terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

UMA DATA HISTÓRICA NO RIO GRANDE DO SUL.

Cancelas da celebração 26/02/2013 | 05h51

Petistas já preparam festa para o fechamento do primeiro pedágio

Cronograma de 17 horas de duração prevê acampamento e vigília ao redor das praças




Carlos Rollsing
Embora o governo Tarso Genro sustente que está preparando um "ato singelo" para marcar o encerramento do primeiro contrato do programa de concessão de rodovias, parlamentares do PT e entidades da sociedade civil organizam "barulhentas" atividades para comemorar o fim dos pedágios privados no dia 7 de março.

O cronograma, de 17 horas de duração, prevê acampamento e vigília ao redor das praças de cobrança, caminhão de som com palanque, contagem regressiva e foguetório. Os atos estão sendo organizados pela comissão de mobilização pelo fim do Polo de Carazinho, liderada pelos deputados Edegar Pretto e Dionilso Marcon, ambos do PT.
Nas recentes reuniões do grupo, houve quem sugerisse o uso de retroescavadeiras para destruir as cabines das quatro praças do polo. No entanto, a depredação teria sido descartada por se tratar de um patrimônio que será revertido à União, responsável por todas as estradas da concessão.

Tarso vai erguer cancela em praça

A mobilização começará em 6 de março, último dia em que a Coviplan poderá cobrar tarifas. Às 15h, com a presença de Tarso e do ministro Paulo Passos (Transportes), o Conselhão fará audiência pública para discutir o futuro das estradas. A intenção é reunir mais de 500 pessoas de Carazinho, Chapada, Almirante Tamandaré, Coqueiros do Sul, Sarandi e Não-Me-Toque. Terminada a reunião, caminhões rumarão em caravana para as praças.
— Vamos ficar em vigília. Depois da meia-noite do dia 6, vamos passar. Já não vai mais estar valendo a cobrança de pedágio — explica Milton Schmitz, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Carazinho (Sindicar).
Os atos seguirão pela madrugada, até o princípio da manhã do dia 7, quando Tarso e Passos irão erguer simbolicamente as cancelas na praça localizada no trecho entre Carazinho e Sarandi. Após uma das mais longas polêmicas da história recente da política estadual, o término das concessões — caracterizadas por tarifas altas e poucas obras — deverá ser explorado pelo governo Tarso como uma conquista da gestão.

Promessa é reduzir tarifas em 30%
Para o motorista, o primeiro efeito do encerramento das concessões será o fim da cobrança em 16 praças. A maioria absoluta delas fica em estradas federais — os mais movimentados e lucrativos trechos dos atuais polos privados. Por outro lado, há indefinição em relação ao valor a ser pago nos pedágios remanescentes.
Onze praças localizadas em estradas estaduais serão mantidas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), criada pelo governo para estatizar o sistema. A tarifa, porém, ainda não está definida. A intenção do Piratini é debater os valores em sete audiências públicas pelo Interior, conduzidas pelo Conselhão.
Inicialmente, o governo afirmava que poderia reduzir em até 30% a atual tarifa de R$ 7. Neste caso, o novo valor seria de R$ 4,90. Porém, nas últimas semanas, integrantes da cúpula do Piratini passaram a falar em desconto de 25% (tarifa de R$ 5,25) e o governador Tarso Genro chegou a mencionar 18%, o que determinaria uma tarifa de R$ 5,74.
— Se a população quiser uma duplicação em curto espaço de tempo, a EGR avaliará o quanto isso impacta na tarifa — explicou o secretário do Conselhão, Marcelo Danéris, indicando que o valor do pedágio sofrerá alterações conforme a demanda por investimento.
Nas audiências públicas, serão divulgados dados apurados pela consultoria Dynatest-SD, contratada pelo governo para averiguar as condições das estradas.
— Vamos apresentar uma série de problemas. Senão, acham que está tudo as mil maravilhas, mas vai ter um buraco ali na esquina. A Dynatest apontou que 10% da malha não tem mais vida útil e 30% dos trechos estão com trincas ou rachaduras — afirmou Danéris.
A EGR pretende priorizar a manutenção, a redução de acidentes, a pintura das vias e a roçada de canteiros. Duplicações devem ficar para o futuro. A empresa projeta arrecadar R$ 120 milhões em 2013, mas estudos da Dynatest apontam que seriam necessários R$ 200 milhões para deixar as rodovias em condições ideais. Presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto pondera que a estimativa de gasto pode ser diluída em médio prazo. Ele admite que a busca por financiamentos será necessária para bancar obras de grande porte.
ZERO HORA

OBS: ENQUANTO LEMOS ESSA MATÉRIA, SABEMOS QUE, NO ESTADO DE SÃO PAULO SOMOS ROUBADOS DESCARADAMENTE EM TODAS AS PRAÇAS DE PEDÁGIOS.  ESSE FECHAMENTO  SERÁ UM MARCO NA LUTA CONTRA OS PEDÁGIOS ABUSIVOS. ESTRADAS FEDERAIS CEDIDAS EM CONCESSÃO COBRAM VALORES MÓDICOS NAS PRAÇAS E AS EMPRESAS DESSAS ESTRADAS ESTÃO GANHANDO UM BOM DINHEIRO. O GAUCHO TARSO GENRO DÁ ASSIM, UM EXEMPLO A SÃO PAULO.

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