terça-feira, 17 de agosto de 2010

Reduz a migração interna no país

Um bom sinal da política do Governo Lula. Com Escolas Técnics Federais, no norte, nordeste e centroeste, os estaleiros navais em Pernambuco e agora as refinarias em Pernambuco, Maranhão e Ceará, vão reter os brasileiros em suas regiões.

Em 14 anos, cai o número de migrantes no País, aponta Ipea
Entre 1995 e 2008, número de migrantes passou de 3% da população para 1%, segundo estudo do Ipea
Um estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) aponta que, entre 1995 e 2008, caiu de 4 milhões de pessoas (3% da população) para 3,3 milhões (1,9%) o total de migrantes do País. Além disso, conforme o relatório Migração Interna no Brasil, divulgado nesta terça-feira, 60% dos migrantes encontram-se nas regiões Nordeste e Sudeste.
Os maiores fluxos migratórios se dão do Nordeste para o Sudeste e entre os próprios Estados do Sudeste. A pesquisa aponta que desde o começo da série (1995) até o ano de 2001, o fluxo do Nordeste para o Sudeste era maior que o fluxo inverso, situação que sofreu uma reviravolta nos sete primeiros anos desta década.
Em 2008, o fluxo entre as duas regiões voltou a ser favorável ao Sudeste. O estudo dá como uma das explicações para essa alteração uma mudança de perfil dos migrantes. "Os migrantes do Nordeste para o Sudeste já gozam de melhor situação, em termos de formalização do trabalho, que a dos próprios trabalhadores não migrantes da região Sudeste".
O Instituto destaca que a migração não acontece apenas das regiões mais pobres para as ricas. Um exemplo disso é que a migração do Norte é maior para o Nordeste que para o Sudeste e o fator proximidade é determinante em alguns casos.
Nos 14 anos analisados, o Ipea aponta que a idade da população é um fator que influencia na decisão de migrar. Entre os migrantes do Nordeste para o Sudeste, em 2008, 62,9% foram jovens entre 18 e 29 anos. Mas, o Ipea acrescenta que "na população brasileira em geral, esse indicador já está em diminuição, graças ao processo de envelhecimento populacional".

Educação
De acordo com o Ipea, aumentou a escolaridade dos migrantes no período. "A escolarização aumenta a probabilidade de migração, ou seja, o percentual de migrantes com pelo menos 12 anos de estudo é maior que o de não migrantes nessa situação", diz a pesquisa.
Nas regiões Nordeste e Sudeste os mais escolarizados preferem migrar dentro da própria região, enquanto a decisão de mudar de região fica mais restrita aos menos escolarizados. Já
entre os migrantes das regiões Sul e Centro Oeste ocorre o oposto.

Trabalho
Outro destaque do estudo é o nível de informalidade dos migrantes, que nos primeiros três primeiros anos da série foi maior entre os migrantes do que os não migrantes. Em 2008, conforme o Instituto, houve uma inversão devido à queda maior da informalidade entre os migrantes, com destaque para os vindos do Nordeste para o Sudeste. A informalidade neste grupo passou de 50%, em 2005, para 40,1%, em 2008%. Com isso, diz o Ipea, "os que migraram do Nordeste para o Sudeste se encontravam, em 2008, em melhor situação do que os próprios não-migrantes do Sudeste".
O Ipea pesquisou os anos de 1995, 2001, 2005 e 2008 e utilizou para a análise dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e considerou como migrantes aqueles que mudaram de Estado nos cinco anos anteriores a cada uma das datas usadas na pesquisa.

*Com informações da Agência Estado

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