domingo, 8 de dezembro de 2013

JUSTIÇA EM SÃO PAULO, A SERVIÇO DA EMPRESA "ECOVIAS". JUSTIÇA PROIBE QUE NOSSOS CICLISTAS USUFRUAM DE BELÍSSIMO PASSEIO NA DESCIDA DA SERRA DO MAR, ENTRE SÃO PAULO E SANTOS. ESSA ESTRADA FOI A PRIMEIRA A SER CONSTRUIDA NA REGIÃO. ESSA ROTA ERA UTILIZADA POR TROPEIROS QUE DESCIAM A SERRA LEVANDO CAFÉ EM LOMBO DE BURROS PARA O PORTO DE SANTOS. COM O PASSAR DOS ANOS, ESSA ESTRADA FOI PAVIMENTADA E UTILIZADA POR AUTOMÓVEIS. É UM TRAJETO LINDO. SE A "ECOVIAS" AFIRMA QUE HÁ FALTA DE SEGURANÇA, QUE O GOVERNO ALKMIN CUIDE DE DAR A DEVIDA SEGURANÇA. PROIBIR, NOSSOS CICLISTAS DE PRATICAREM SUA ATIVIDADE DE LAZER É O MAIOR ABSURDO !!!! UMA VERDADEIRA BURRICE.

Justiça proíbe rota turística de bike entre SP e Santos .

O caso foi julgado após pedido da Ecovias, que alega falta de segurança no percurso; um protesto foi convocado pela internet

07 de dezembro de 2013 | 2h 07


CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo

Um tradicional passeio de ciclistas e ciclo-ativistas paulistanos foi proibido pela Justiça. Em decisão publicada anteontem, o juiz Sérgio Ludovico Martins, da 4.ª Vara da Comarca de Cubatão, no litoral, vetou a realização, amanhã, da chamada Rota Cicloturística Márcia Prado pela Rodovia dos Imigrantes. No percurso, que tem esse nome em homenagem à ciclista morta em 2009 na Avenida Paulista, os participantes querem ir de São Paulo a Santos pela estrada que corta a Serra do Mar.

O caso foi julgado após um pedido da concessionária Ecovias, responsável por administrar o sistema Anchieta-Imigrantes. Em sua decisão, o magistrado argumentou que, apesar de a "recente crise de mobilidade urbana" que acometeu o País trazer "consigo o fomento a modais diversos do veículo automotor", no caso referido, "o lugar público se refere a rodovias de alta concentração de carros de passeio e caminhões pesados, com vários trechos desprovidos de acostamento, destacando-se os inúmeros túneis".
Ludovico prossegue dizendo que "no ínterim de um estado democrático de direito se mostra incabível ventilar-se da existência de direitos absolutos", o que, em sua avaliação, faz com que "seja mitigada a prerrogativa dos usuários de livre circulação e manifestação em detrimento da própria segurança e da segurança de terceiros".
Para o cicloativista Willian Cruz, do site Vá de Bike, a interpretação desrespeita o direito de ir e vir e o artigo 58 do Código de Trânsito Brasileiro. O juiz impôs a multa diária de R$ 300 mil em caso de descumprimento. E oficiou a Polícia Militar Rodoviária a realizar uma "vigilância" para "evitar a ocorrência de acidentes em rotas ciclísticas".
Para Guilherme Moraes da Silva, conselheiro jurídico do Instituto CicloBR, a concessionária tem dinheiro para adotar uma solução. O instituto foi citado pelo juiz como um dos organizadores do evento de amanhã, mas Silva diz que a entidade não está por trás do passeio. "Causa estranheza essa decisão. Ele cita coisas que não fazem sentido, como, por exemplo, os túneis. Mas a rota não passa pelos túneis", afirma.
Na página do evento no Facebook, quase 500 pessoas tinham marcado presença até ontem. O chamado é para uma "manifestação pacífica" pelo percurso, às 8h, saindo da Estação Grajaú da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Em nota, a Ecovias informou que, "para garantir que o evento não ocorra sem as necessárias autorizações e comprometa, assim, a segurança de todos, a justiça acatou o pedido da Ecovias para impedir a realização da prova".

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Estrada da Maioridade
O nome original da estrada. Tem esse nome em homenagem a maioridade de D. Pedro II. Ela foi construida praticamente junto com a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, que absorvia quase todo o seu trafego. apresentava um trajeto muito sinuoso, mas era um monumento da engenharia, pois sua antecessora, a Calçada do Lorena nao tinha mais que um metro de largura, enquanto nessa era possível, inclusive, a passagem de carruagens. Com o tempo, caiu no abandono. Veio então, a primeira reforma.

Estrada do Vergueiro

A Estrada da Maioridade continua recebendo manutenção, e entre 1862 e 1864 ela passa novamente por uma grande reforma, cuja principal característica é a refacção de alguns trechos para o melhor aproveitamento da estrada, como a chamada curva da morte, uma curva bem fechada em plena descida onde eram muito comuns os acidentes, vários deles causando a morte das pessoas, e após essa reforma a curva ganhou uma abertura bem maior. Mesmo com a ferrovia absorvendo quase todo o tráfego entre a planície e o planalto, a estrada continuou recebendo manutenção.

Caminho do Mar


 
Vista da rodovia.
Nas primeiras décadas do século XX, São Paulo passa por uma "reconstrução", financiada pelo capital proveniente das exportações de café. Por essa época é difundido o uso de automóveis. Também por essa época, ocorre uma troca de valores: os governos construíam sempre várias ferrovias, e a partir desta época os recursos públicos passaram a ser destinados à construção de rodovias, deixando as ferrovias em segundo plano e dando a elas o aspecto de "coisa do passado" que ainda existe até hoje. Em 1913 a demanda de automóveis entre a planície e o planalto é muito grande, e a Estrada do Vergueiro é macadamizada , permitindo o uso de automóveis na estrada, e logo depois pavimentada com asfalto, tornando-se a primeira estrada asfaltada da América Latina destinada para veículos de motor à explosão. Posteriormente seria popularmente conhecida como Estrada Velha de Santos.

Monumentos

Em 1922, o então governador de São Paulo, Washington Luis, mandou construir alguns monumentos pela estrada para comemorar o centenário da independência. São eles(do alto da serra para baixo):

Pouso Paranapiacaba

  • km 44 - Do tupi, Paranapiacaba quer dizer "Lugar do qual se vê o mar". Em dias limpos e sem neblina (situação difícil de se encontrar na serra) realmente dá para ver o mar, bem longe. Fica bem na alto da serra antes de começar as grandes curvas, mas já na descida da serra. Alguns dizem que Pedro I se encontrava com a Marquesa de Santos lá, o que é um tremendo absurdo, pois o rompimento do casal ocorreu em 1829, a Marquesa morreu em 1867, o Imperador voltou para Portugal em 1831, morrendo em 1834 e, como já foi dito, o Pouso foi construído em 1922. Era usada como parada para os carros descansarem após a subida ou se prepararem para a descida. Contava inclusive com uma bica para fornecer água para os radiadores dos carros.





 

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