sábado, 12 de maio de 2012

MAIS MATÉRIA LIGADA AO AMBIENTE


O produtor Flávio Marchesin comprou um sítio em São Carlos há quarenta anos. Em vez de virar agricultor, ele decidiu ser um produtor de natureza e começou a reflorestar nascentes numa época que ninguém falava de ecologia. Depois motivar o plantio de 30 mil árvores, a paisagem no local mudou. “Tinha muita coisa errada aqui na época, porque não tinha essa consciência como se tem hoje”, afirmou.


O pomar de Marchesin tem cerca de quatro mil árvores, 85 espécies nativas. Com fartura de alimentos, os bichos começaram ai ir para lá. “Dentro dessa pequena floresta, nós já vimos cervo, várias espécies de tatu, de serpentes... Eles sentem que aqui estão protegidos”, diz.

Para os pássaros ficou fácil fazer um banquete. Depois da refeição, eles têm uma tarefa: espalhar as sementes. Os outros animais fazem o mesmo. Para continuar o ciclo, a aroeira pimenteira estende o tapete vermelho de sementes. São milhares, mas a natureza é seletiva, conta o produtor. “Vai ser uma disputa entre elas, aquelas que conseguirem sobreviver acaba se formando uma nova árvore.”

As minúsculas trabalhadoras também buscam alimento no pomar verde. As formigas dão duro para garantir a comida durante o inverno. No alto das árvores, as aranhas se multiplicam, encontram o abrigo ideal para se proteger dos predadores e desaparecem no meio de tanto verde.

A faixa de preservação permanente às margens do rio tem 120 metros, quatro vezes mais larga que o exigido pelo Novo Código Florestal. A ideia de recuperar a mata ciliar ganhou aliados e os fazendeiros vizinhos multiplicaram as mudas. Desde 2006, já plantaram 30 mil árvores.

O rio da área é o Ribeirão Feijão. Quase metade dos moradores de São Carlos bebe e usa a água dele, que também irrigam a lavoura. Os tons de verde dão vida à paisagem: alface, repolho, couve-flor. São 80 dúzias de verduras e legumes por dia. E Marchesin tem a resposta para tanta fartura. “O agricultor tem que respeitar a terra, porque é da terra que produz.”

Na propriedade não há disputa, tem espaço para tudo. Floresta e produção agrícola ficam lado a lado e essa aproximação traz resultados. As árvores ajudam a segurar o vento, principalmente o vento frio que traz prejuízos para a lavoura. Assim, as folhas das hortaliças ficam mais vistosas e têm mais mercado.

A mata também controla os predadores. “A gente tinha uma incidência muito grande de lebre que comia minha verdura aqui. Com essa implantação da floresta, continua tendo as lebres que a gente vê elas dentro da floresta, mas como ela tem o alimento dela natural lá, ela acaba não vindo atacar nossa produção”, conta Marchesin.

Para ele, o produtor do futuro tem que encontrar o equilíbrio. “Quando você está fazendo uma coisa que você gosta, você não precisa de muito dinheiro para sobreviver. Você se acostuma a ter uma vida simples, né? E acho que a natureza mostra esse lado de simplicidade.”

OBS: EIS UM EXEMPLO DE COMO SE DEVE CUIDAR DA NATUREZA. ENQUANTO OS GANANCIOSOS DESTROEM A NATUREZA VIZANDO SEUS PROJETOS DE GULA PARA O ENRIQUECIMENTO, O COMPANHEIRO FLÁVIO MARCHESIN, JÁ PLANTOU MILHARES DE ÁRVORES, REFAZENDO UMA NATUREZA QUE ESTAVA QUASE MORTA E HOJE MOSTRA UMA PUJANÇA MAGNÍFICA.

EM NOSSO PARQUE ECOLÓGICO PODE SER FEITO ALGO SEMELHANTE, PROCURANDO VER COMO A NATUREZA SE REFAZ,  DIVERSIFICANDO SUAS ESPÉCIES E PRODUZINDO MUITO MAIS BELEZA NESSE AMBIENTE. É PRECISO VONTADE POLÍTICA E NÃO GULA NO ENRIQUECIMENTO PESSOAL. E VER ESSES RESULTADOS É FÁCIL: SÃO CARLOS FICA BEM PERTINHO DE NOSSA CIDADE. LÁ PODEREMOS APRENDER, E MUITO !!!



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