Lula diz à 'Economist' que não interferirá no próximo governo
Petrobras e Oriente Médio
Na longa entrevista ao site do The Economist, o presidente brasileiro aborda diversos temas, como o maior controle do Estado sobre a Petrobras, as negociações de paz no Oriente Médio e sugestões para o seu sucessor.
Sobre a Petrobras, o presidente defende que o "petróleo pertence ao governo" e afirma que a receita das descobertas do pré-sal precisa beneficiar a população brasileira. O novo marco regulatório do setor, para Lula, é melhor do que a estrutura anterior, que "funciona bem apenas para as empresas petrolíferas".
Lula criticou o processo de negociação de um acordo de paz no Oriente Médio. Segundo o presidente brasileiro, as discussões não incluem todas as vozes necessárias para se chegar à paz.
"Cada vez que eles sentam para conversar, eles ganham um Prêmio Nobel. Eles deram dez Prêmios Nobel pela paz em Israel e Oriente Médio, e a paz não aconteceu. Essas pessoas deveriam devolver seus Prêmios Nobel, já que não há paz."
Sobre o próximo presidente brasileiro, Lula diz que o seu sucessor deve "fazer política com o coração, cuidar dos mais pobres e praticar a democracia até o fim absoluto".
O presidente diz acreditar na vitória de sua candidata, Dilma Rousseff, que "surpreenderá o mundo" quando chegar ao poder.
"A Dilma é tão democrática quanto eu, tão socialista quanto eu e tão responsável quanto eu. Talvez por ser mulher ela possa fazer mais, porque precisamos dar mais poder às mulheres na política", diz Lula.
Lula diz que seu sonho é ver o próximo presidente ajudar mais pessoas pobres a chegarem à classe média pobre.
Ele disse que não pensa, no momento, em se candidatar à Presidência em 2014.
"Terei 68 anos. Aos 68, os anos pesam. Se eu eleger a Dilma e ela for boa, ela terá que ser candidata à reeleição." BBC Brasil -
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