sábado, 15 de dezembro de 2012

O BRASIL "PARCEIRO", É CORTEJADO NA FRANÇA

Carta Capital
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15.12.2012
Paris se encanta

A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula passaram por Paris com o desembaraço das lideranças vitoriosas, recebidos com entusiasmo e, no caso da presidenta, com as mesuras reservadas somente aos grandes chefes de Estado. Referências à campanha midiática movida no Brasil na tentativa de criar problemas na perspectiva das eleições de 2014 só houve por parte dos jornalistas brasileiros chamados a cobrir a visita.

Lula foi visto como o primeiro presidente brasileiro empenhado na aplicação de uma política econômica e social capaz de resgatar muitos brasileiros de séculos de miséria e também como herói do sindicalismo em uma França onde os sindicatos já exerceram um papel bem mais significativo do que se dá hoje. E Dilma apareceu como sua digna sucessora, a superar inclusive as expectativas com seu comportamento composto e atilado. O nome de Marcos Valério nem sequer foi murmurado à margem de cerimônias e debates, tampouco o pedido de demissão do ministro Guido Mantega formulado pela The Economist pareceu comover autoridades e jornalistas franceses.

Dilma e Lula passam pela Cidade Luz como líderes vitoriosos, recebem mesuras e aplausos

Ao lado da presidenta Dilma Rousseff, o presidente francês, François Hollande, já no final de seu discurso para saudar os convidados ao jantar de gala no suntuoso Palácio do Élysée, anunciou na terça-feira 11: “Ampliaremos várias cooperações, como na área de defesa, embora não em relação aos aviões”. Hollande, simpático e acessível, estampou um sorriso de Mona Lisa. O presidente referia-se, não sem alguma ironia, à decisão brasileira de adiar a compra de 36 caças Rafale da francesa Dassault. Mas a plateia riu.

Foi a primeira visita de Estado de Dilma à França. Com a presidenta vieram ministros, como o da Fazenda, Guido Mantega, cuja demissão foi solicitada candidamente pela The Economist. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também marcou presença no Fórum pelo Progresso Social – O Crescimento como Saída para a Crise, organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès. Seu discurso final foi muito ovacionado.

OBS: NUMA ETAPA EM QUE OS NEGÓCIOS SÃO IMPORTANTES PARA A ATIVIDADE ECONÔMICA, DILMA E LULA FORAM RECEBIDOS E MUITO ELOGIADOS PELAS SUAS CONTRIBUIÇÕES E EXPERIÊNCIAS NO ENFRENTAMENTO DA CRISE GLOBAL. É BOM LEMBRAR QUE NO TEMPO DE LULA, HOUVE O INÍCIO DA CRISE EM 2008. NESSA ÉPOCA, LULA ABRIU SUA "CAIXA DE FERRAMENTAS", COM MEDIDAS DE ESTÍMULO AO  CRÉDITO E AO CONSUMO INTERNO, E ESTÍMULOS AOS EMPRESÁRIOS PARA QUE NÃO TIVESSEM MEDO DA CRISE. OBTEVE SUCESSO.

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