segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Devemos tomar cuidado com o pré-julgamento.

CONSTRUINDO UMA NAÇÃO

Após ter tomado posse a 1º de Janeiro de 2003, o Presidente LULA, em consenso com seus colaboradores mais íntimos, montou uma estrutura ministerial composta inicialmente por 32 cargos (ministérios e secretárias especiais) e então efetuou alguns convites há personalidades que já eram muito eficientes em seus campos de atividades específicas, mesmo não conhecendo algumas dessas personalidades.
Assim, convidou um alto dirigente de uma Grande Empresa (Sadia), Eng. Luís Fernando Furlan que atuava no ramo de embutidos para a função de Ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior. Esse cidadão, sem conotações de natureza partidária, havia contribuído muito para o grande crescimento da Sadia em período recente.
Da mesma forma convidou um Executivo muito eficaz da chamada agro -industria, Sr Roberto Rodrigues para a função de Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esse cidadão, também sem conotações de natureza partidária, mas com grande habilidade nas relações inter pessoais, no País e no Exterior.
A seguir convidou para Ministro das Relações Exteriores, um Embaixador, quadro de carreira do Itamarati, (como se chama o prédio onde funciona o Ministério), muito eficiente que na altura era Embaixador na Inglaterra, Ministro Celso Amorim, também sem conotações de natureza partidária, já com longa folha de serviços prestados ao País na Diplomacia.
Para o Ministério da Fazenda, foi convidado um médico sanitarista, Dr. António Palocci Filho, este da linha partidária do Presidente. Foi quem coordenou a campanha presidencial, muito calmo e articulado e foi quem se incumbiu de estabelecer uma “ponte” com a comunidade econômica internacional, pois como já foi citado em artigo anterior, muitos achavam que o Presidente LULA, não estava preparado para a função. Anos depois Palocci foi substituído por ter se envolvido em atos que ferem a privacidade alheia. Recentemente foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal.
Para o cargo de Presidente do Banco Central, que é de onde saem as diretrizes econômicas a serem seguidas pelo Governo, foi convidado um Deputado Federal, eleito pelo Partido adversário do Presidente. Na altura em que esse convite foi efetuado, os aliados do Governo, reclamaram muito. Henrique Meirelles atuava na altura, como alto executivo do Bank-Boston, chegando a ocupar sua Presidência a nível mundial. Dessa forma o Governo que estava sendo formado, era composto de figuras muito competentes.
Nos outros cargos o Presidente eleito continuou a usar o mesmo processo para nomear, quer dizer: competência. O convidado além de comprovada competência administrativa, teria que ser hábil no trato da Coisa Pública, buscar bom trânsito no Congresso Nacional, e estar em sintonia com os anseios sociais.
O Presidente estava nos Estados Unidos, em sua 1º visita como Presidente eleito, ainda em 2002, quando citou o nome da Senadora pelo Estado do Acre, Marina Silva. Seria a Ministra do Meio Ambiente. Figura notável, pois até aos 16 anos vivia no meio da floresta a cortar seringueira na extração da borracha, ainda analfabeta, de pés no chão, sem perspectivas para sua vida. Estudou, cresceu como cidadã, formou-se em nível superior em História, grande defensora do meio ambiente onde se notabilizou a nível internacional.
Como o Partido do Presidente não obtivera maioria no Congresso Nacional, foram em busca de colaboradores de outras siglas partidárias. Sempre tendo como norma a competência administrativa, bom trânsito junto ao Congresso Nacional e sensibilidade aos anseios sociais. Convém salientar que ao iniciar o seu mandato presidencial, entre os 32 cargos executivos do Presidente, 9 eram de ex. dirigentes sindicais, e outros como o Ministro Gilberto Gil, da Cultura, eram expoentes do meio artístico e cultural com grande trânsito a nível internacional. Foi criada a Secretaria da Pesca e Aquicultura a ser dirigida por José Fritsch, do Estado de Santa Catarina. Foi preciso grande esforço nessa área pois nada havia em termos de infra-estrutura. É´ sabido que o Brasil tem a maior rede hidrográfica do mundo, estando em território brasileiro 12 % da água doce do Planeta. Tem ainda 8500 km de litoral. Então tiveram que formar grupos regionais para levantar as necessidades desse setor novo, tanto no litoral como no interior. Não só nos rios, como em grandes fazendas do interior do País onde se criam peixes, camarões, rãs, jacarés etc, para consumo humano e com grande aceitação no comércio de alimentos, bem como nas barragens, onde existem muitas comunidades de pescadores a recolher muito pescado.Já está funcionando a Indústria de Construção Naval, levada ao abandono em Governos recentes. Estaleiros navais, no Estado do Rio de Janeiro, que já empregaram dezenas de milhares de trabalhadores, já tem hoje encomendas para construir muitos barcos de pesca para renovar nossa frota pesqueira como exportar para Países Africanos, com os quais o Governo Brasileiro busca fortalecer seus vínculos bilaterais, pois o Presidente considera que o Brasil tem uma grande dívida social com a África. Também a Petrobrás, encomendou recentemente a construção de 28 petroleiros de um total de 42. Essa encomenda tem por objectivo, evitar de continuar a pagar fretes a navios estrangeiros quando pode transportar o ouro negro em seus próprios navios. O Brasil comemora nesse momento sua auto-suficiência em produção de petróleo. Com a descoberta de petróleo na camada de pré-sal, nosso país deverá em breve estar colocado entre os grandes produtores mundiais. Mas nosso Presidente já afirmou que não busca participar da OPEP. A intenção da Petrobrás é, com as novas refinarias que serão construídas no Maranhão, Pernambuco e Ceará, agregar valor aos subprodutos, assim como criar milhares de empregos diretos e indiretos na industria petroquímica.
Quando nosso Presidente acabara de ser eleito em Outubro de 2002, o “risco país” estava nos 2560 pontos. Isso significava altíssimo risco nos investimentos internacionais, devido à preocupação da elite dominante com o baixo nível escolar do Presidente. Hoje 10/01/2010, passados mais de 7 anos de governo, o “risco país” está em 191 pontos!!! O sucesso de hoje comprova que escolhemos em Outubro de 2002, um Presidente muito competente.
Roberto Miranda Costa, secretário de finanças do PT.

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