quinta-feira, 28 de outubro de 2010

POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO LULA - 7

NOVO PATAMAR PARA A AMÉRICA-LATINA

Ao lado dos seus vizinhos sul-americanos, em 2004, o Brasil criou a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL). Esse projeto deu expressão concreta ao desejo de integração física e cooperação política dos povos de nosso continente, além de representar uma resposta à ALCA e ao projeto de integração regional subordinada aos Estados Unidos. No seu âmbito, já foram criados os Conselhos de Defesa e de Saúde para o continente, dotando o projeto de densidade e importância.

A primeira Cúpula dos Estados da América Latina e do Caribe (de 2009, na Costa do Sauípe, Bahia) constituiu novo espaço de discussão valioso de um grupo de nações que se vê em situação similar no contexto de globalização econômica e cultural, e em posição semelhante diante da riqueza de seus vizinhos ao norte. Surpreendentemente, foi a primeira vez na história que os países da América Latina se reuniram sem a presença dos EUA.

Nos oito anos do governo Lula, a integração regional deixou de ser tratada como assunto meramente comercial, como era com a dupla Menem-FHC. No caso do Mercosul, houve grande ênfase na dimensão social do bloco, com a criação do Instituto Social do Mercosul (ISM), da Comissão de Coordenação dos Ministros de Assuntos Sociais (CCMAS), além da elaboração do Plano Estratégico de Ação Social (PEAS).

Hoje, o Brasil, ao lado dos outros países do bloco, fortalece a ideia de cidadania mercosulina: é o Estatuto do Cidadão do Mercosul, que amplia os direitos dos cidadãos da região e consolida o conceito de cidadania regional.

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