domingo, 28 de outubro de 2012

IMPORTANTÍSSIMO TERRITÓRIO É RECUPERADO PELO PARTIDO DOS TRABALHADORES: A CIDADE DE SÃO PAULO.

28/10/2012


Haddad vence eleição em SP, e PT retoma o poder na maior cidade do país

DE SÃO PAULO

Atualizado às 19h23.
Karime Xavier/Folhapress



O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT), 49, foi eleito neste domingo (28) como o novo prefeito de São Paulo.

Com 93% das urnas apuradas, ele recebeu 55,94% dos votos válidos, enquanto o ex-governador paulista José Serra (PSDB), 70, foi votado por 44,06% dos eleitores.

A vitória de Haddad representa a volta do PT ao comando da maior cidade do país oito anos depois de a petista Marta Suplicy ter sido desalojada da prefeitura pelo próprio Serra.

A derrota do tucano representa um duro golpe na oposição, que perde um de seus principais redutos, além de ter um sabor amargo para o próprio Serra, que perdeu para Lula e para Dilma Rousseff as disputas presidenciais de 2002 e de 2010.

Fernando Haddad, eleito neste domingo, leva o PT de volta ao comando da maior cidade do país

A CAMPANHA

Professor universitário, estreante em eleições, Haddad teve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como fiador e principal cabo eleitoral de sua candidatura, imposta ao PT ainda no ano passado.

A candidatura, mais uma "invenção" bem-sucedida de Lula -em 2010 já havia apostado em Dilma, também eleita--, enfrentou resistências dentro do PT em um primeiro momento.

Entre os obstáculos ultrapassados por Haddad esteve a intenção da ex-prefeita Marta Suplicy, derrotada em 2004 e 2008, voltar a disputar o cargo. Marta desistiu da pré-candidatura após apelos de Dilma e Lula, mas ficou ausente no início da campanha, evidenciando sua contrariedade.

Ainda na pré-campanha, foi criticado após negociações de aliança com o recém-criado PSD do prefeito Gilberto Kassab. O acordo, que era costurado por Lula, fez água quando Serra anunciou que entraria na disputa e o prefeito optou por apoiar o antigo aliado.

Haddad também contou com a ajuda do Planalto para estancar as críticas de evangélicos, que o associavam ao chamado "kit-gay" -material anti-homofobia produzido para ser distribuído em escolas pelo MEC durante a gestão de Haddad. Após nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), ligado à Igreja Universal, como ministro da Pesca, as críticas diminuíram e só voltaram na reta final da campanha.

Outro momento de crise na campanha petista foi o apoio do ex-prefeito e deputado Paulo Maluf (PP), que fez questão de oficializar o acordo no jardim de sua casa, ao lado de Lula, em uma foto que entraria para a história. No dia seguinte ao apoio de Maluf, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) desistiu de ser vice de Haddad.

O acordo com Maluf, no entanto, rendeu à campanha petista um dos maiores tempos no horário eleitoral da TV, contribuindo para sua subida nas pesquisas entre o fim de agosto e o início de setembro.

A essa altura, Marta aparece na campanha pedindo votos a Haddad e, menos de uma semana depois, é nomeada como ministra da Cultura de Dilma. A presidente também entra na campanha na reta final do primeiro turno e vem a São Paulo participar de comício com o petista.

No segundo turno, o apoio de Dilma e Lula se tornam mais constantes e Haddad também recebe o reforço de Gabriel Chalita (PMDB), quarto colocado no primeiro turno.

Em desvantagem nas pesquisas, Serra partiu para o ataque contra a campanha do PT, mas não conseguiu reverter a desvantagem e nem a alta rejeição identificada nas pesquisas.

OBS: CONFIRMANDO AS PESQUISAS ELEITORAIS, HADDAD VENCEU AS ELEIÇÕES NA MAIOR CIDADE DO BRASIL. VITÓRIA CONVINCENTE, COM 10 PONTOS PERCENTUAIS DE DIFERENÇA. ESSA VITÓRIA SE TORNA MAIS SIGNIFICATIVA QUANDO SABEMOS QUE SEU ADVERSÁRIO TEM LONGA HISTÓRIA NO CAMPO DA POLÍTICA. HADDAD FOI A GRATA SURPRESA DESSA ELEIÇÃO. DE AGORA EM DIANTE, ELE PRECISA MONTAR UMA EQUIPE DE ÓTIMO NÍVEL, SE CERCAR DE TÉCNICOS, FAZER UMA ÓTIMA GESTÃO. DE NADA ADIANTOU SEUS ADVERSÁRIOS BATEREM NA TECLA DO "TAL DE MENSALÃO".

LOGO APÓS ENCERRADAS AS APURAÇÕES, COM A VITÓRIA JÁ DELINEADA, HOUVE UMA REUNIÃO NA "BAND", COM A COORDENAÇÃO DE BORIS CASOY. ENTRE OS PARTICIPANTES ESTAVA NOSSO COMPANHEIRO MARCO AURÉLIO GARCIA. QUESTIONADO SOBRE AS INFLUÊNCIAS DESSE PROCESSO NAS ELEIÇÕES, ELE MUITO INTELIGENTE, ARGUMENTOU QUE AGORA NOSSA JUSTIÇA PRECISARÁ JULGAR OS OUTROS CASOS, CITANDO O MENSALÃO DE MINAS GERAIS (ONDE TUDO COMEÇOU).

UM SUPREMO QUE QUER SE FAZER RESPEITAR, TEM OBRIGAÇÃO DE JULGAR DE AGORA EM DIANTE O CASO MINEIRO COM O GOVERNADOR EDUARDO AZEREDO NO CENTRO DESSE CASO, QUE É DE 1998, PORTANTO ANTERIOR AO DE 2005.


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