terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

FOI UM ÊRRO ABANDONAR AS FERROVIAS HÁ MAIS DE 50 ANOS ATRÁS. TEMOS CARÊNCIA DE TECNOLOGIA EM MOBILIDADE URBANA SÕBRE TRILHOS.

01/02/2013


Para atrair investidor, governo muda regra de concessão de estradas

Prazos de concessão foram ampliados, segundo Guido Mantega.
Ministro sugeriu que outros setores também poderão ter incentivos.

Letícia Macedo, Do G1, em São Paulo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em evento nesta terça-feira (5) (Foto: Letícia Macedo/G1)
 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em evento
nesta terça-feira (5) (Foto: Letícia Macedo/G1)

O ministro da economia, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira (5), em São Paulo, mudanças nas regras de concessão de rodovias para atrair investidores para o setor de infraestrutura e destravar o plano lançado em agosto do ano passado. Ele afirmou que o governo aumentou os prazos de financiamento e concessão, e acenou com a possibilidade de ampliar vantagens para outros setores, como o ferroviário.
“É um modelo que dá mais vantagem. Nós aumentamos o prazo de financiamento que era de 20 para 25 anos. Nós estamos aumentando o prazo de concessão de 25 para 30 anos, ou seja, o investidor tem mais tempo para o retorno de seus investimentos. Nós estamos aumentando o prazo de carência para cinco anos: investe e já está arrecadando. Só começa a pagar a partir do sexto ano”, declarou em São Paulo durante Fórum Estrutura Energia no Brasil, que é organizado pelo jornal "Valor Econômico" em um hotel da Zona Sul de São Paulo.
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De acordo com Mantega, a taxa de retorno está prevista para ficar acima de 10%. “Estamos barateando o custo do financiamento e dando condições excepcionais”, afirmou ao deixar o evento. Ele deve participar de encontro com bancários ainda nesta terça-feira, na sede da Presidência em São Paulo.
O governo também reduziu as projeções de tráfego nas rodovias, consideradas superestimadas pelo mercado: “estava sendo previsto um movimento talvez um pouco exagerado, um pouco maior e nós diminuímos isso de 5% ao ano para 4%.Isso será suficiente para aumentar muito a taxa de rentabilidade”.
Mantega fala em evento em São Paulo (Foto: Letícia Macedo/G1)Mantega fala em evento em São Paulo (Foto: Letícia Macedo/G1)

Confira as mudanças anunciadas pelo ministro
- Prazo da concessão: passou de 25 anos para 30 anos

- Prazo total do financiamento: foi ampliado de até 20 anos para 25 anos
- Prazo de carência: foi ampliadode 3 anos para 5 anos
- Taxa de juros para financiamentos mudeou de TJLP + 1,5% para TJLP + até 1,5%, dependendo do rating do tomador
- Projeções de expansão de tráfego nas rodovias foi reduzida de 5% ao ano para 4%, o que poderá aumentar a taxa de rentabilidade.
- Investidores poderão financiar até 80% dos projetos para os empreendimentos com agentes financeiros e financiar até 20% por meio de fundos de equities.
- Exigência de patrimônio líquido paa financiamento passou de igual ou maior a 1,3 do total financiado para igual ou maior ao valor do total financiado. Já a necessidade de ativos totais passou de igual ou maior a 2,8 para 2 vezes o total financiado.
- Estrutura de garantias: além de fiança bancária e corporativa, o governo passa a aceitar “project finance” – financiamento diretamente ao projeto –, que dá maior facilidade de garantia.

Participação de bancos estatais

Mantega informou ainda que, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal também poderão fazer empréstimos para os projetos de concessão de rodovias.
Para facilitar o acesso ao crédito, o financiamento poderá ser fornecida por cada um dos bancos individualmente ou por consórcio.
O empréstimo ponte será facilitado com as mesmas taxas de juros do empréstimo de longo prazo.
O governo também alterou a estrutura de garantias e passou a aceitar, além de fianças corporativas, “project finance” – financiamento diretamente ao projeto –, que dá maior facilidade de garantia.
“Não precisa ser um empréstimo para a corporação, mas para o projeto que vai ser desenvolvido”, explicou. O empreendedor poderá captar 80% de empréstimo e 20% de participação acionária dos fundos de investimento, que fazem parte de uma lista apresentada pelo governo. “Ele não precisa colocar um tostão. Ele pega um empréstimo, ele pega um fundo, que vai financiar 20%, e ele tem 5 anos de carência. É muito fácil fazer investimento nessas condições”, diise o ministro.

Pressão

As facilidades anunciadas nesta terça também serão apresentadas para empresários estrangeiros. “Vamos apresentar lá fora porque é potencial não só para os brasileiros mas também para investidores estrangeiros”, disse.
Segundo Mantega, as vantagens podem ser estendidas para outros setores. “Vou dialogar com os setores para saber se está bom. No setor ferroviário, as condições já eram melhores: a taxa de juros era menor, a demanda lá está assegurada”.

Há duas semanas, o governo adiou o leilão de concessão de trechos das estradas BR-040 e BR-116 que estava marcado para 30 de janeiro, a pedido de pessoas interessadas. O Ministério disse que um dos motivos que levou ao adiamento foi a mudança de cenário proporcionada pela ampliação, anunciada pelo governo federal, das possibilidades de financiamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para incluir projetos de infraestrutura.

Segundo reportagem do jornal "Folha de S. Paulo", publicada nesta terça-feira, três empresas desistiram de participar do leilão das rodovias em BR-040 e BR-116, em Minas Gerais, alegando que as projeções de crescimento da economia e de arrecadação do pedágio estavam infladas. Mantega, no entanto, não relacionou o fato às mudanças anunciadas.

Desonerações

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também participou da abertura do evento. Em uma apresentação de 15 minutos, Gleisi apontou avanços da gestão de Dilma Rousseff e sinalizou a intenção do governo de negociar com empresários dispostos a investir em infraestrutura. “Estamos atentos e queremos dialogar. O retorno tem que ser compatível com o risco do negócio”, declarou.
“Nós devemos continuar com a desoneração da folha. Nós tivemos 40 setores e existem outros setores que querem também fazer a desoneração. Nós vamos ter agora a reforma do ICMS, que deve sair ainda nesse primeiro semestre. Nós teremos outras reduções de PIS Cofins e outros segmentos que nós estamos estudando, mas não temos formato definitivo para apresentar”, disse Mantega.
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OBS1: O GOVERNO FEDERAL NÃO PODE É SEGUIR O PROCEDIMENTO DO GOVERNO DE SÃO PAULO, ONDE SOMOS TODOS ESPOLIADOS. CERTAMENTE NA CONCESSÃO DAS RODOVIAS BR-040 E BR-116 OS ESPANHÓIS ESTARÃO PRESENTES, POIS NO ÚLTIMO PROCEDIMENTO DE CONCESSÃO, ELES LEVARAM 7 DOS 9 LOTES QUE FORAM LEVADOS AO REGIME DE CONCESSÃO. UM ÓTIMO EXEMPLO É A RODOVIA FERNÃO DIAS, QUE LIGA SÃO PAULO A BELO HORIZONTE;  A DISTÃNCIA É 560 KM; TEM 7 PRAÇAS DE PEDÁGIO A UM PREÇO AO USUÁRIO DE R$ 1,40 POR PRAÇA, ONDE OS ESPANHÓIS GANHARAM A CONCESSÃO E ESTÃO GANHANDO UM BOM DINHEIRO, OS USUÁRIOS PAGAM UM PREÇO MÓDICO E O TRÁFEGO FLUI NORMALMENTE.  
 
OBS2: NO CASO DAS FERROVIAS É DE SE LASTIMAR, POIS TÍNHAMOS EXCELENTES FERROVIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO, MAS POR FALTA DE VISÃO FUTURA OU PORQUE "MOLHARAM A MÃO DE ALGUÉM", A VERDADE É QUE PERDEMOS MUITO EM MOBILIDADE. MAS SEMPRE É TEMPO DE SE CORRIGIR ESSE PROBLEMA, POIS NOSSO PAÍS É JOVEM E TEREMOS MUITO A CAMINHAR E A CRESCER. OS EUROPEUS E OS JAPONESES TEM O DOMÍNIO DESSA TECNOLOGIA. ACOMPANHEMOS OS FATOS. 
 
 

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