sexta-feira, 12 de outubro de 2012

UM HISTÓRICO ÊRRO JUDICIÁRIO, PROVOCA A INDIGNAÇÃO DE ÉMILE ZOLA (ESCRITOR FRANCÊS), FAMOSO NA ÉPOCA.


História

Em 1894, Madame Bastian, empregada da limpeza na embaixada alemã em Paris descobriu uma carta suspeita no cesto do lixo do adido militar alemão, o tenente-coronel Schwarzkoppen. Madame Bastian entregou os papéis aos serviços secretos franceses, que logo concluíram que existia um traidor entre os oficiais franceses, que fazia espionagem para os alemães. Quando o caso se tornou conhecido, a carta passou a ser conhecida como "le bordereau" .


Alfred Dreyfus era o único oficial judeu entre os que poderiam ter escrito a carta. Por isto, foi considerado o principal suspeito e levado a julgamento. O memorandum foi usado como instrumento de acusação contra Alfred Dreyfus.

Dreyfus foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na costa da Guiana Francesa.
Em Novembro de 1897, seu irmão Mathieu Dreyfus, descobre que Charles Esterhazy é o verdadeiro culpado. Em 1898, as evidências da inocência de Dreyfus possibilitaram um segundo julgamento. A permanência da sentença anterior provocou a indignação de Émile Zola. O escritor expôs o escândalo ao público geral no jornal literário L'Aurore numa famosa carta aberta ao Presidente da República Félix Faure, intitulada J'accuse! (Eu acuso!) em 13 de Janeiro de 1898. Uma reprimenda endereçada à França: "Como poderias querer a verdade e a justiça, quando enxovalham a tal ponto todas as tuas virtudes lendárias?". Nas palavras da historiadora Barbara W. Tuchman, o caso Dreyfuss foi "uma das grandes comoções da história".

Outro literato bastante conhecido na época, Anatole France, defendeu abertamente Dreyfus e os judeus. Em seu livro O Anel de Ametista são descritos os manifestos populares, a perseguição daqueles que discordavam da sentença, os bastidores do jornal L´Aurore, etc. Já reconhecia o caso como "grande erro" e criticava a confiança cega que os franceses tinham em instituições como o exército e o clero.

Bernard Lazare e Scheurer tinham sido até então uns dos poucos defensores de Dreyfus. O jornalista Theodor Herzl, que posteriormente se tornaria o criador do sionismo fora cobrir o caso do julgamento de Dreyfus para um jornal austro-húngaro e ficou impressionado com o antissemitismo na França. Após o segundo julgamento houve manifestações em Paris em que muitos cantaram "Morte aos Judeus" pelas ruas.

Alfred Dreyfus em 1935, o ano de seu falecimento.Theodor Herzl e Émile Zola partiram para o ataque, denunciando os culpados pela farsa. O caso Dreyfus dividiu a França entre os dreyfusards (os apoiantes de Alfred Dreyfus) e os anti-dreyfusards (contra ele). A disputa foi particularmente violenta, uma vez que envolvia vários assuntos no clima controverso e agitado de então. De certa forma, estas divisões seguiam a linha de demarcação entre uma direita apoiando frequentemente o retorno à monarquia - e uma ala esquerda apoiando a República. Uma boa parte da virulência das paixões levantadas pelo caso deveu-se ao antissemitismo existente na França, onde, em 1886, havia sido publicado o livro anti-semita de Edouard Drumont, "La France Juive".

OBS:1- COMO NA FRANÇA DA ÉPOCA, ESSE TAL DE MENSALÃO PÕE EM LADOS OPOSTOS A EXTREMA DIREITA, CONSERVADORA E RETRÓGRADA ALIADA AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO (REDE GLOBO, ESTADÃO E FOLHA DE SÃO PAULO) EM SÃO PAULO E SUAS AFILIADAS PELO BRASIL E A ESQUERDA QUE NO BRASIL É REPRESENTADA PELO PT, PSB, PCdo B, PSOL. ESSA EXTREMA DIREITA NÃO ACEITA, NÃO SE  CONFORMA DE VER NOSSO PAÍS, FAZER SUCESSO ADMINISTRATIVO SOB A BATUTA DE UM OPERÁRIO, TORNEIRO MECÂNICO. LULA PROJETOU NOSSO BRASIL A PATAMARES NUNCA VISTOS EM TERMOS SÓCIO-ECONÔMICOS, FINANCEIROS E POLÍTICOS.

OBS:2- É BOM LEMBRAR QUE NO COMEÇO DO PRIMEIRO GOVERNO LULA, TINHAM NO MINISTÉRIO 9 (NOVE) EX-DIRIGENTES SINDICAIS. SOMADOS AO PRESIDENTE LULA ERAM 10 (DEZ) CIDADÃOS QUE HAVIA PISADO O CHÃO DE FÁBRICA, CRESCERAM NAS LIDES SINDICAIS E SE PROJETARAM POR SUA COMPETÊNCIA E SÓLIDA FORMAÇÃO IDEOLÓGICA. A ISSO OS CONSERVADORES NÃO CONSEGUIRAM TOLERAR. A TRAMA QUE SE SEGUIU, POR POUCO NÃO DERRUBOU O GOVERNO LULA. ESSE JULGAMENTO REDUNDOU DE MUITAS CONDENAÇÕES SEM PROVAS DOCUMENTAIS. DAÍ, A COMPARAÇÃO COM ESSE CASO FRANCÊS. NA FRANÇA TIVEMOS ÉMILE ZOLA. QUEM SERÁ O ÉMILE ZOLA BRASILEIRO? SABEMOS QUE O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO.

OBS:3- NAS FOTOS ACIMA, DREYFUS POUCO ANTES DE SUA MORTE E LOGO ABAIXO, ÉMILE ZOLA, BRILHANTE ESCRITOR FRANCÊS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário