domingo, 16 de dezembro de 2012

NOSSOS PLANEJADORES URBANOS PRECISAM PENSAR UM POUCO MAIS: DEVEM PENSAR ALÉM DOS "GANHOS FINANCEIROS", DEVEM INTERAGIR COM O MEIO AMBIENTE

Toronto quer diminuir o número de mortes nos céus da cidade

Toronto – À sombra das enormes torres negras da sede de um banco no centro da cidade, havia na calçada uma massa de plumas acinzentadas difíceis de distinguir.
Toronto – À sombra das enormes torres negras da sede de um banco no centro da cidade, havia na calçada uma massa de plumas acinzentadas difíceis de distinguir.

Era o corpo de um pobre Regulus satrapa que se chocou contra o icônico prédio do Toronto-Dominion Center.

Não se sabe exatamente quais são as cidades mais mortais para pássaros migratórios, mas Toronto certamente é uma forte candidata ao título. Quando uma equipe de documentaristas britânicos quis filmar os pássaros mortos pelo choque com os vidros, o ornitólogo Daniel Klem Jr., do Muhlenberg College, em Allentown, Pensilvânia, que estuda o problema há 40 anos, os trouxe até aqui, onde centenas de pássaros passam pelo céu, chocando-se de tempos em tempos com o concreto.

"Eles morrem em todo o canto, onde haja até mesmo a menor janela de garagem", afirmou Klem. "No caso de Toronto, talvez por conta do número de prédios e pássaros, a situação é mais dramática."

Tantos pássaros trombam com as torres envidraçadas da cidade mais populosa do Canadá, que voluntários vasculham o chão do distrito financeiro em busca deles antes do amanhecer todos os dias. Eles carregam sacos de papel e redes de borboletas para resgatar os pássaros feridos do corre-corre dos pedestres ou, infelizmente, para recolher os corpinhos dos que morreram.

O grupo por trás da observação dos pássaros, o Programa de Conscientização das Luzes Mortais, conhecido como FLAP, estima que de 1 a 9 milhões de pássaros morrem todos os anos em colisões com prédios na área de Toronto. O fundador do grupo já recuperou sozinho 500 corpos em uma manhã.

O moderno horizonte de Toronto começou a crescer nos anos 1960, com diversas estruturas cobertas de vidro, formando uma longa parede ao longo da costa noroeste do Lago Ontário. A barreira atravessa diversas rotas migratórias, e são as primeiras grandes estruturas que os pássaros encontram em sua jornada em direção às áreas selvagens do norte.

Ainda que esses fatores tornem os prédios de Toronto especialmente fatais, Klem também foi rápido em dizer que a cidade é a mais preocupada com o problema na América do Norte.

OBS: A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA EM NOSSA CIDADE ESTÁ VERTICALIZANDO A CONSTRUÇÃO CIVIL. SEGUIR O EXEMPLO DE TORONTO SERIA MUITO BOM PARA NOSSA CIDADE: ELES TEM ESSE PROBLEMA COM AS AVES, MAS SÃO A CIDADE MAIS PREOCUPADA DA AMÉRICA DO NORTE. UMA AGRAVANTE NESSE CASO É QUE A ROTA MIGRATÓRIA DE MUITAS ESPÉCIES DE AVES, PASSA JUSTAMENTE NESSA REGIÃO DO CANADÁ, UM DOS PAISES MAIS DESENVOLVIDOS DO MUNDO.





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