sábado, 20 de outubro de 2012

LEWANDOWSKI, UM JUIZ QUE NÃO SE DEIXA LEVAR PELA MÍDIA RETRÓGRADA


Lewandowski absolve todos os réus por formação de quadrilha

Revisor diverge de relator e, para ele, Dirceu, Delúbio e outros nove réus não se uniram para ‘sobreviver de produtos auferidos de ações criminosas’; ele retificou o voto de outros 2 réus

iG São Paulo | 18/10/2012

 
O revisor do processo do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, absolveu nesta quinta-feira todos os réus acusados de formação de quadrilha e mais uma vez divergiu do relator Joaquim Barbosa, que condenou 11 dos 13 réus deste último item do julgamento. Para Lewandowski, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do partido José Genoino, o publicitário Marcos Valério, seus sócios, e os dirigentes do Banco Rural não se uniram para “sobreviver dos produtos auferidos das ações criminosas indistintas”.

Em seu voto, o revisor afirmou que “o Ministério Público não conseguiu decidir com clareza se imputava aos réus o crime de associação criminosa ou formação de quadrilha”. Segundo ele, são imputações diferentes. Para defender a abolvição dos acusados, Lewandowski usou os votos de outros ministros, como Cármen Lúcia e Rosa Weber, que absolveram outros réus acusados de formação de quadrilha na ação penal, para dizer que a denúncia foi confusa na imputação.

Lewandowski afirmou que teve o cuidado de contar, e, no total, a denúncia da Procuradoria –Geral, traz o termo "quadrilha" 96 vezes e "organização criminosa" 55 vezes, que são “figuras totalmente diversas”. "Essa verdadeira miscelânea conceitual que incorreu o Ministério Público enfraqueceu, a meu ver, sobremaneira, as imputações assacadas contra os réus, em especial, José Dirceu", afirmou o ministro revisor.

Em seguida, Lewandowski anunciou que mudaria seu voto no item 6 da denúncia - já julgado - para favorecer outros cinco réus acusados de formação de quadrilha. O revisor decidiu seguir os votos de Rosa e Cármen para absolver o ex-sócio da Bônus Bonval Enivaldo Quadrado, o ex-tesoureiro do antigo PL, atual PR Jacinto Lamas, o assessor do PP João Claudio Genu, o ex-presidente do PP Pedro Correa e o ex-presidente do antigo PL, atual PR Valdemar Costa Neto pelo crime de formação de quadrilha.

Com a mudança do voto do revisor, há mais dois empates no Supremo. Valdemar Costa Neto e Jacinto Lamas têm cinco votos pela condenação e cinco votos pela absolvição. O mesmo já ocorreu com outros quatro réus durante o julgamento: o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e com os ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA), João Magno (PT-MG) e José Borba (PT-MG) pelos crimes de lavagem de dinheiro.
OBS: O JUIZ LEWANDOWSKI MOSTRA GRANDEZA. SE APÓIA NOSA AUTOS  E NÃO SE INTIMIDA COM NOSSA IMPRENSA CARCOMIDA PELOS INTERESSES OCULTOS. ELE SE ATEVE AOS FATOS ARROLADOS, SE APOIOU EM POSIÇÕES DE COLEGAS E ACABOU POR INOCENTAR OS RÉUS. DIGA-SE A BEM DA VERDADE QUE FOI CORAJOSO.

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