram a Presidenta Joyce Banda como a “campeã” do continente no combate à doença.
Lula propôs 3 desafios para o futuro do enfrentamento da doença. “Primeiro o compromisso político dos governos em liderar em cada país com investimento em prevenção e tratamento; o segundo o compromisso moral dos governantes, principalmente dos países mais ricos, em superar as barreiras do mercado mundial para a produção e acesso aos medicamentos; e o terceiro o compromisso de aliar a luta contra a AIDS com a luta contra a miséria onde quer que ela aconteça.”
Para ver mais imagens e baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula: https://picasaweb.google.com/116451107798979983687/LulaParticipaDeDebateDaComissaoUNAIDSLancetNoMalaui
(Instituto Lula)
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Dois anos mais tarde, torna-se uma república, ao mesmo tempo que Hastings Kamuzu Banda é eleito presidente sob uma constituição que permitia a existência apenas de um partido (Partido do Congresso do Malawi - MCP), o que conduziu, em 1971, à reeleição de Banda como presidente vitalício.
Em 1993, Banda perdeu o título de presidente vitalício, o que abriu as portas à realização das primeiras eleições multipartidárias a 17 de Maio de 1994, cujos resultados deram uma vitória escassa ao principal partido da oposição, a Frente de União Democrática, liderado por Bakili Muluzi.
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Biografia
David Livingstone não foi o primeiro, mas com certeza o maior explorador da África. Quando embarcou pela primeira vez para o continente negro, em 1841, pretendia atuar principalmente como missionário. Constatou logo que as missões em território pouco povoado não seriam promissoras, se não viajasse muito e visitasse os "selvagens" – como os negros eram chamados pelos colonizadores. Ao todo, ele percorreu 48 mil quilômetros em terras africanas. Numa aventura de mais de 15 anos, atravessou duas vezes o deserto do Kalahari, navegou o rio Zambeze de Angola até Moçambique, procurou as fontes do rio Nilo, descobriu as cataratas Vitória e foi o primeiro europeu a atravessar o lago Tanganica. Cruzou Uganda, a Tanzânia e o Quênia. Andava a pé, em carros de boi e em canoas. Nas aldeias, tratava dos doentes, conquistando assim a amizade dos nativos.
Combateu, desde o início, o tráfico de escravos que, embora proibido no império britânico desde 1833, ainda era praticado pelos portugueses e árabes. O objetivo de Livingstone era levar o livre comércio, o cristianismo e a civilização para o interior do continente africano. No entanto, mesmo apesar de ser contra a escravidão, David Livingstone se valia da "ajuda" dos nativos até mesmo para carregá-lo nos braços durante as suas viagens.
Descobertas
De volta à Inglaterra, Livingstone publicou, em 1857, o livro "Viagens missionárias e pesquisas na África do Sul", que virou bestseller. Famoso, passou a trabalhar para o governo britânico. A serviço da Royal Geographical Society, partiu em 1865 à procura da nascente do rio Nilo. Foi atacado impiedosamente pela malária, sua "companheira" de viagens. Além disso, ele se encontrava numa região completamente desconhecida e hostil. Muitas tribos o viam como traficante de escravos. Sua esposa morreu de malária em 1862, um amargo golpe e em 1864 ele foi convocado pelo governo a retornar trazendo os resultados de suas viagens.
Em sua penúltima expedição, partiu de Zanzibar, na costa oriental da África, e queria chegar ao lago Niassa. Abandonado pelos guias africanos, que fugiram com a comida e os remédios, e enfraquecido pela malária, o explorador chegou à aldeia de Ujiji, na margem tanzaniana do lago Tanganica. Na Europa, a estas alturas, ele já era dado como desaparecido. Supunha-se que estivesse mortalmente enfermo nas selvas africanas ou tivesse sido assassinado. Só nos Estados Unidos ainda se acreditava encontrá-lo vivo. Esta expedição durou de 1866 até a morte de Livingstone em 1873.
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