quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ESTIVADORES; UMA CATEGORIA PROFISSIONAL SOLIDÁRIA E MUITO UNIDA.

Governo estuda medida que garante renda de portuários

Ministério do Trabalho estuda mecanismos de remuneração para quem está inativo

Brasil Econômico- Edla Lula |
O governo estuda criar mecanismos para garantir a renda mínima para trabalhadores portuários, conforme determina a Convenção 137 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário. A reivindicação é antiga, mas os portuários aproveitaram a votação da MP dos portos para pressionar o governo a solucionar o problema, já que se trata de uma categoria avulsa, sem as proteções garantidas pela CLT, como seguro-desemprego ou aposentadoria.

“Estamos estudando para já esta solução. É uma coisa que deveria ter sido feita antes. Acontece que nem os trabalhadores se organizaram para isso nem o governo deu uma resposta. Nós temos a oportunidade agora para resolver a questão”, disse a ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, em conversa com jornalistas, juntamente com o secretário de Portos, Leônidas Cristino.
De acordo com a ministra, técnicos do Ministério do Trabalho estudam uma fórmula para garantir o direito a uma renda mínima quando os portuários estiverem fora de atividade.

Também está em análise, no ministério da Previdência, a criação de uma alternativa que garanta a aposentadoria, outra reivindicação da categoria. Este tema, para a ministra, é mais delicado, tendo em vista que o regime brasileiro é contributivo e estes trabalhadores nem sempre contribuem.
Embora a MP 595, que trata da regulamentação dos portos, tenha mantido todos os itens trabalhistas exatamente como estavam na lei 8.630, a chamada lei de modernização dos portos, o governo quer negociar as reivindicações para que não haja atrasos na votação da matéria no Congresso.
“O nosso objetivo é um jogo de ganha-ganha. Ganha o Brasil, ganham os trabalhadores, ganham os empresários. A nossa matemática é da soma”, afirmou a ministra.

Competitividade

A ministra ressaltou que a MP dos portos integra os quatro eixos que vão destravar os gargalos impostos à logística no Brasil. Os outros três são rodovias, ferrovias e aeroportos, que já estão recebendo investimentos.
“Este é um tema importantíssimo para o Brasil. Se a gente conseguir fazer esta mudança e implantar tudo o que queremos vamos ter uma outra realidade daqui a dois ou três anos no sistema portuário e na logística brasileira. Isso é fundamental para o desenvolvimento deste país”, salientou.

De acordo com Gleisi Hoffmann, o grande objetivo é promover a competitividade do setor portuário e reduzir o custo Brasil. Levantamento feito no âmbito do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) mostra que a falta de concorrência e os entraves aos investimentos fazem dos portos brasileiros os mais caros do mundo.

O preço cobrado pela movimentação de contêineres é um exemplo. Enquanto o porto de Cingapura cobra US$ 197 por contêiner ou o de Roterdã, US$ 245, no porto de Santos o valor é US$ 360.
Os ministros observaram que há uma saturação de infraestrutura em alguns dos principais portos públicos brasileiros. A capacidade instalada dos portos públicos é de 370 milhões de toneladas.
Segundo o diagnóstico apresentado pelo secretário Leônidas, a capacidade estará completamente esgotada em 2015, quando se projeta movimentação de 373 milhões de toneladas. “Sem capacidade, a competição fica ainda mais comprometida”, disse o ministro.
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OBS: ESTIVADORES SÃO TRABALHADORES ESPECIALIZADOS, QUE SÓ TRABALHAM NO PORÃO E NO CONVÉS DOS NAVIOS. CATEGORIA MUITO ORGANIZADA E UNIDA. JÁ FIZERAM HISTÓRIA EM MOVIMENTOS GREVISTAS NOS PORTOS DO MUNDO TODO. NA FOTO, DIRIGENTES NACIONAL DOS ESTIVADORES BRASILEIROS. O GOVERNO BRASILEIRO QUERIA BAIXAR MEDIDA QUE OS PREJUDICARIA, ENTRARAM EM GREVE E, EM HORAS O GOVERNO RECUOU PARA ESTUDAR MELHOR O ASSUNTO.

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