sábado, 23 de fevereiro de 2013

UM PEQUENÍNO CARTÃO DE CRÉDITO, PÕE MUITAS FAMÍLIAS NO BURACO.

Após quitar dívidas, professora desiste do cartão de crédito


Atualizado em 18 de fevereiro, 2013 - 15:54 (Brasília) 18:54 GMT
Patrícia Tavares tinha dívidas maiores do que seu salário quando decidiu renegociá-las e limitar-se a compras à vista.
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Patrícia Tavares chegou a ter dívidas de mais de R$ 5 mil no cartão de crédito, valor superior ao seu salário de professora primária. Ela sempre adiava o pagamento porque não sabia que pagava juros exorbitantes.
"Não tinha noção nenhuma", diz Patrícia, de 37 anos, à BBC Brasil. "Em geral temos uma vida financeira meio jogada. Uma dívida puxa a outra."
O exemplo de Patrícia ilustra um baixo grau de educação e planejamento financeiro entre os brasileiros, num momento de mais acesso ao crédito e em que milhões de pessoas entram no mercado de consumo.
O ciclo vicioso financeiro da professora primária só foi quebrado após um curso básico de finanças que ela fez na Serasa. Patricia renegociou as dívidas e acabou desistindo totalmente do cartão de crédito.
"Quebrei o cartão assim que terminei de pagar a dívida. Hoje procuro comprar sempre à vista para ter mais desconto."

Crédito não é 'inimigo'

Um levantamento, feito pela FGV-SP com estudantes universitários de São Paulo em 2011, identificou que quase um em cada três entrevistados adotava comportamentos de risco com seus cartões de crédito, como atraso no pagamento de faturas, rolagem da dívida e uso máximo dos limites de crédito.
Tudo isso não significa, porém, que o crédito deva ter tratado como um inimigo, adverte José Alberto Netto Filho, que ministra cursos de finanças na BM&FBovespa.
"As pessoas precisam do crédito para realizar seus sonhos de consumo", diz. "O cartão não é o problema, mas sim o comportamento diante da facilidade do crédito. É preciso definir prioridades e só entrar nas dívidas que você pode pagar."
No curso assistido pela BBC Brasil, a sala estava cheia. Um dos frequentadores era o estudante Alex Moura, 27, que disse que não tinha "conhecimento nenhum" de finanças até cursar o tema na universidade.
"Minha família não tinha cultura econômica nenhuma. (Mas) acho que o interesse geral pelo assunto está crescendo, todos os dias temos notícias (sobre finanças) no noticiário da TV e da internet."
Na palestra, Netto Filho diz que um dos principais conceitos que tenta transmitir é o de que as pessoas precisam de "um plano de voo".
"É a listagem (de gastos) do seu dia a dia, para que você não seja surpreendido lá na frente por um desequilíbrio (financeiro) que já está em curso."
A estratégia serviu para Patricia, que passou a anotar seus gastos e a fazer uma poupança mensal.
O dinheiro já foi usado em uma emergência: os gastos que surgiram após a morte de seu pai. "Gastei muito com viagens e traslado (do corpo). Graças a Deus pude resolver isso com mais tranquilidade. (Nas circunstâncias), você já fica em desespero e acaba trocando os pés pelas mãos."

OBS: OS COMERCIANTES "ADORAM" VENDER A UMA PESSOA COM CARTÃO DE CRÉDITO, MAS QUE NÃO CONHECE OS MEANDROS DESSE PEQUENO OBJETO.
MUITAS PESSOAS, SEM SABER LIDAR COM RECEITAS E DESPESAS, NEM COM JUROS, SENTEM  VONTADE DE COMPRAR E COMO AS PARCELAS SÃO MÓDICAS, VÃO ACUMULANDO DÉBITOS SOBRE DÉBITOS E QUANDO DÃO PELA COISA, ESTÃO ENTALADOS ATÉ O PESCOÇO, E DEVENDO AS CALÇAS.......
 

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