quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CRESCE A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NESSA ELEIÇÃO DE 2012

Eleições 2012

Participação de mulheres nas eleições municipais cresce 85% em relação a 2008

Manuela D’Ávila, candidata em Porto Alegre, avalia que a oportunidade reflete boa atuação do sexo feminino no poder; em São Paulo, três mulheres concorrem ao cargo

Marcelo Ribeiro - Brasil Econômico
24/08/2012

Manuela D'Ávila, do PCdoB, é uma das candidatas à prefeitura de Porto Alegre na eleição deste ano. A participação de mulheres nas disputas eleitorais das cidades brasileiras avançou 85,8% este ano em relação ao pleito anterior, de 2008, considerando os cargos eletivos de prefeito, vice-prefeito e vereadores. Dos 480.131 candidatos este ano, 150.982 são do sexo feminino, o que corresponde a 31,4% do total.

Segundos informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do total de candidatos que concorrem a prefeituras, 1.942 ou 12,5% são mulheres. Entre os que pleiteiam a vice-prefeitura, o sexo feminino corresponde a 17,2% ou 2.709.

No mesmo sentido, 32,5% dos que pretendem ocupar uma vaga nas Câmaras são mulheres, totalizando 146.331 candidatas. Com isso, pela primeira vez o número de candidatas mulheres para o cargo de vereadora ultrapassa o mínimo exigido pela lei (30%).

Para Maria do Socorro Braga, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), o maior número de mulheres na política iniciou a partir da exigência legislativa de que o sexo feminino correspondesse a uma parcela das legendas dos partidos. “Essa atitude está induzindo os partidos a atraírem o público feminino. Agora, eles precisam delas constitucionalmente.”

Maria do Socorro acredita que o aumento da demanda social pelos movimentos feministas também foi responsável por essa tendência, já que as mulheres vislumbraram na política uma possibilidade de exigir a inclusão e o cumprimento dos direitos de igualdade. “Ainda assim, em termos de representatividade, estamos bem longe dos 50%, que representaria uma disputa igualitária.”

De acordo com Frederico de Oliveira Henriques, professor da faculdade de Ciências Sociais da PUC-Campinas, desde o início do processo de democratização, tem se tentado estabelecer essa conjuntura. Os especialistas acreditam que o fato de termos uma presidente mulher incentivou que mais mulheres se interessassem por obter uma participação no Poder Executivo.

“Estamos realizando uma curva crescente se compararmos a participação da mulher no governo. Com a eleição de Dilma Rousseff , e os 20 milhões de votos para Marina Silva, é possível afirmar que o brasileiro já quebrou muitos tabus machistas”, conclui Maria do Socorro, relacionando ao fato de a escolha de Dilma ter acontecido em função do apoio que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .

OBS: EM INDAIATUBA CRESCEM AS ESPECTATIVAS DE TERMOS MULHERES ELEITAS, QUE ATUARÃO NA CÂMARA DE FORMA COMBATIVA, DEFENDENDO PROPOSTAS DA SOCIEDADE CIVIL. ATUALMENTE TEMOS NA CÂMARA UMA MULHER, MÉDICA, MAS QUE NÃO MOSTROU SENSIBILIDADE PARA O CÁOS DE NOSSA SAÚDE PÚBLICA. ENTRE AS POSTULANTES DE NOSSO PARTIDO, DESPONTAM AS COMPANHEIRAS JACIARA E DANIELA.


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