sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CELSO LAFER, MINISTRO DE FHC, ACEITOU TIRAR SEUS SAPATOS PARA SER REVISTADO, AO CHEGAR AOS ESTADOS UNIDOS. FOI NO MÍNIMO, HUMILHADO.

O anti-Celso Lafer
Mauricio Dias 12 de agosto de 2011

O anti-Juracy. O novo ministro da Defesa jamais diria "o que é bom para os EUA é bom para o Brasil".

Antonio Cruz/ABR

Já é possível traçar um retrato do novo ministro da Defesa, Celso Amorim, ainda que seja um ministro jovem no cargo. Jovem de poucos dias.
Na Defesa, Amorim ganhou muito mais visibilidade do que tinha nos longos anos que comandou o Itamaraty.

Funções distintas, ações distintas. Mas Amorim não retocou a forma de agir. Firme, sem ser rude, objetivo, embora diplomático, exercitou agora essas virtudes sob o fogo das críticas mais estapafúrdias. Chegaram mesmo a plantar notícias de reações nos quartéis, inventadas, em geral, por oficiais de pijama. Daqueles que reagem ao perceber que a grama já cresce à porta da casa deles.

Amorim tem mesmo vários pontos que desagradam ao establishment nacional e internacional. Isso ficou claro com o foco das perguntas ao longo das entrevistas que concedeu. Isso é atacado por argumentos tacanhos e genéricos, por se tratar de ideologia. Posições políticas contrárias às de Amorim não são ideológicas? Existiria no mundo alguém que comentasse qualquer coisa a partir de uma visão não ideológica?
Foram resgatar, por exemplo, artigos escritos por ele em Carta Capital, onde ele teria exercitado “idéias mais à esquerda”.

Nesse período, exerceu o papel de um articulista livre, sem compromissos. Isto é, sem as amarras das funções públicas e, assim, apresentou discordância com a decisão do governo Dilma de apoiar a resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que instituiu um relator especial para o Irã.

Amorim, já fora do cargo e em conversas informais, explicou que era uma discordância pontual, reafirmou apoio ao chanceler Antonio Patriota e pontuou também que os dois trabalharam juntos por 15 anos. Isso gerou uma relação de absoluta confiança.
O chanceler Amorim jamais tiraria os sapatos no aeroporto Kennedy, em Nova York, por exigência do protocolo imperial da segurança norte-americana. Um ritual humilhante obedecido, por exemplo, pelo ex-chanceler tucano Celso Lafer.

Em artigo escrito para Carta Capital, embora tenha atacado o preconceito ocidental contra os países islâmicos, que, segundo ele, levou à execução de Saddam Hussein, no Iraque, ressalvou: “Não sejamos inocentes. Interesses econômicos e políticos motivaram a decisão de atacar o Iraque”.

OBS: DILMA AOS POUCOS VAI MONTANDO SUA EQUIPE. E ESSA EQUIPE SEGURAMENTE TRABALHARÁ MUITO BEM, NOS MELHORES INTERESSES DE NOSSO BRASIL.

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