sábado, 7 de dezembro de 2013

HADDAD PRECISA FICAR ATENTO. OS VEREADORES "ADORAM" ENCAIXAR SEUS CABOS ELEITORAIS EM CARGOS DA ADMINISTRAÇÃO. A DIFICULDADE NA APROVAÇÃO DE PROJETOS DO EXECUTIVO FAZEM PARTE DESSA "QUEDA DE BRAÇO" ENTRE EXECUTIVO E LEGISLATIVO. HADDAD TEM EM SUA EQUIPE, UMA PREDOMINÂNCIA DE TÉCNICOS, QUE JÁ RECEBEU CRÍTICAS DE LULA. NESSE PONTO HADDAD ESTÁ CORRETO. UMA BOA ADMINISTRAÇÃO TEM QUE SE APOIAR EM TÉCNICOS. TEM QUE HAVER PLANEJAMENTO, TEM QUE PENSAR A LONGO PRAZO, TEM QUE OUVIR A POPULAÇÃO, TEM QUE PENSAR NO SOCIAL. O EX-PRESIDENTE LULA NÃO PODE DITAR AS REGRAS DA EXECUÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA MUNICIPAL. O ELEITO FOI HADDAD. A RESPONSABILIDADE É DE HADDAD.

Sem apoio, base de Haddad abandona sessão.

Vereadores governistas não conseguiram votar propostas do Executivo, como a criação de cargos na Controladoria-Geral

06 de dezembro de 2013 | 2h 03

Adriana Ferraz e Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo

A 15 dias de a Câmara Municipal encerrar o ano, o prefeito Fernando Haddad (PT) corre o risco de não conseguir autorização para tirar do papel alguns de seus principais projetos para 2014, como a concessão de 32 terminais de ônibus, a criação de 1,3 mil vagas privadas de estacionamento e a abertura de 100 vagas de auditores na Controladoria-Geral do Município, órgão de combate à corrupção. Ontem, a base fiel ao governo abandonou a sessão, logo após não conseguir apoio para votar a venda de créditos de um fundo municipal com R$ 300 milhões em recursos transferidos pela Sabesp.

A paralisia nas votações do governo, incomum nas últimas sessões do ano, reflete a insatisfação de integrantes da base governista que se rebelaram em novembro, após perderem cargos nas subprefeituras. As exonerações teriam sido uma resposta da gestão petista aos parlamentares que votaram contra o aumento do IPTU, entre eles 14 vereadores da base. Sem cargos, parlamentares de sustentação ao Executivo, caso de Adilson Amadeu (PTB), Edir Sales (PSD) e Sandra Tadeu (DEM), por exemplo, deixaram de apoiar os projetos de Haddad e passaram a usar o plenário e as comissões do Legislativo para criticar o prefeito. Na eleição da presidência do Legislativo, marcada para o dia 15, a oposição ao governo tenta arregimentar apoio entre os dissidentes para lançar Milton Leite (DEM) como adversário do governista José Américo (PT), atual presidente, que tenta a reeleição.

Mesmo diante do clima adverso na Casa, o governo esperava ontem obter dos vereadores aval para abrir duas Parcerias Público-Privadas (PPPs) que podem render R$ 4 bilhões aos cofres municipais até 2034. Era prioridade máxima do governo conseguir as autorizações para conceder à iniciativa privada a exploração de 1,3 mil vagas de estacionamento e de 32 terminais de ônibus. A última sessão do ano deve ocorrer no dia 17 e, até lá, o governo ainda precisa usar suas sessões para aprovar o Plano Plurianual e o Orçamento de 2014 em segundas votações. Ou seja, vão restar duas sessões para aprovar pelo menos 10 projetos do Executivo.

Rebelião. No início da sessão de ontem, o líder do governo, Arselino Tatto (PT), quis colocar os projetos do Executivo na frente das propostas de vereadores. Mas foi surpreendido ao ver antigos aliados se unirem ao PSDB na tentativa de inverter a pauta e priorizar os projetos de vereadores. Às 16h, a sessão terminou por falta de quórum. A saída dos vereadores governistas do plenário revoltou os outros parlamentares. Tatto informou que vai tentar fazer uma nova votação na terça-feira.

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