BRASÍLIA PODERÁ TER UM NOVO GOVERNO PETISTA
Para Agnelo, ausência de Weslian Roriz a debate é "lamentável"
14 de outubro de 2010 •
Claudia Andrade
Direto de Brasília
O candidato ao governo do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) considerou "lamentável" a ausência de sua adversária Weslian Roriz (PSC) no debate desta quinta-feira (15) promovido pela Rede Bandeirantes. "Acho lamentável a minha concorrente não poder participar do debate", disse, logo na abertura do programa, que se transformou em uma sabatina com o petista.
Weslian comunicou a emissora sobre sua ausência por meio de uma carta em que alegou o "clima de insegurança jurídica, de mentiras e de uma sistemática campanha difamatória contra (seu marido) Joaquim Roriz e seu grupo político" como motivo para não participar do programa. Ela também disse ter tido pouco tempo para se preparar para o debate.
"Eu acho lamentável porque eu estou aqui em consideração ao eleitor que merece saber, com profundidade, todos os programas que temos para a nossa cidade. O debate fortalece a democracia. Por isso existe o segundo turno, para que haja um afunilamento das propostas e para que o eleitor possa conhecer essas propostas", afirmou Agnelo.
A candidata do PSC assumiu a campanha no lugar do marido, o ex-governador Joaquim Roriz, dez dias antes do pleito de 3 de outubro. Ao fazer sua estreia em debates, ainda no primeiro turno, seu desempenho foi um dos assuntos mais comentados no Twitter, por causa das gafes e da pouca desenvoltura demonstrada por ela.
Na carta enviada à emissora, Weslian diz ainda que a campanha de seu marido "sangrou" nos últimos meses. E citou a indefinição do Supremo Tribunal Federal sobre o recurso do então candidato contra o indeferimento de seu registro de candidatura.
"A rapidez de todo esse processo político, as agressões gratuitas dos adversários e de parcela da imprensa, o reduzido tempo de preparo para um evento desse tipo, me impõem a declinar o honroso convite desta emissora para participar do debate nesta noite", diz no texto.
O registro de candidatura foi negado a Joaquim Roriz pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) e a decisão foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa. Roriz renunciou ao cargo de senador em 2007 para escapar de um possível processo de cassação, após ser acusado de desvio de recursos públicos.
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