quinta-feira, 18 de abril de 2013

SE OS ESTADOS UNIDOS RECLAMAM, É PORQUE O BRASIL INCOMODA

EUA acusam Brasil de protecionismo em leilão de banda larga de US$ 40 bi

Empresas americanas de telecomunicações estão de olho na licitação para a faixa de 700 MHz da tecnologia 4G, prevista para 2014

04 de abril de 2013 | 22h 04

Jamil Chade, correspondente
GENEBRA - A Casa Branca questiona o governo brasileiro por estar considerando repetir práticas "discriminatórias" no leilão em 2014 para a faixa de 700 MHz e exigir que empresas cumpram critérios de produção nacional para poder ser consideradas pela Anatel no processo.
 
O questionamento faz parte de informe da Casa Branca sobre a situação do mercado de telecomunicações no mundo, no qual Washington aponta o Brasil como um país que está adotando medidas protecionistas.
A preocupação da mais alta esfera política nos EUA não ocorre por acaso. Na avaliação dos americanos, o leilão de 2014 poderá arrecadar 20 vezes mais que o leilão do 4G já realizado em 2012 e será uma das prioridades mundiais das empresas americanas.
A faixa será usada para serviços de banda larga e o próprio governo americano já indica que o interesse das empresas dos EUA será superior ao do leilão das faixas de 450 MHz e 2.5 GHz, usadas para 4G. "A faixa 700 MHz é considerada muito mais atrativa para a indústria americana porque o mercado tanto para serviços quanto para equipamentos para essa banda é muito maior que para as faixas licenciadas em 2012", diz o informe.

Segundo a Casa Branca, os leilões do 4G no Brasil arrecadaram US$ 2,9 bilhões. "Já o leilão da faixa de 700 MHz poderá trazer cerca de US$ 40 bilhões", indicou. "Ainda que não tenha ocorrido um anúncio formal ainda, existe a preocupação de que o Brasil vai tentar incluir uma mesma exigência de conteúdo nacional para empresas que queiram fazer suas ofertas para a faixa de 700 MHz."
Em 2012, o governo americano atacou o Brasil por exigir que empresas apresentassem propostas com compromisso de produzir peças e tecnologia no País, além de software e sistemas de rede. Segundo os americanos, a Anatel exigiu que o operador garantisse que a tecnologia instalada nos próximos dez anos tivesse 70% de peças nacionais.
"Além dos efeitos discriminatórios dessa política, existe a possibilidade de que essas exigências tenham deprimido os preços obtidos pelo Brasil no leilão", indicou. "O Escritório de Comércio dos EUA já levantou essa preocupação com o Brasil, tanto de forma bilateral quanto na OMC."

Protecionismo.

As críticas americanas fazem parte de uma ofensiva de Washington à política comercial brasileira. No início desta semana, outro informe da Casa Branca atacou as barreiras brasileiras no setor do petróleo, denunciou uma explosão dos subsídios à agricultura, a proteção ao setor de tecnologia e a manipulação de tarifas de importação.
Durante décadas, o Brasil tem acusado os EUA de subsidiar de forma desleal sua agricultura, afetando as exportações nacionais. Agora, é a vez de os americanos apontarem o dedo para o País. De R$ 156 bilhões em financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à economia brasileira em 2012, R$ 18 bilhões teriam ido para a agricultura, 74% mais do que em 2011.
A administração de Barack Obama fez uma ampla acusação ao Brasil por práticas protecionistas, além de usar impostos e taxas de juros para "proteger as indústrias domésticas e administrar preços".
Com a crise nos países ricos, as empresas americanas não escondem que sua estratégia é buscar negócios nos mercados emergentes. Mas a constatação é que as condições para entrar no mercado brasileiro são cada vez mais restritas. Segundo a Casa Branca, desde 2010 o Brasil vem adotando leis que dão "preferência a empresas que produzem no País".

OBS: OS REIS DO PROTECIONISMO AGORA RECLAMAM. SINAL DE QUE O GOVERNO DILMA ATUA NOS INTERESSES DOS BRASILEIROS. TIVEMOS, ANOS ATRÁS, UM FATO OCORRIDO NO GOVERNO FHC (O SÁBIO), EM QUE PARA PARA ENTRAR NO PAÍS, UM DIPLOMATA BRASILEIRO, MINISTRO DO SÁBIO TEVE QUE TIRAR OS SAPATOS PARA PASSAR EM REVISTA NO AEROPORTO DE NOVA YORK. ERA SERVILISMO TOTAL.


O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer passou por uma situação constrangedora, fato que teve amplo impacto negativo pois tirou os sapatos em um aeroporto americano como exemplo da submissão do governo Fernando Henrique Cardoso aos EUA, fato que ocorreu em 31 de janeiro de 2002. Segundo o IPEA, “Este comportamento [tirar os sapatos], reiterado nos aeroportos de Washington e Nova York durante esta visita oficial, poderia ser considerado uma simples anedota, não fosse Celso Lafer o chanceler brasileiro”(http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/06/14/celso-lafer-descalco-em-aeroporto-exemplifica-submissao-de-fhc-aos-eua-diz-estudo-do-ipea.jhtm).



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