sábado, 21 de agosto de 2010

Importante Jornal inglês estuda Governo LULA

SORTE OU COMPETÊNCIA



N0 dia 14/03/2008, o jornal inglês “ The Guardian” fez publicar um suplemento com 20 páginas a respeito do Brasil. Não é qualquer País que recebe uma cobertura tão forte e detalhada como fez esse Jornal inglês. Fato muito interessante não só por ter abordado o país Brasil, mas pelo volume de informações e detalhes econômicos e sociais que esse prestigioso Jornal divulgou. Abordaram temas como: economia, saúde, agricultura, energia, e cultura, além de um perfil do Presidente Luís Inácio Lula da Silva e da cidade de São Paulo, que eles consideram a cidade do futuro. Hoje, ainda é problemática.
A questão levantada é: até que ponto o sucesso do Governo brasileiro se deve ao Governo Lula ou se o Presidente seria um herói acidental. Uma expressão brasileira: se o cavalo passou arreado….Lula montou e aproveitou. Surfou a onda.
Por divulgação no suplemento, foi citada sua condição de migrante e a origem muito pobre do Presidente que aos 7 anos já engraxava sapatos para levar uns trocados para ajudar sua mãe em casa, até sua situação 50 anos depois já como Presidente do País. Segundo o Jornal, sua história é sedutora por conta do progresso social e econômico que ele conseguiu em seu governo dinâmico, popular, criativo e rígido na economia.
A inflação de 4.3% e a pobreza extrema diminuíram, os investimentos externos e as exportações aumentaram e fala-se muito de um “novo” Brasil. Assim não é surpresa que ele seja festejado dentro do País e quando viaja ao exterior. Pergunta-se se ele é o arquiteto dessas mudanças e puxou o País para cima junto com ele, ou se é o mero acaso que o pôs nessa situação e então ele é um mero sortudo. As condições globais favoreceram o País, pois suas commodities alcançaram altos preços, ao mesmo tempo em que as gigantes China e Índia mostraram sua voracidade por ferro, soja e outros produtos. Décadas de investimentos na Petrobrás e nos bio-combustíveis estão agora dando frutos. Segundo consta nesse suplemento, a sua eleição em 2002 causou apreensão nos investidores de Wall-Street que viam nele um radical de esquerda, socialista que adotaria políticas populistas e nacionalizaria a industria, arruinando o que de bom já estava construído. Mas para surpresa desse setor, ele adotou reformas de maneira cautelosa, foi deixando de lado a figura radical e deu continuidade à política econômica que recebeu, do presidente que saiu, e implementou as mudanças que sua equipe achou por bem fazer, dando ênfase à questão social. Em sua visão de mundo, o País não poderia ficar dependente da economia de outro País, ou de um bloco econômico. Sendo um País capitalista, tinha que ter capital. A diversificação dos negócios é seguramente de seu Governo. Após 5 anos a prudência fiscal e as políticas que agradam o mercado, tornaram os ricos mais ricos, mas o mais importante é que os pobres estão menos pobres. Mas se Lula se mostrou mais inteligente do que se esperava dele, o Jornal inglês afirma que no setor econômico não se sabe se ele teve mais sorte do que inteligência. Lógico que é preciso ver seu início, correndo mundo em busca de diversificar nossas parcerias econômicas. A criação do Grupo G 20 de Países emergentes faz parte de sua estratégia. Em 2007 o mercado de ações cresceu mais de 60%, sinal inequívoco de confiança dos investidores. Não é qualquer país emergente que recebe mais de 35 biliões de dólares de investimentos em um único ano como o Brasil está recebendo: significa confiança. “ A imagem internacional de Lula continua dourada. A história de vida atraente, os abraços de urso, o carisma e ele é visto como um progressista social, muito pragmático, na liderança de um País finalmente realizando seu potencial”. É competência. Muita competência.
Sua aprovação na direção do País continua muito elevada. É uma figura a ser estudada pelos historiadores. Sob sua direção obstinada, o Brasil deixou de ser visto como o País do futebol, Carnaval e da sensualidade, e passou a ser um agente de peso na área econômica global, no combate ás desigualdades socíais e econômicas. Na América latina é visto como um moderado, procurando ver o que outros não vêem, como o conflito recente onde Equador, Colômbia e Venezuela se desentenderam e o Brasil atuou para que eles buscassem uma convergência e entendimento, apesar das feridas do Equador. Afinal o Equador havia sido agredido. Em evento em Araraquara, cidade do Estado de São Paulo Lula afirmou que durante 26 anos o Brasil esteve preparado para não crescer mais do que 3% ao ano. Agora sob seu Governo, quer mostrar que pode-se crescer 4, 5, 6 %, até quanto a economia suportar. Ele só pondera que o consumo não pode ser maior do que sua capacidade produtiva. Se isso ocorrer haverá a volta da inflação que corrói os salários dos trabalhadores. Se cresce muito o consumo e as fábricas não se expandem, aí torna-se perigoso. Mas já está tomando as medidas para evitar que isso aconteça. Então o Estadista tem que ter uma visão abrangente, de forma a comandar o crescimento do País sem deixar que ele corra riscos. É bom frisar que ao receber o Governo em 2002, o caixa tinha 16 biliões de dólares de reserva e dívidas bem maiores que as reservas. Hoje 21/08/2010, já pagou as dívidas e as reservas já estão em 260 biliões de dólares. E o Brasil está emprestando 14 bilhões ao FMI. Assim terá mais força dentro desse Orgão. Esses detalhes mostram sua visão de administrador competente e muito responsável. O crescimento do PIB do Brasil em 2007 foi de 5.4%. Agora em 2010, espera-se crescimento de 7%. No decorrer dos primeiros 5 anos de Governo, mostra que a média é de 1,4 milhão de empregos criados por ano. Está no fim do 2º mandato e em 8 anos, deve criar mais de 13 milhões de empregos com carteira assinada. Com o mundo dentro de uma crise global, o que está sustentando esse crescimento é o mercado interno. Ele frisou nesse evento que hoje as famílias apoiadas pelo governo estão comprando bens duráveis como geladeiras e assim as fábricas de geladeiras aumentam suas produções com novas contratações de trabalhadores, e isso é muito bom, pois dessa forma é que a roda da economia gira. A geladeira é um exemplo. Tem muitos produtos nessas condições. Ao diversificar as transações desde o início de seu Governo, ele buscava fugir da dependência de um ou dois clientes para buscar novas parcerias na África e na Ásia. “ Não se deve guardar todos os ovos na mesma cesta” Hoje em 2010, os Estados Unidos enfrentam uma crise econômica grave, e as economias globais “balançam”, mas o Brasil quase não sente pois esse comércio bilateral corresponde hoje a 18% das exportações do País. Anos atrás era de +- 40%. Dentro do PAC- Plano de Aceleração do Crescimento, elaborado para o 2º mandato, que vai até 2010, tem como meta implantar mais Escolas Técnicas e Universidades, aumentando em muito a possibilidade de ver a juventude brasileira se dedicando cada vez mais aos estudos e à busca animada do conhecimento. Vale lembrar que desde o Império até 2002, foram implantadas 140 Escolas Técnicas e nos 8 anos do Governo Lula, serão entregues mais 214. Uma juventude que se preocupa com os estudos, não vai se envolver com as drogas. Entre 6 e 9 de Março de 2008, o Presidente de Portugal, Dr. Cavaco Silva esteve no Brasil, a convite do Presidente Lula, pelos 200 anos da ida da Família Imperial Portuguesa para o Brasil. Seguramente, ele se fez acompanhar de uma forte equipe de empresários portugueses, para ver o Brasil de hoje, e para assim incrementar novas e fortes parcerias, para fortalecer os laços econômicos e assim gerar mais negócios entre os dois Países. Muito bom para ambos.

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