'Preferi sair a roubar', diz médico prefeito que renunciou
Márcio Faber (PV) abriu mão de um salário bruto de R$ 5.8 mil por mês para se dedicar à ginecologia e obstetrícia, onde diz ganhar vezes mais
01 de agosto de 2013 | 16h 56
José Maria Tomazela - Agência Estado
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Casado, 35 anos, pai de duas filhas, Faber contou que sua situação financeira se complicou com a redução de salário e ele não estava conseguindo dar à família o mesmo padrão de vida. "O prefeito que quer ficar milionário na prefeitura, ele fica, mas não nasci para isso. Meu pai não me ensinou a ser assim, por isso preferi deixar o cargo", disse. O agora ex-prefeito já conseguiu trabalho. Nesta quinta-feira (1), ele passou a atender em unidades de saúde na região de Itapetininga.
Na cidade, de 17.999 habitantes, sua decisão divide opiniões. "Ele não estava conseguindo cumprir as promessas de campanha e havia indícios de que continuava atuando como médico. Ele acabou saindo porque a Câmara começava a investigar", disse o presidente do Legislativo, Leonardo de Araújo (PSDB). "Ele pegou a cidade destruída e estava ajeitando, é um político honesto", defendeu o servidor municipal Flávio Dias.
Faber garantiu que seu governo ia bem e o único fator que pesou em sua decisão foi mesmo a questão salarial. "Deixo a prefeitura arrumada e em boas mãos, com pessoas honestas nos lugares certos." Ele foi eleito em outubro de 2012 com 5.873 votos. Era a primeira vez que o médico concorria a um cargo público. Com a renúncia, o vice-prefeito Antonio Hiromiti Nakagawa (PV) assumiu a prefeitura.
OBS: NA FOTO ACIMA, MÁRCIO FABER QUE RENUNCIOU E ABAIXO SEU VICE PREFEITO QUE ASSUMIU, ANTONIO HIROMITI NAKAGAWA.
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