quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PORTUGAL CORTA GANHOS DOS TRABALHADORES PARA COMBATER A CRISE

Europa amplia medidas de austeridade

Em Portugal, aumento de imposto significará, na prática, corte do 13º salário no setor privado; orçamento francês prevê alta de tributos

08 de setembro de 2012

 Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo

GENEBRA - Portugal decidiu retirar um salário inteiro dos trabalhadores do setor privado e reduziu a renda anual do país em 7%. O anúncio ocorreu justamente no momento em que indicadores apontaram que a recessão é mais profunda do que se imaginava. Ontem, a Europa divulgou uma série de novas medidas de austeridade.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho (na foto), anunciou que os trabalhadores do setor privado passarão a sofrer um desconto de 18% de seus salários para financiar a Segurança Social, taxa que era de 11% até agora. Na prática, a medida representa o fim do 13º salário no país, algo que já havia sido cortado dos funcionários públicos.

A medida entrará em vigor em 2013 e aliviará a tributação que era cobrada sobre as empresas. ParPassos Coelho, a iniciativa tem como meta evitar que empresas continuem a demitir. Na prática, trabalhadores trocariam um salário pela promessa de serem mantidos nos cargos.

"O desemprego ameaça a recuperação econômica e é a maior causa de angústia para as famílias", disse o chefe de governo, que escolheu um horário nobre da TV para fazer o anúncio, 15 minutos antes do início do primeiro jogo de Portugal nas Eliminatórias para a Copa de 2014.

O governo também indicou que a mesma situação será mantida aos funcionários públicos em 2013 e aposentados também ficam sem os benefícios. Para Passos Coelho, suas medidas significam que trabalhadores dos setores privado e público terão um "esforço comum" na recuperação da economia.

Em junho de 2011, a Justiça portuguesa havia declarado ilegal o fim do 13.º salário apenas para os funcionários públicos, argumentando que essa seria uma injustiça em relação aos demais. O governo decidiu, portanto, que ninguém receberá o benefício, acabando com a "injustiça".

"A emergência financeira não acabou", disse ele, alertando que não há como ter "soluções indolores". A oposição alertou que a medida vai asfixiar ainda mais a economia. Para Carlos Zorinho, representante do Partido Socialista, a decisão é um "erro muito grave". "Isso foi um roubo", declarou Jerônimo de Sousa, secretario geral do Partido Comunista Português.

Para receber € 78 bilhões, Portugal adotou um duro plano de cortes, incluindo a elevação do IVA (equivalente ao ICMS no Brasil) para 23%, privatizações e corte de salários.

As medidas foram anunciadas no mesmo dia em que dados oficiais mostraram uma agonia na economia. O Produto Interno Bruto (PIB) desabou 3,3% no segundo trimestre, queda bem mais forte que a redução de 2,3% no primeiro trimestre do ano.

O consumo doméstico foi reduzido em 7,6% e os investimentos caíram quase 19%, o que representou uma aceleração da crise em comparação ao início do ano. Nem as exportações foram poupadas. Com a Espanha, outro país em crise, sendo o principal destino dos bens portugueses, as vendas registraram uma alta de apenas 4,3%.

OBS: ESSAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE ESTÃO ACONTECENDO NA EUROPA. NOSSO PAÍS CONTINUA COM SUA POLÍTICA DE AUSTERIDADE, E EM BUSCA DE MELHOR DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E DE RIQUEZAS.
ESSE ANO DE 2012, NOSSO GOVERNO JUNTO COM O BANCO CENTRAL, CONTINUAM A MANTER UMA PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DO NOSSO PIB EM + - 4 %.
O GOVERNO DA PRESIDENTE DILMA TRABALHA COM DADOS REALISTAS. NÃO SONHA. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário